sexta-feira, 29 de junho de 2012

UM POUCO DA HISTÓRIA SINDICAL


Osvaldo Pereira da Silva Sousa
Bel. Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão Pública

A proposta original sindical de defesa da categoria é, para não dizer coisa melhor, sublime. Mas tão questionadamente a nobilíssima função vem sendo esvaziada. Forças que não são do além concorrem para a perda de rumo do sindicalismo brasileiro. Colocá-lo na direção e no sentido são tarefas que se apresentam como desafiadoras em face da falta do leme que foi perdido, mas de tão fácil percepção e difícil recuperação.
Ora, vejam: Olhar para o passado e vê o sindicalismo nascer entusiasticamente das organizações operárias e confrontá-lo com o que alguns ainda têm a coragem de chamar de sindicato, certamente a tradução que hoje se expressa é por demais constrangedora. O processo de politização que vem tomando conta das instituições chegou aos sindicatos de maneira devastadora, de tal forma que a perda de compromisso com a categoria se tornou escancarada, e daí as lutas inglórias se revezam

quinta-feira, 28 de junho de 2012

CARTA A UM PAI

Portanto, filho,
Se fores um bom, serás, então,
Um lutador, um indomável, um maior,
Um grande, no bom sentido,
com vastas possibilidades de te destacares
                                      do comum dos homens,
continuamente preocupados
em derrotar,
em humilhar,
em destruir,
em devorar o semelhante.
(Trecho do Poema Carta A Um Filho, de J. Pereira)

.
      Hoje meu amado pai escrevo a ti este pequeno mas sincero texto, para desejar-lhe um feliz aniversário
       Digo a ti papai querido que sinto saudades dos bons momentos que passamos juntos, oro para você e a nossa família todos os dias e pode ter certeza que estou lutando com unhas e dentes a cada segundo para que eu possa renascer e voltar a ser seu filho.
      Sendo assim, só por hoje sou grato por estar limpo e em recuperação no dia do seu aniversário papa, queria estar melhor neste dia, mas no próximo ano com a dádiva do meu amado Deus, estarei ao seu lado para lhe desejar um feliz aniversário e poder te beijar, abraçar, enfim te amar para todo sempre.
       Desta maneira papai só posso te agradecer por não ter me abandonado neste momento difícil da minha vida e pode ter certeza que este soldado de Deus que está lutando todos os dias por minha vida não vai te abandonar jamais, em qualquer momento difícil que tu tenhas papai, e dizer ainda que através deste pequeno texto:  TE AMO DEMAIS!
       
       São Paulo, 2 de junho de 2012.
(Atendendo ao pedido de um pai que não esmorece)

terça-feira, 26 de junho de 2012

DROGAS: ASSUNTO DE SEGURANÇA NACIONAL





Marcus V. C. Spinelli
            De São Lourenço(MG)

Nessa brincadeira de escrever, irei falar de coisa séria, muito séria, pois, preocupado com o avanço do tráfico e do consumo de drogas na sociedade brasileira, principalmente entre crianças e jovens, farei algumas ilações e comentários sobre o tema. Nas questões que colocarei adiante, procurarei justificar o título da matéria.
Sei que este é um assunto de grande complexidade e que gera, por via de consequência, grandes polêmicas exige muita cautela no seu trato pois a droga, ou melhor, o seu uso traz enormes prejuízos à sociedade, ao estado, à economia, enfim, espalha malefícios em todos os setores dessa sociedade, principalmente no âmbito das famílias que têm entre seus membros, algum dependente.
Não quero e não cabe aqui enveredar nas razões que levam o Estado brasileiro a agir tão timidamente no combate ao tráfico e ao uso de drogas. Quero apenas enfatizar essa realidade sem, contudo, evocar preceitos constitucionais demonstrando que esse fato, por si só, torna o Estado responsável por todas as consequências dele decorrentes, tais como: lavagem de dinheiro, tráfico de armas, assaltos, arrastões, sequestros relâmpagos, etc. e o mais preocupante que é a degeneração da população ativa tanto quanto daquela que ainda será ativa.
Isso está levando o país a perder toda sorte de profissionais e prejudicando todos os setores da economia, além do enorme gasto com a previdência social.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

AMOR DERRAMADO





Isaias Coelho Marques – Poeta

Meu grande amor derramado
Espraia-se por teu corpo,
Afoga tua alma
E revive, em cada gozo teu,
O enlace maior da mãe terra,
Fecundada, dia a dia, pelos raios
Ultraviolentos de ardor do sol

Meu amor escorre por cada pequenino poro teu.
Em cada globo inoculei meu germe.
Em cada fio estelar de teus cabelos,
Plantarei outros e outros fios de ouro,
Meu amor adentra tuas entranhas,
Brinca com teus sentimentos
e, à noite, calmo – bem calmo –
dorme em teu coração.

AS CALÇADAS DE TERESINA, ONTEM E HOJE





A. J. de O. Monteiro

            Vivi minhas infância e adolescência, nas décadas de 50 e 60, ali nas cercanias do Liceu Piauiense, Mercado Velho, Fiação e Baixa da Égua. Nesses sítios da provinciana e pacata Teresina daqueles tempos curti (não havia essa gíria) divertida despreocupadamente o possível da vida que transcorria no ritmo alternado de aulas e férias.
            Havia, então, um elemento essencial à vida urbana: As calçadas. Uma instituição que se constituía  num dos mais importantes meios de interação social, ao lado das igrejas, clubes e praças . As calçadas não eram apenas vias de trânsito de pedestres, nelas jogava-se futebol de dois (quem daquela geração não lembra?),  espiava-se a vizinhança, tomava-se banho de chuva aproveitando o jorro d’água que caia forte das bicas (bocas de jacarés) das antigas casas. Lembro-me dos alertas dos mais velhos para evitar-se o banho nas primeiras chuvas que escorriam toda a sujeira acumulada nos telhados durante o verão.
            No centro da cidade concentrava-se o grande comércio, a maioria das repartições públicas, os cinemas, as poucas agências bancárias e o clube dos diários, hoje transformado em centro cultural. Pelas calçadas do centro via-se senhores de paletó de linho e chapéu de massa, senhoras e senhoritas fazendo compras nos magazines ou simplesmente desfilando modas. Rodas se formavam à sombra dos frondosos oitizeiros para discutir política, futebol ou pilheriar. Todos se encontravam pelas calçadas. A cidade pequena permitia que seu centro se transformasse num grande ponto de encontro.
            Mas era à noite que as calçadas assumiam sua principal função social. Nelas, logo após o jantar, as famílias sentavam em rodas para comentar os acontecimentos do dia, receber visitas para um cafezinho acompanhado de um bolo caseiro ou, simplesmente, para admirar a beleza do firmamento estrelado e ainda não corrompido pela iluminação artificial. As crianças e os jovens normalmente ficavam a parte das rodas adultas, sentavam-se nas equinas ao redor de um poste do IAEE (Instituto de Água e Energia Elétrica) que fornecia uma fraquíssima iluminação de lâmpada incandescente e ainda não quebrada por algum casal de namorados em busca da cumplicidade da noite sem luar. E por ali ficavam até ouvirem a ordem: Já prá cama, amanhã é dia de aula...
            Fiz essa pequena retrospectiva nostálgica apenas como introito do verdadeiro tema que quero abordar: AS CALÇADAS DE TERESINA, HOJE.

SAMBA ACADEMIA

Essa turma aí de cima forma o grupo musical SAMBA ACADEMIA. Tomei conhecimento deles através do Prof. Kenedy Araújo (o segundo em pé, da direita para a esquerda), ele tem vindo a Teresina com certa frequência ministrar aulas para uma turma de mestrado na área de hidrologia, do CEFET.  
Eles se apresentam no bar BUONI  AMICI'S  todos os sábados,  das 21 às 24 horas. Prá quem for à Fortaleza, fica a dica. Eles são muito bons.

terça-feira, 19 de junho de 2012

O RACIALISMO DAS COTAS


Osvaldo Pereira da Silva Sousa
Bel. Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão Pública

Buscar o entendimento sobre determinados assuntos ou noções do que significam valores nacionais ou universais sempre foi o tom dado pelas escolas. Já pelas primeiras aulas do ensino primário ouvimos falar em Constituição sem ter a dimensão exata de seu significado, mas que expressavam a ideia de que fosse algo da maior relevância, sagrado, um símbolo nacional de culto obrigatório que curva a todos, e por aí vai... E assim essa ideia foi construída e perpetuada, e, em benefício da estabilidade institucional, lá pelas calendas gregas, não deveria se perder esta intuição, sobreviveria quaisquer que fossem as circunstâncias temporais. Com este norte é que devemos conviver, incorporar e aceitar.

Tamanha importância suscita mecanismos de defesa de seu conteúdo. Eis que surge o STF com dimensão análoga à sua protegida para importante missão. Mas aí os seus centuriões deixaram ser dominados pelas tentações que conspiram contra o legado daquele conjunto de normas. Hoje, a noção primária que a qualificava não faz mais sentido. É desfeita pelo STF no exercício justiceiro e reparador de supostos males sociais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PERGUNTAR NÃO OFENDE ... Ou, “Deus, posso dar uma sugesta?”


  •              Meu Deus, criador do Céu e da Terra, que passastes 6 dias fazendo o mundo, que criastes todos os tipos de bichos, tanto os lindos, como os feiosos, tanto os trabalhadores, como castores, formigas, abelhas, joãos de barro, e tantos outros, como os que aparentam ser preguiçosos, como a própria preguiça ; tanto os que nos lambem, nos beijam, nos cheiram, que tanto estimamos, como os que nos limpam, e a nossa sujeira, como os urubus, a quem, só nós, flamenguistas, adotamos; tanto os mansos, como os “ferozes”, a quem tanto perseguimos e que nunca nos fizeram mal... Tu, que fizestes as florestas, as matas, as árvores, os vegetais, grandes, pequeno, altos, baixos, rasteiros, para nos darem sombra, flores e frutos e a quem destruímos sem qualquer permissão; tu, que nos fizestes para continuar tua obra, e que assististes aquele casalzinho, a quem entregastes o paraiso, querer ser poderoso, e sábio, igual a ti e te trair, condenando-nos a viver neste vale de lágrimas; tu, que assististes teu filho ser crucificado por nós, quando o mandastes pra nos salvar...; e a Igreja que Jesus criou , com seus amados apóstolos , ser transformada em Estado político, onde se negocia de tudo, em teu Nome, que permitiu a nós, enganar (e, não, amar) o próximo em teu Nome. Será que vão santificar os Teodosios da vida, os Torquemadas da vida ? E nossos papas, que ousam considerarem-se representantes teus, infalíveis em suas bulas e encíclicas, mesmo quando tanto se contradizem, e, até, quando criam Bancos e participam das falcatruas dos simples mortais?
    Pergunto-te, meu Deus, e acredito que não me condenarás por minha curiosidade, Tu, nunca te arrependestes de dar o tal livre arbítrio ao bicho- homem? Será que não vale a pena voltarmos ao Paraiso? Recomeçar nossa construção para vivermos sempre felizes? De felicidade, ninguém enjoa, ninguém morre. E, Tú não terás quase trabalho, não precisarás de outro dilúvio, basta nos tornar irracionais, como os outros bichos, para não haver mais guerras, nem fome,nem injustiça, nem mais criminosos, nem políticos safados(até os honestos não seriam mais precisos, já imaginastes?)para amarmos uns aos outros, e amarmos a Ti, muito mais,ainda, acima de todas as cousas. AMÉM.

UM ESTADO INVISÍVEL






A. J. de O. Monteiro
               
Quase todos os dias nos deparamos com manchetes publicadas na “grande” imprensa nacional denunciando um novo escândalo geralmente protagonizado por políticos, agentes públicos e empreiteiros e, ocasionalmente, um contraventor, tamanha a permissividade que se instalou na administração pública. E isso não é novidade. A novidade é que já não se distingue mais ideologias e convicções entre partidos políticos e políticos. É uma mixórdia. Um lamaçal multicor.
                Denunciam-se escândalos em todas as Unidades da Federação: do A de Acre ao S de Sergipe. Estranhamente escapa dessa “onda”, o Piauí. O porquê, não se sabe, ou melhor, só a tal grande imprensa não sabe.
                Nós Piauienses sabemos. Sabemos que aqui existem escândalos de toda ordem e grandeza: corrupção, malversação de dinheiro público, nepotismo e etc.
                               O caso SERVAZ, envolvendo a Estatal AGESPISA, que deixou vazar de suas tubulações milhões e milhões de Reais que não foram desaguar no velho monge. Foram cair nas cisternas de políticos e empresários inescrupulosos. E foram muitos que disseram: dessa água eu bebi.
                A construção de pontes, estradas, açudes, hospitais e adutoras que se arrastam por décadas feito obra de catedral ensejando a políticos amarrarem incontáveis reeleições explorando a expectativa do povo e, principalmente sugar do erário os recursos oriundos dos bolsos desse mesmo povo – o contribuinte. Durante todo o tempo em que essas obras se arrastam, centenas de ajustes e revisões são feitos triplicando as vezes o valor do projeto inicial. E ai todos se beneficiam: políticos, agentes públicos e empreiteiros, menos a população destinatária de tais obras e que apenas espera e sofre calada.  E tudo isso ocorre ante os olhos vendados da justiça, da boca costurada (não se sabe por quais fios) da imprensa  local e dos ouvidos moucos dos órgãos fiscalizadores.
                O patrimonialismo é a regra e o compromisso com a coisa pública é a exceção, se é que existe exceção. O nepotismo – instituição milenar – é praticado despudoradamente nas fuças da população ora indiferente, ora impotente, que assiste a distribuição de cargos públicos entre parentes, amigos e apaniguados dos detentores do poder. De todos os poderes e nos diversos níveis da administração Pública. Nem mesmo os órgãos colegiados, a exemplo do TCE,  escapam do rateio. Ignoram desfaçadamente os requisitos essenciais ao exercício de tais funções que são: Alto saber jurídico e reputação ilibada (que bicho é esse?). Às favas com tudo isso! Eles querem mesmo é se locupletar!
                Alô Brasil, o Piauí existe e seu povo sofre!

VERDADE OFICIOSA

Osvaldo Pereira da Silva Sousa
Bel. Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão Pública
A história não é uma ciência de conhecimento exato: ela busca, registra e compara os fatos sempre numa perspectiva de explicação de um determinado evento, recente ou de passado longínquo, sem, contudo, ter a pretensão de que seus registros representem uma verdade insofismável. Ao historiador lhe é confiável o esmero da pesquisa, a isenção na narrativa dos fatos, a fim de se evitar que venham à lume eventos que não correspondam à realidade, deformados, ou seja, deve estar imbuído do compromisso de retratar um fato segundo a forma como ele ocorreu. 
Mas o que pode se apresentar como incontestável ou aparentemente indubitável compromete a inconstância do conhecimento, perde-se nos propósitos da história, a qual passa a ser história contada e não pesquisada, pois o dinamismo incontrolável da informação pode apresentar situações diversas do que fora coletado, então o historiador deverá refazê-la segundo a lógica do compromisso com a verdade para atender objetivamente aos propósitos desejados, que nada mais é que alcançar o esclarecimento dos fatos.
Com o intuito de esclarecer os crimes praticados pelos agentes do estado durante a ditadura o governo brasileiro criou a comissão da verdade, cuja pauta se resume em passar a limpo a história das ditaduras e fornecer a verdade oficial. De saída, a comissão formada para tal fim já gera desconfiança quanto a sua isenção, tanto pela pauta quanto pela sua composição, uma vez que nela integra a defensora da presidenta e esta sempre alardeou ter sido vítima da ditadura militar. Ademais, antecipadamente elege os algozes. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

O GRAMOPHONE E A HONRA

Poncion Rodrigues.


Quem não conheceu de perto o gramofone certamente terá visto algum em fotografia antiga ou no cinema. Aquela peça de “design” esquisito, pescoçuda e de bocarra escancarada, lembrava um filhote faminto de ave pré-histórica, da qual, aos olhos de hoje, parece ter sido contemporâneo.

Foi o dinossauro dos aparelhos de som e fazia parte da decoração e do lazer nos lares das boas famílias do início do século passado. Animando saraus ou embevecendo os sentidos no doce aconchego das salas de estar, aquela conquista da “modernidade” mudou hábitos e apurou ouvidos, levando as grandes óperas italianas, os clássicos eternos e até a jocosa música popular de então, para os pequenos ambientes residenciais. Um verdadeiro milagre, pois.

Falando em coisas antigas, quem dentre os mais idosos não haverá de lembrar-se da honra? Não da palavra de sonoridade cavernosa, mas do seu significado e simbolismo, se projetando nas intenções e nas ações humanas de outrora. Quem não se lembra da tal vergonha na cara que tanta falta tem feito a este sofrido país?

O que pode passar pela cabeça de nossos jovens no processo de construção de suas personalidades quando observam a tradicional premiação da cafajestice ao seu redor? Qual instituição republicana não está corroída pelos cupins da corrupção? “Democraticamente” todos os poderes do estado e seus incontáveis tentáculos são comandados pelos códigos amorais da prostituição da ética e dos nobres valores.

Do parlamento corrupto, útero maroto que gerou nossa bizarra ordenação jurídica, não se espera as reformas que já se fazem urgentes nos anseios de todo o povo brasileiro.

Nossa legislação não pune e até afaga os corruptos, protege maternalmente os bandidos e nos vampiriza com maior carga tributária do planeta.

Merecemos de fato a Nação que temos? Que inveja de quem vivia nos tempos do gramofone! Que falta nos faz boa e velha vergonha na cara!


DISCURSO DE SEVERN SUZUKI


Discurso de Severn Suzuki (13 anos), canadense,
proferido na ECO 92 - Rio de Janeiro



Olá, eu sou Severn Suzuki
Represento aqui na ECO, a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir.
Vanessa Sultie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu. Foi através de muito empenho e dedicação que conseguimos o dinheiro necessário para virmos de tão longe, para dizer a vocês adultos que, têm que mudar o seu modo de agir.
Ao vir aqui hoje, não preciso disfarçar meu objetivo, estou lutando pelo meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores.
Estou aqui para falar em nome das gerações que estão pôr vir.
Eu estou aqui para defender as crianças que passam fome pelo mundo e cujos apelos não são ouvidos.
Estou aqui para falar em nome das incontáveis espécies de animais que estão morrendo em todo o Planeta, porque já não têm mais aonde ir.
Não podemos mais permanecer ignorados.
Eu tenho medo de tomar sol, pôr causa dos buracos na camada de ozônio.
Eu tenho medo de respirar este Ar, porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando.
Eu costumava pescar em Vancouver, com meu pai, até que recentemente pescamos um peixe com câncer...e agora temos o conhecimento que animais e plantas estão sendo destruídos e extintos dia após dia...
Eu sempre sonhei em ver grandes manadas de animais selvagens, selvas e florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas e hoje eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso...
Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade???
Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e mesmo assim continuamos agindo como se tivessemos todo o tempo do mundo e todas as soluções.
Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas quero que saibam, que vocês também não tem...
Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio...
Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas...
Vocês não podem ressuscitar os animais extintos...
E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram
e onde hoje é um deserto...

MAMÃE GELADEIRA

A. J. de O. Monteiro


Nestes últimos dias o mundo inteiro acompanhou emocionado o drama de uma pequena baleia (um filhote de jubarte) que, tendo se perdido da manada e, consequentemente da mãe, confundiu-a com um iate ancorado em uma marina na costa australiana e do qual tentava desesperadamente obter leite, o sagrado leite materno. O indigitado animal, levado pelo mais primitivo dos instintos, o da sobrevivência, fora enganado por um objeto estranho ao seu “habitat” e lá ficou, ao lado da máquina que nada lhe podia dar a não ser resíduos do venenoso óleo derramado de suas entranhas.


Muitos técnicos em vida marinha, ecologistas e populares envolveram-se em tentativas de salvar o pequeno cetáceo que, cada dia mais desnutrido e em lenta agonia recusava-se afastar-se do barco. Diante disso, para evitar que o animal tivesse uma morte lenta e sofrida, todos os envolvidos, após muita discussão resolveram abreviar-lhe o sofrimento através da eutanásia. Segundo eles o animal morreu sem dor.

Tal drama, embora vivido por um animal, fez-me recordar uma passagem semelhante ocorrida nesta nossa cálida Teresina de tantas curiosidades.

Um amigo, um bom amigo, cujo nome não citarei para não expô-lo novamente e já na idade madura à curiosidade pública, foi personagem de uma situação no mínimo kafkiana. O fato me foi contado por um irmão seu de quem também não citarei o nome pois implicaria na mesma inconveniência que quero contornar.

Assim aconteceu:


segunda-feira, 11 de junho de 2012

INEDITORIAL - POR QUE UM BLOG?

A. J. de O. Monteiro


Um dia, há mais ou menos dois anos, durante minhas elucubrações noturnas, avistei, no horizonte da vida, um ponto, apenas um ponto negro, que se aproximava lentamente mas com passos firmes. À medida que se aproximava de mim aquele ponto ia tomando forma. Uma forma assustadora mas que, estranhamente, não me alarmava. Era uma figura esguia, vestindo uma espécie de batina, com um capuz que lhe encobria a cabeça e não deixava ver-lhe o rosto, e trazia sobre o ombro uma foice de grande e curva lâmina. Ainda assim não me apavorei...!
Logo que minha miopia permitiu, pude ler, na face visível da foice, uma palavra: APOSENTADORIA! Então tive medo!  Como será o “Day after”...? Irei ficar gagá, deitado numa rede, sem nada que fazer?  Dando trabalho a minha mulher, intrometendo-me com o que não é da minha conta, chateado e chateando  Deus e o mundo?
Comecei, então, a traçar planos para o futuro: plano A – abrir um restaurante de comida macrobiótica; Plano B – explorar um depósito de materiais de construção; plano – fazer um curso de malabares e competir nos semáforos; plano – ser frentista de posto de combustíveis; plano – trabalhar como manobrista em locadora de veículos; plano – candidatar-me a uma vaga de auxiliar de subcarimbador em clínica ortopédica; plano – ser bedel em colégio de ensino médio da rede privada.
               Feitos os planos, fui avaliar as possibilidades de execução de cada um deles: planos A e B - não disponho de dinheiro para bancar o investimento; plano – não tenho habilidade psicomotora para a prática do malabarismo; planos DE, F e G – meus amigos empresários não me julgaram apto para o exercício de tais misteres.
              A minha apreensão continuou...
               E agora, O QUE FAREI?
             Aí surgiu a ideia: vou lançar um blog, para evitar o ócio mental... Mas como? Se sou, apenas, um cronista errático e com limitados recursos em informática...
               Ao compartilhar a ideia com os amigos, a surpresa!: Poncion, cronista dos maiores, ao mesmo tempo ácido e lúdico; Isaias, grande poeta tímido e Rui, romancista e inventor de sonhos, resolveram socorrer-me e prometeram enriquecer o blog com suas crônicas, artigos e poesias de qualidades já conhecidas; Manoel andante, velho intelectual socialista e furibundo analista político. Pronto, no quesito conteúdo, tudo resolvido.
                Restava, então, a questão técnica. Foi aí que entrou o Waldery, o neymar da informática: criativo, inteligente e rápido. Ele criou, formatou o blog, e, pacientemente, está me ensinando a operá-lo.      . 
               E assim, VOU BOTAR MEU BLOG NA RUA!