quinta-feira, 30 de agosto de 2012

FÁBULAS FABULOSAS – A CIGARRA E A FORMIGA



Manoel Andante



       O inverno, daquele ano, vinha cedo e pesado! As formiguinhas, adivinhando o temporal que se aproximava, começaram, cedo, o trabalho de armazenagem dos alimentos, a arrumação do formigueiro, a cobertura do seu buraco e, ouvindo o canto interminável de D. Cigarra, com a indefectível viola, foram até ela e a convidaram: "A senhora não quer fazer um puxado, pra não sofrer com a neve que está pra cair?" a cigarra riu e respondeu: " nasci para cantar, minhas amiguinhas, nunca aprendi a fazer outra cousa". e la se foi com sua cantoria, deixado as formigas indignadas com aquela resposta.

        ...Passaram-se os dias e chega o inverno rigoroso. O canto da cigarra foi ouvido, ainda, por alguns dias, e depois, calou.
        Mais uns 15 dias se passaram e eis que as formiguinhas ouvem uma forte batida em sua porta: "quem será, se for aquela cigarra, vamos mandar ela dançar!" Não façam isso, falou a formiga mais velha, tenham piedade, não custa nada lhe fornecer abrigo e comida, que temos de sobra!" Abriram a porta, que surpresa!: Dona Cigarra estava numa reluzente Ferrari, com motorista particular, toda empelicada, contra o frio, e viola ao lado...
        "Bom dia, minha amiguinhas, querem alguma cousa para Paris?" e contou: "Depois que vocês me fizeram aquele gentil convite, apareceu um cidadão, especialista em marketing (ele disse que fez a campanha prum tal de Lula) e me convidou pra ir com ele, embevecido com minha voz! Eu fui, visitamos a cidade maravilhosa e me apresentei nos programas do Faustão, da Ana Maria, do Hulk, do Raul Gil, e outros, e, agora, estou indo me apresentar no Olimpia de Paris. Lembrei-me de vocês e não pude deixar de vir ofecerer-lhe meus préstimos... As pobrezinhas ficaram embasbacadas!
        Foi quando se ouviu uma vozinha lá atrás; "Dona CIGARRA, EU QUERIA UM FAVOR SEU!" - "Diga, queridinha" - "Dona Cigarra, se a sra. encontrar, por lá, tal de La Fontaine, diga àquele viado que vá pra puta que o pariu!"
        Esopo, que escutou tudo, quase morreu de rir! - "Quem manda?"

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O VOTO É SECRETO, CABOCLO!


A. J. de O. Monteiro


           
           Dos frequentadores do bar da Miúda, um dos mais brincalhões e divertido era o Nogueira (Papainha), falecido há uns três anos. Era um piadista engraçadíssimo e nos fazia rir mesmo contando as piadas mais bobas e, até mesmo quando as repetia. Era também conhecedor e exímio contador de “causos”, na maioria, impublicáveis.
            Um dos “causos” que ele contava é muito apropriado ao período pré-eleitoral que vivemos. Contava ele que seu pai, Seu Doca, fazendeiro lá das bandas das Inhumas, era detentor de um respeitável patrimônio (curral) eleitoral que o fazia muito procurado pelos políticos locais, por razões óbvias. Ele, no entanto, não negociava votos, dava-os a quem achasse merecedor.
            Nas manhãs dos dias de eleição, contava Papainha, Seu Doca reunia o plantel, digo, os eleitores, dava-lhes o café da manhã e distribuía as cédulas eleitorais dobradas e já com os candidatos de sua escolha assinalados. Numa dessas manhãs solenes, distribuídas as cédulas, observou um caboclo novo abrindo sua cédula e gritou: “O que é isso, cabra, estás abrindo a cédula?” Timidamente, quase num sussurro, o pobre homem respondeu: "É, Seu Doca, estou querendo ver em quem vou votar...” E Seu Doca, desferindo-lhe um “brogue” no cocuruto, exclamou: "E por acaso não sabes que o voto é secreto, caboclo ignorante?!”  

terça-feira, 28 de agosto de 2012

DEUS DA GUERRA, ANJOS DA MORTE






Poncion Rodrigues
              
                
                  Aprendemos no antigo testamento que o Deus de Israel é poderoso, vingativo, cruel e impiedoso com os inimigos do “povo escolhido”.
                Na Bíblia podemos ler que logo após a entrega das tábuas com os 10 mandamentos, entre eles o enérgico “não matarás”, o Senhor ordena que se passe nos fios das espadas cerca de 3.500 pessoas, pelo crime de adoração ao bezerro de ouro, praticado enquanto o patriarca Moisés se encontrava no alto do Monte Sinai. Recebia as orientações divinas (esse episódio é analisado com olhar crítico em interessante livro não publicado do meu amigo Enéas Barros).
                Quando, há cerca de 70 anos, a loucura nazista apontava o povo judeu como culpado por todas as desgraças humanas, o mundo assistiu com indiferença ao triunfo do mal, que matou cerca de 6 milhões de judeus na Europa ocupada. O holocausto, desprezível e condenável em sua brutalidade acontecia sob aplausos do povo alemão, tido como dos mais civilizados do mundo.

domingo, 26 de agosto de 2012

AMORES



Isaias Coelho Marques

Amor à vista
Amor não visto
Amor à lira
Amor num canto
Amor não correspondido
Amor fodido
Amor a nada
Amor em pranto
Amor cego
Amor no prelo
Amor aceso
Amor pelo avesso
 Amor incestuoso
Amor quebrado
Amor pela metade
Amor não tem idade
Amor falido
Amor pelo amor
Amor não tem valor
Amor a Deus
Adeus
Amor

DIÁLOGO


Encaminhado por Manoel Andante

"Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:


Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres
.Colbert: - Então, como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

LUIZ GONZAGA GANHA TRIBUTO EM NOVA YORK DURANTE O BRAZILIAN DAY




Matéria encaminhada pelo Prof. Wilson Seraine

Gonzagão será relembrado pelo centenário no dia 2 de setembro, durante as comemorações do Brazilian Day, em Nova York. O Rei do Baião ganhará um tributo no festival no momento em que o forró virou moda na cidade americana, segundo artigo escrito pelo jornalista Larry Rohter, recentemente entrevistado pela coluna, no The New York Times.

O artigo cita a festa de forró no Botequim Miss Favela Brazilian, em Williamsburg, no Brooklyn, que tem atraído a atenção dos nova-iorquinos, que acham esta música nova e exótica, mas dançável num estilo antigo. Ainda na reportagem, Larry entrevistou Mauro Refosco, fundador da banda Forro in the Dark, sucesso na Big Apple: “Luiz Gonzaga foi uma dessas figuras pioneiras, como Elvis Presley. Ele era completo: letras ótimas e melodias combinadas com uma voz forte e uma fantástica presença no palco, com todo aquele equipamento incrível. Ele era um verdadeiro showman, e sabia disso”. Outras atrações do Brazilian Day são Del Feliz, Magary lord, Banda 5%, entre outras.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O VELHO, O MENINO, A PROFESSORA E O SOL




Aos líricos é permitido ignorarar as leis da física.

A. J. de O. Monteiro
Saindo da oficina do protético, após receber minhas novas próteses dentárias, deparei com uma cena do cotidiano da nossa cidade, só que, desta vez, de uma perspectiva diferente: O velho pároco saia para sua rotineira caçada a pecadores. Vinha correndo, badalando sua sineta, acompanhado do fiel sacristão que sacudia furiosamente uma matraca. Tudo normal, tudo corriqueiro, até que de repente o sacerdote tropeça no calçamento irregular indo dar de cara com o chão, indo sua surrada batina parar à altura da cabeça, deixando à mostra suas canelas secas e sua derrière descarnada. Pasmem, o reverendo não usava roupas de baixo! Sem conter a gargalhada corri para acudi-lo juntamente com o sacristão que também ria desbragadamente. Ao ter-se em pé novamente, sacudiu o pó da batina, voltou-se para o sacristão e esbravejou: “Como ousas debochar de teu superior, desgraçado? Quando voltarmos vou prescrever-te tão severa penitência que te arrependerás do dia que nasceste.” Voltando-se para mim, vociferou: E o senhor, seu Luís, muito me admira, com toda sua representatividade social, zombando de um ministro de Deus! O senhor não sabe que sou investido de poderes de absolver ou condenar os pecadores? Muito me admira senhor Luís, essa atitude pode lhe valer também uma penitência muito pesada”. Bufou duas vezes, persignou-se e berrou para o sacristão: “Vamos canalha, estamos quase a perder a melhor hora de caçar pecadores. Eles ainda estão cansados de tanto fornicar...” E retomou a sua insana e inócua faina. Ele, à frente, com sua sineta, seguido do sacristão com a matraca.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO


Edilene Pinho

Érico Veríssimo em seu livro OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO diz:" estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro”. E relembrando esse trecho fiz uma comparação com a história política de Campo Maior,onde os interesses da população ficam em segundo ou quase em nenhum plano, restando apenas a luta incessante pelo poder, a começar pela Câmara Municipal que é composta por NOVE camaradas. Digo camaradas por relembrar os clássicos infantis em que a bicharada usava a expressão camarada.E na Câmara estão os camaradas Formigas-Rainha que vivem em seus castelos construídos com esforços,trabalhos,bondades e prontidão pelas camaradas formigas,obreiras .soldados e operárias (eleitores) Mas nós podemos mudar essa história política, usando a matemática com a prova dos nove.
E, por fim vamos relembrar as cantigas de roda nas quais cabe a comparação da cantiga Ciranda Cirandinha. Belíssimo o trecho que diz: “O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou”.Idêntico aos acordos políticos da nossa linda Campo Maior, onde as alianças de interesses próprios se rompem na eterna busca política de quem dá mais. E o Amor político dos eleitores está se acabando por entenderem que tudo já virou imoralidade,desrespeito e sacanagem quando se trata da briga pelo poder.

domingo, 19 de agosto de 2012

PVP – PARTIDO DA VINGANÇA POPULAR

Poncion Rodrigues

                Basta de mensalões, cuecões e sanguessugas! Meu nome é Estélio! Estélio Natário! Seu Criado. Sou candidato a Deputado Federal pelo P.V.P.
                Indignado com a pouca-vergonha que invadiu a vida pública brasileira, peço seu voto para representá-lo em Brasília, onde irei impor a vontade do nobre povo que me elegerá.
                Pretendo obrigar o Presidente da República, ou Presidenta, conforme as urnas se manifestem, a ampliar o Bolsa tudo, para dar assistência à imensa legião de maridos traídos, criando o Programa “Chifre Feliz”, com verbas destinadas ao afogamento de mágoas nos botequins deste grandioso país. Prometo defender com unhas e dentes o projeto minha autoria, denominado: “Programa Pato Donald”, que tornará possível o envio de todos os alunos da rede pública para DisneyWorld, ao completarem quinze anos, com passagem e demais despesas pagas pelo Estado, incluindo acompanhamento dos pais.
               Não posso me permitir esquecer do anteprojeto “Santo Antônio Milagroso”, o qual irá garantir maridos ricos e formosos para a gigantesca multidão de mocréias que assustam nas ruas de nossas cidades.
                Outras promessas que são compromissos públicos e dependem de vontade política:
                1. Serão perdoadas todas as dívidas com agiotas, bancos ou financeiras de qualquer cidadão ou cidadã com idade entre 12 e 105 anos;
                2. Instituição de pena de morte para cobradores e para lavadores de para-brisa de carros postados nos semáforos; 
                3. Imediato fuzilamento das duplas caipiras e daquele cara que aparece gritando nos comerciais das Casas Bahia;
                4. Uso de detector de mentiras nos pronunciamentos à Nação feitos pelo Exmº Senhor Presidente da República ou seus asseclas, digo, seus Ministros;
                5. Instituição de ponto facultativo nas segundas-feiras para a laboriosa classe do funcionalismo público em todo o país, pois afinal ninguém é de ferro!
                Outros anteprojetos estão em fase de conclusão pela minha equipe. Meu número é 171. Não esqueça também de votar para Deputado estadual no Irmão Josafá, o melhor que há. Para Presidente, Pastor Vivaldino Raposão. Governador Bispo Chico Mão boba.
                ATÉ A VITÓRIA FINAL!!!               

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ANDANDO COM SUASSUNA



Manoel Andante

Ariano Suassuna é um brasileiro por quem tenho o maior respeito e admiração. Meu candidato a Prêmio Nobel da Literatura, possui passagens em sua vida, contadas por seus amigos, e, por ele mesmo, que comprovam suas maravilhosas qualidades humanas, que o fizeram o grande representante da cultura brasileira. Mas não pretendo, e não tenho "bagagem" pra tanto, ser um crítico de sua obra... Quero, apenas, contar uma das historietas que fazem parte do mito em que foi transformado, acontecida em uma de suas visitas à sua querida Taperoá, na Paraíba.
Convidado para realizar uma palestra, sobre um de seus temas preferidos, o "som universal" e se colocar à disposição do público, após a bela falação, ouviu uma voz, lá atrás, de um verdadeiro "caporreiro", com chapéu de vaqueiro na cabeça, lhe dizer: "Me adisculpe, "seu" Ariano, mas eu só conheço 3 som universal: arroto, espirro e peido" Aí, risadaria geral, ninguém falou mais nada!
Me adisculpe, também, mestre Ariano, mas quem me contou essa foi um amigo de Taperoá, que jura que que assistiu o fato, mas, muito conhecido por suas "invenções"...
Porem, quem manda ser um personagem mítico como o senhor?


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MEMÓRIA

Isaias Coelho Marques

Pelos paredões da memória
água viva, cristalina,
de tempos outros, tão vivos,
tão esquecidos.

Menino livre
na imensidão seca,
riscando nada
com esporas,
cheiro de couro dos gibões.

O veloz alazão
de seu pai traz
em  um golpe
o que ficou do distante sertão

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

GONZAGÃO FEZ SEU PRÓPRIO MOVIMENTO MUSICAL



Por Wilson Seraine

Nos anos 50, 60 e 70 aconteceram diversos movimentos musicais com belas e marcantes melodias. Movimentos que hoje não são mais lembrados pela literatura, pela crítica ou pelas rádios e que ficam só amargurando o saudosismo de poucos.  Os movimentos musicais de hoje, ou melhor, os LIXOS musicais de hoje (que me perdoe o lixo pela comparação), são os que estão em voga. O único movimento de uns tempos para cá que ainda merece nosso respeito é o Hip Hop, pelo trabalho que realiza com os adolescentes das periferias e pelas letras das músicas, que em geral, trazem uma conotação social interessante.
O forró foi deturpado. Nem a velha e harmoniosa sanfona é utilizada; letras imorais e amorais são, infelizmente, as mais executadas nas rádios. Ainda bem que nos restam Dominguinhos, Jorge de Altinho, Flávio José, Alcymar Monteiro, Santana e mais alguns abnegados que levam os ensinamentos do Velho Gonzaga para as gerações vindouras. Outro movimento que nos estarrece e nos enoja é o tal do funck; peço desculpa ao leitor, mas me esquivarei de comentários, pois posso vomitar sobre o teclado do computador.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O MENINO, A PRAÇA E A CARDINALLE



Poncion Rodrigues

Um domingo. Por volta das duas horas da tarde o menino magro descia a Rua Elizeu Martins, sobrecarregado pela pilha de revistas em quadrinhos, no passo rápido de quem precisa chegar logo ao destino. Os domingos de então eram mais preguiçosos, pois em suas tarde não proliferavam grupos de pagodes e bandas de forró. As pessoas que haviam lotado as manhãs de sol, àquela hora já se refugiavam em suas casas para depois do almoço se entregarem à sagrada soneca na tarde morna de Teresina.
Cruzando com poucas pessoas o menino magro já atravessava a Praça da Liberdade, tendo olhado furtiva e contritamente em direção à igreja de São Benedito, enquanto se benzia balbuciando num sussurro: “em nome do pai, do filho e do espírito santo amém”. Mais a frente o sentinela do Palácio de Karnak bocejava sonolento, milagrosamente escorado num velho fuzil, ambos virgens de guerra e de escaramuças com bandidos.
Alcançando a calçada dos Correios, o menino magro encontrava a primeira banca de revistas, além de grupos de vendedores de pastéis, empadas, refrescos e outros saudáveis difusores de parasitoses intestinais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

EDUCAÇÃO

Manoel Andante
Penso na educação: o que é?, pra quem serve? pra que serve?;como educar? onde educar?; quem educa?, quem é educado?; quem tem educação, quem não tem?; porque a educação não está ao alcance de todos? quais as diferenças entre educação, instrução e conhecimento? ; o que é o saber? e a ignorância, é falta da educação, ou do saber, ou do conhecimento?; porque essas perguntas não são respondidas nas escolas? por falar nisso, qual a diferença entre escola pública e escola particular? educação é um produto que se encontra à venda? e quem não tem dinheiro para comprá-lo, vai ser um pária?Falem, políticos e candidatos, ou vcs. não sabem a resposta a perguntas dessa natureza? Promessa, promessas, promessas... Porque, cada resposta equivale a uma postura, a um compromisso, a uma visão do que vcs pensam ser um processo de desenvolvimento! OU VCS. NÃO PENSAM NIISSO?continuarei...

ANDANÇAS DO MANOEL ANDANTE IV E V





Manoel Andante IV
Continuando: Informei ao Presidente da Colone, um dos homens dignos, dos muito que conheci em minha vida, Valdecí de Urquiza e Silva, que também havia recebido um exemplar, e que convoquei os "jornalistas" para um papo, que resultou num ponto positivo para o Projeto. Como? Analisando, com eles, todas as denúncias feitas, mostrando-lhes o projeto elaborado, os recursos previstos, os disponíveis, os já empregados, aceitando as críticas cabíveis e rejeitando as que não condiziam com, comprovadamente, a verdade, e no final, entregando-lhes uma resma de papel e lhes disponibilizando uma máquina de escrever, para continuarem a "editar”
o jornal, ajudando-nos no acompanhamento da execução do projeto, e na sua fiscalização! Aqueles colonos, no exercício pleno de sua cidadania, sem que qualquer político lhes fosse dar aulas a respeito, aceitaram a proposta, de continuarem a discutir, conosco (refiro-me à equipe técnica, inclusive) e com suas comunidades, os objetivos do projeto, também, sob o ponto de vista deles, de suas aspirações. E surgiu, daí, aprovado o meu relato ao Urquiza, a demissão do Gerente da Cooperativa, denunciado como tendo se apropriado, indevidamente, de recursos do BNB, destinados a empréstimos aos seus associados. Estes elegeram a nova Diretoria e contrataram um novo gerente, da confiança dos colonos...Os dedos duros ficaram a chupar os dedos sujos...