quarta-feira, 27 de maio de 2015

A AVENIDA NOSSA SENHORA DE COPACABANA*



Daniel Cariello**

Na Avenida Nossa Senhora de Copacabana é preciso desviar das gentes, dos operários sempre consertando um cano estourado ou uma instalação elétrica que deu ruim, dos camelôs, dos polícias olhando os telefones ao invés de olhar os arredores, e dos gatunos olhando os arredores para terem certeza de que os polícias estão olhando os telefones e os pedestres estão observando os operários.
É uma aventura abrir caminho na Nossa Senhora de Copacabana às seis da tarde, quando todo mundo está cansado e quer voltar rapidão pra casa depois de passar o dia em escritórios, agências de publicidade, consultórios de dentistas, lojas de sapatos, Lojas Americanas, bancos, lanchonetes de suco, elétricas, sendo homem-cartaz, engraxate, vendedor de sinal, todos esses profissionais formais e informais atrás de dinheiro para pagar o sustento e poderem voltar ali no dia seguinte.
Dizem que se os habitantes de Copacabana saíssem de casa ao mesmo tempo não haveria espaço na rua para todo mundo. Aí o desafio de andar pela Avenida seria ainda maior e as gentes deveriam caminhar em fila. O simples ato de atravessar o sinal poderia demorar uma hora e meia e pedir um café no boteco tomaria o dia inteiro. Chegar à praia, nem te conto, é melhor nem pensar nisso.
Os operários, coitados, não têm culpa do caos na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Eles estão ali tentando resolver um encanamento-gambiarra, um recapeamento-gambiarra no asfalto, uma instalação elétrica-gambiarra. O Rio de Janeiro é uma gambiarra tão grande, com fios, tomadas, interruptores velhos, fitas isolantes, remendos, rejuntes gastos, puxados, improvisos, quebra-galhos, todos esses jeitinhos formando um gato enorme que há um medo não dito de uma gambiarra na Baixada Fluminense entrar em curto-circuito e a reação em cadeia fazer cair a luz da cidade. Pra sempre.
               Apesar disso, ou por causa disso, é ótimo andar por ali. Menos de carro, pois a coisa não avança nem com reza braba e se eu fosse você evitava a façanha a todo custo. A pé é melhor e dá pra parar pra tomar um suco de fruta do conde e um sanduíche de peru com queijo minas, dá pra fuçar as antigas galerias, dá pra comer bolinho de bacalhau com chope, dá pra descobrir um sebo e gastar umas horas, dá pra ir ao cinema e ao teatro, dá pra ter diversão de adulto quando cai a noite, dá pra observar todo tipo de gente, bebê, criança, adolescente, adulto, velho e até, dizem, umas almas penadas, dá pra bisbilhotar as bugigangas made in China vendidas pelas centenas de barracas de camelôs made in Rio mesmo.
A Avenida Nossa Senhora de Copacabana é um universo. Quando a gente menos percebe, está ali, de bobeira, observando a vida acontecer de forma ininterrupta, até que passa um pivete correndo mais que onça pintada, toma sua carteira e sai costurando entre gentes, operários, polícias em seus telefones, fords, chevrolets, fiats, renaults, peugeots, mercedes, segways, muletas, carrinhos de bebê, cadeiras de rodas, triciclos, bikes, motos, todo esse mundão até desaparecer pra sempre no buraco negro da Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
**Leia também as crônicas de Paris, escrita pelo mesmo autor, no livro Chéri à Pariswww.cheriaparis.com.br

terça-feira, 26 de maio de 2015

PRAZER OUTONAL*



João José de Andrade Ferraz
               
De boa e tradicional cepa, culta, requintada; à boa vida de pensionista, viajada. Residente em endereço nobre, com batalhão de empregados folgados e roliços – que à noite, em invasões, se espicham e procriam patotas de deserdados. Frequentadora de videoteca, vidrada num bom filme, toda semana aluga pacote de fitas.
               Pois isso. Num sábado que precedeu o Dia (do comércio) das Mães, por volta das onze horas, meia noite, o alto volume do áudio ameaçava sono de amiga e vizinha de andar. Esta, incomodada, tocou a campainha e... Nada; insistiu, mas não obteve resposta. Preocupada, foi acordar o marido que roncava sob efeito de uísque paraguaio bebido em boca livre.
               - Que é?... Que diabo é que tu quer, mulher? Tá maluca?! Não fuça...
               - Levanta, biriteiro de meia tigela! Não tá ouvindo a zoada da tevê da Maricota, não? Já fui lá, toquei a cigarra e ninguém atendeu. Tô com mau pressentimento...
               - Tu acha que ela morreu, foi? Ô beleza... Peraí, deixa eu vestir a calça do pijama. Puta merda!, ir pro beleléu numa hora dessa?! Vai sobrar pra mim...
               Tocaram uma, duas, várias vezes; e bateram na porta. Nenhum sinal de vida; altíssimo, o som. Ainda zonzo, sem saber direito o que fazer, ao segurar a maçaneta notou que a porta estava encostada. “Um perigo! Isso de deixar porta aberta”...
               Com a confiança da amizade antiga, o casal entrou no apartamento. Surpresa! A Maricota – de calcinhas e sutiã sustentando pelancas – dormia a sono solto, fio de baba escorrendo pelo canto da boca entreaberta; espandongada, derreada no sofá da sala...
               Horror e indignação: imagens nítidas de tórrido filme pornô na enorme tela plana. A corroa enrubesceu, mas o velhote vibrou:
               - Oba! Oba!!
               - Desliga essa joça, sem-vergonha!
               Tendo acordada disposta e fagueira, nem agradeceu o favor: aprontou-se, e ganhou a rua – deixando os vizinhos mais uma vez com cara de basbaques.
               Libertina crepuscular, carente de experiências quiçá não vividas no devido tempo? Nem por e outras: não perde nenhum serviço católico, carola de lamber santo de pau oco, lixar rosário, terço...

*Do livro Apanhados Do Cotidiano.

domingo, 24 de maio de 2015

sexta-feira, 22 de maio de 2015

BAIRRISMO CARIOCA*



Daniel Cariello**

Sobre os bairros do Rio de Janeiro:
. A Cidade Nova tem 200 anos e o Engenho Novo, mais de 300.
. Copacabana se chamava originalmente Sacopenapã, nome que provavelmente inviabilizaria o surgimento da Bossa Nova.
. Eu já procurei e ainda não achei um só pé de laranja no bairro das Laranjeiras.
. Mas achei a sede do Fluminense, que, aliás, fica perto do bairro do Flamengo.
. Já a sede do Flamengo fica longe, na Gávea.
. A Pedra da Gávea fica em São Conrado.
. Em Botafogo há flamenguistas, tricolores, vascaínos e até botafoguenses. Eu mesmo conheço um. Juro.
. Há rumores de que a Barra seja assim chamada por causa do trânsito na hora do rush, que é barra.
. Quando começou a ser formado, o bairro Colégio tinha apenas um professor.
. O Complexo do Alemão tem esse nome por ter sido endereço de Leonard Kacsmarkiewiez, polonês chamado de alemão. Uma história meio complexa aí.
. Jacarezinho é mais conhecido por ser o bairro onde Jorge Ben aconselhava tomar cuidado com o disco voador.
. Já Irajá, segundo Gil, é um lugar ”pra onde eu só veja você, você veja a mim só”, mesmo que essa tarefa seja complicada, em virtude de sua alta densidade demográfica.
. No bairro Riachuelo, injustiça!, não há filial da loja de departamentos.
. Parada de Lucas foi assim batizado em homenagem ao agricultor José Lucas de Almeida, que viveu ali e morreu aos 94 anos. Não se sabe se foi de parada cardíaca.
. A rua Barão de Ipanema fica em Copacabana.
. A Rua Copacabana fica no município de Duque de Caxias
. Tem uma Rua Duque de Caxias na Vila Isabel. Mas o melhor é que tem também as calçadas com pedras portuguesas formando partituras de Noel Rosa.
. O bairro Rio Encantado era cortado pelo Rio Faria, cujas águas encantadas tragavam tudo que nelas caíssem. Até mesmo uma carroça com condutor, cargas e burro, diz a história local. Já o dono da carroça, garante a mesma récita, ficou desencantado com o ocorrido.
. Por fim, o nome Andaraí vem da expressão indígena “Andirá-y Açu”, “Rio Grande dos Morcegos”, na linguagem dos índios tamoios que habitavam a região. Mas isso é história antiga, bem de antes do tempo que Dondon jogava no Andaraí.
**Leia também as crônicas de Paris, escrita pelo mesmo autor, no livro Chéri à Pariswww.cheriaparis.com.br

quinta-feira, 21 de maio de 2015

ALHOS, BUGALHOS E BAGULHOS.


A. J. de O. Monteiro

No início da década de 60 – no início mesmo – circulava um livreto da autoria de Paulo Guilherme Martins com o título de “Um Dia Na Vida de Brasilino.” Nesse livreto o autor narra o cotidiano de um brasileiro, do despertar ao adormecer. Começa assim: “Não sei se você conhece Brasilino, mas isso não importa... Brasilino é um homem qualquer, numa cidade qualquer... Situemo-lo em Santos, por exemplo. Brasilino, como todo bom burguês, começa o dia acordando; sim, porque o operário, este, levanta-se ainda dormindo a fim de chegar a tempo ao serviço...”
Daí pra frente o autor vai narrando o cotidiano de Brasilino, na sequência normal de um dia ordinário. Todas suas ações, e produtos e serviços que utiliza para atender suas necessidades, como neste exemplo: “Brasilino acorda e aperta o botão da campainha à cabeceira da cama, campainha essa que soa na copa; porém soa, consumindo energia — energia que é da Light, e, assim, o Brasilino inicia o seu dia pagando dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas Brasilino não pensa nisso e começa o seu dia, feliz!” E assim por diante. O texto, é claro, tem viés nacionalista e, também, é claro, teve sua circulação proibida em março de 1964. Mas isso é outra história... Fazendo um pequeno exercício de imaginação, posso mentalizar Brasilino remoendo seu desprezo por esse povo que se contenta em viver minimamente, consumindo produtos de qualidade duvidosa produzidos por indústrias nacionais de forma quase artesanal e sem nenhuma tecnologia: “Onde já se viu?” “Trocar meu cigarro ‘king size’, produzido pela inglesa ‘British, American Tobacco Co. ’ por um cigarrinho de palha dos ‘mineirim’?” “Deixar de saborear o pão francês feito com trigo canadense ou argentino (naquele tempo a Argentina era um pedacinho da Europa no Hemisfério Sul), para me empanturrar com beiju de tapioca?” “Ou, ainda, usar um sapato ‘Motinha’ ou ‘Samello’, fabricados em Franca, em detrimento de um legítimo cromo alemão?” “Não, é inconcebível renunciar a produtos que trazem em si o charme europeu e/ou a alta tecnologia americana por “coisas” fabricadas no Brasil de maneira rudimentar e com matéria prima de segunda qualidade e mão de obra desqualificada.
A verdade é que eu, com nove ou dez anos de idade, àquela época, não enxergava motivação política ou ideológica no texto. Era pra mim, então, apenas uma história engraçada, mas que, não sei por que cargas d’água ficou na minha memória. Só vim entender o verdadeiro sentido crítico do texto, um bom tempo depois (quem conheceu o texto e quiser matar saudade; ou quem não conheceu e quiser conhece-lo, é só pesquisar na internet, pelo título, que vai encontra-lo, na íntegra).

quarta-feira, 20 de maio de 2015

MERCADO*



Daniel Cariello**

Parado em uma banca de jornais em frente a uma feira de rua, um sujeito lê as manchetes do dia, que disputam sua atenção com os gritos dos vendedores.
“Morador atira em suposto ladrão
Habitante de Ipanema dispara duas vezes contra um mendigo que atravessava no sinal, supostamente em sua direção. Vítima não tinha domicílio e estava desarmada. Vida de moradores de rua está…”
- A preço de banana! Tudo aqui, na minha barraca, a preço de banana, inclusive a própria. Cinco reais uma dúzia com treze. Deu a louca na matemática! O patrão pirou! Ai, eu tô maluco! Aproveitem, aproveitem.
- Vai banana aí, senhora?
- Não, obrigada, eu queria…
O homem volta às notícias.
“Roubalheira de todos os lados
Participantes de manifestação contra a corrupção estacionam carros de maneira irregular e oferecem propina a policiais de trânsito para não serem multados. Especialista afirma: ‘No Brasil, prática de suborno é…’”
- Batata! Todo mundo gosta! Olha a batata! Tem inglesa, doce, baroa.
- Me dá um quilo da baroa.
- Um quilo bem pesado, cliente! Mais alguma coisa?
- Tem nabo?
- Tenho. Olha esse aqui, grandão, uma beleza!
- Dá dois.
Tentando se concentrar na leitura, passa ao próximo artigo.
“Caos nas ruas
Grandes cidades sofrem com engarrafamentos cada vez maiores. Apesar dos cortes em investimentos em mobilidade urbana, governos prometem deixar à população um grande…”
- Pepino! Inteiro ou em rodelas. Fica a gosto do cliente. Quem quer? Hoje tá em promoção. Paga dois, leva três. Uma delícia.
- Embrulha uns pra mim aí, Valdemar, com aquele descontinho de sempre.
- Só se for agora, patrão!
Antes de retornar o olhar aos jornais, o sujeito é abordado por uma mulher, que lhe dá um beijo na boca.
- Oi, amor, desculpa o atraso.
- Tudo bem, tava dando uma olhada nas notícias.
- Pra quê? O jornal de ontem é igual ao de amanhã, nada muda.
- Pois é...
- Olha, tô morta de fome. Vamos comer uma salada?
- Salada? Acho que o dia tá mais pra pizza.
**Leia também as crônicas de Paris, escrita pelo mesmo autor, no livro Chéri à Pariswww.cheriaparis.com.br

sexta-feira, 15 de maio de 2015

ENCANTADO



Isaias Coelho Marques

Tão delicado
de tua parte
olhar para mim,
com esse olhar de arte

PARADA COMPLICADA*



Daniel Cariello**

Então você se muda para o Rio de Janeiro e decide que vai levar uma vida sem carro, essa praga da modernidade que nos fecha em casulos quase individuais, nos isola da realidade e nos afasta do convívio das pessoas nas ruas. Muito satisfeito da decisão, empina o peito e sai em direção ao Largo do Machado, enfrentando a turba que inunda a Rua das Laranjeiras, desviando de cachorros, gatos, bicheiros, bancas de revistas, vendedores ambulantes, seguranças das Lojas Americanas, crianças, adultos, velhos, estudantes, executivos, vagabundos, sonhadores, filósofos, escritores.
Você chega à parada de ônibus e até assovia uma canção, orgulhoso do seu papel de cidadão consciente. Vê passar um, dois, quatro, nove, quinze, vinte e oito coletivos e nenhum parece ir onde você quer, apesar de ser logo ali. Você aborda um senhor de bermuda, havaianas e bigode parado ao seu lado e pergunta se ele sabe que horas passa o transporte para tal lugar e ele responde que não faz a menor ideia porque na verdade ele não vai pegar nenhum, só está ali fazendo hora e aproveitando da sombra da árvore pois o sol está mesmo de rachar hoje. Questiona então um casal com um filho no colo e outro no carrinho se eles saberiam informar mas eles também não têm ideia pois vão para o Cosme Velho e essa informação não te serve de nada pois você não vai para o Cosme Velho. Você agradece e descobre com um certo espanto que no lugar do segundo filho, no carrinho, não há um bebê, mas um poodle. Decide então consultar um motorista que parou ali para pegar passageiros e ele te informa com um sorriso largo que o seu carreto, meu filho, não vai passar ali nunca, pois o ponto dele é outro, virando à esquerda.
Você espera o sinal abrir para atravessar a rua e ir à esquerda e vê um ônibus passando todo pimpão, quase flutuando sobre a rua, como em um anúncio de carro de luxo, um letreiro reluzente mostrando em destaque o bairro para onde você vai. Você quer atravessar correndo para chegar a tempo, mas vem um carro, você volta, espera ele passar e tenta novamente, mas uma moto em alta velocidade te desencoraja, você vê nova brecha, toma impulso e sai em disparada, com todo mundo te achando muito estranho porque o sinal já estava para pedestres e o pior é que apesar desse mico não consegue chegar a tempo de pegá-lo. Você se diz tudo bem, o próximo deve passar logo, mas descobre que logo, no Rio de Janeiro, é um advérbio de tempo indefinido e pode significar tanto em 3 quanto em 300 minutos.
Você vê passar coletivos que vão para bairros que nem imaginava existir, vê passar o 178, o 570, o 434, o 309, vê passar na sua cabeça combinações para a mega sena com esses números e vê passar direto o que você esperava, que não parou ali porque ninguém acenou, maluco, queria o quê, brother, te explica o marombado com quem você se queixou sem nem se dar conta.
Você se enche, promete que da próxima vez vai se informar melhor antes de sair de casa e acena para um táxi. De repente, percebe-se muito feliz de estar isolado da realidade naquele automóvel tinindo de novo. Uma praga da modernidade, mas com um ar condicionado funcionando que é uma beleza.
**Leia também as crônicas de Paris, escrita pelo mesmo autor, no livro Chéri à Pariswww.cheriaparis.com.br

quinta-feira, 7 de maio de 2015

CANÇÃO DE NINAR - Para meu filho




Isaias Coelho Marques

Não chores, menininho.
A vida é uma estrada;
o resto é caminho...

PEQUENO DICIONÁRIO DE CARIOQUÊS*


Daniel Cariello**

Algumas palavras e expressões não têm no Rio de Janeiro o mesmo significado que em outras partes do universo. Compartilho aqui uma pequena lista do que já consegui aprender nesses três primeiros meses de vida carioca, para orientar neófitos e desavisados que estiverem de passagem pela Cidade Maravilhosa.

1. Parada – A espinha dorsal da comunicação local. Serve para tudo e pode ser empregada a qualquer momento.
. Por exemplo, em uma loja: “Aê, queria ver aquela parada ali. Não, aquela outra, azul.”
. Em uma conversa sobre a vida alheia: “Aê, aquela parada que a Marcinha fez com o Jorginho, isso não se faz”
. Ou em um papo sobre a noite anterior: “Aê, tomei umas paradas sinistras na festa, ainda tô na mão do palhaço”

2. Estar na mão do palhaço – Estar muito doido depois de se entupir de umas paradas aê.

3. Doido – Brother, como na expressão “Aê, doido!”

4. Brother – Uma pessoa qualquer, que, no entanto, nunca é o seu irmão: “Aê, brother, que horas são?”. Pode ser agrupado com “parada”: “Um brother ficou de agilizar umas paradas pra mim.”

5. Irmão – Um brother: “Aê, irmão, vai querer uma cadeirinha de praia?”.

6. Mermão - Um irmão que subiu de categoria e já é muito mais que um brother: “Mermão, que saudade!”. Também pode ser usado como interjeição a qualquer momento, em qualquer ocasião: “Mermão, o Flamengo tava sinistro ontem!”. Neste caso, pode ser substituído por “porra”, quando se quer variar o vocabulário: : “Porra, demais essa parada”, “Porra, tu viu aquela gata?”

7. Sangue bom – Mais do que brother, menos que mermão.

8. Bagulho – Umas paradas que você toma e te deixam na mão do palhaço. Também é um bom substituto para “parada”, como na construção: “Vamos nessa, o bagulho aqui tá sinistro”.

9. Sinistro
. Algo muito ruim: “Pô, rolaram umas paradas sinistras com o Jão”.
. Algo muito bom: “Maluco, tu vai pirar, a parada é sinistra!”
PS: Para ser compreendido, o “s” deve ser pronunciado como “x”: Sinixtro.