tag:blogger.com,1999:blog-40322397749316599902024-03-13T13:40:59.251-07:00Brogue da Tia CorinaInformar, analisar e criticar temas políticos do Piauí e do Brasil. Publicação de crônicas e artigos literários.Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.comBlogger678125tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-74140192481843107922022-11-08T11:35:00.003-08:002022-11-08T11:39:55.697-08:00teste ttesteteste, teeste tesreWaldery Gomeshttp://www.blogger.com/profile/13970558562576650250noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-49359348212878639502022-08-17T13:04:00.005-07:002022-08-17T13:04:50.789-07:00SER RUDE OU NÃO<br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjf6Gfvz7qNXLLj7ccWBUcVE8ZceZVXsUi-x9DHpyZbuJgbw_oBahieMarfPXjCNCGc-9oFFn16WoKfZQPVFA8QRdwSp1bT2jp5qP7pCy7U5es0uo4J8FhiMw9abCNvc-PMQuU85u9vbhcX23cm1MPJHnVA-f5HsCSxp9Fu4MTKvPWoBZ6FFQf8DRp/s864/desenhos-animados-do-homem-de-neg%C3%B3cios-rude-ogre-112036893.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="864" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjf6Gfvz7qNXLLj7ccWBUcVE8ZceZVXsUi-x9DHpyZbuJgbw_oBahieMarfPXjCNCGc-9oFFn16WoKfZQPVFA8QRdwSp1bT2jp5qP7pCy7U5es0uo4J8FhiMw9abCNvc-PMQuU85u9vbhcX23cm1MPJHnVA-f5HsCSxp9Fu4MTKvPWoBZ6FFQf8DRp/w185-h200/desenhos-animados-do-homem-de-neg%C3%B3cios-rude-ogre-112036893.jpg" width="185" /></a></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal">[15/08/2022] Márcio Nobbre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Pensamento por atitudes feitas, e
observadas a quem dirigidas, leva a uma grande interrogação; ao levar a vida
servindo sempre, prestando um bem enorme ao seu redor, sem macular nem jogar na
pedra do mármore a quem se dirige,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e a
conveniência necessária para um relacionamento social de bem estar, é
classificado como boa pessoa; entretanto a contra <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>partida vindo com subterfúgio bem educado,
com palavras subliminares em que possa ser entendido, talvez na inveja,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ciúmes, ou simplesmente a disputa, claro só
de um lado,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>volta o pensamento se seria
melhor ser rude, grosseiro, mal educado, e nada servir, para ser respeitado,
obedecido,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e não contrariado, por medo,
ou na força do ódio. Me parece assim, que assim deveria ser, mas, não tenho
esse<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ins…<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professor<o:p></o:p></p><br />Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-29445864526139884592022-08-08T11:57:00.002-07:002022-08-08T12:07:00.096-07:00NOITE ESCURA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIK_bpEd1HALAlaTbiNkPlT9Yd-nNq9sbZLYi2eF-_Hjx3L-PCthbOs8eQTDuKJIdLYtNhqHIFplzBDByb9nj_Lz5pF4P3ohSzT_PXGHAjQ0dDd07JA4N4vJQnYU-aAuLVjh1hQTafgTCZgxBEgLOWJh3bK6ECaftGDHz1dy1bla2C8n8m4YLAA-Vf/s750/7eefc9646a998e244b7753ae417a9314.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="743" data-original-width="750" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIK_bpEd1HALAlaTbiNkPlT9Yd-nNq9sbZLYi2eF-_Hjx3L-PCthbOs8eQTDuKJIdLYtNhqHIFplzBDByb9nj_Lz5pF4P3ohSzT_PXGHAjQ0dDd07JA4N4vJQnYU-aAuLVjh1hQTafgTCZgxBEgLOWJh3bK6ECaftGDHz1dy1bla2C8n8m4YLAA-Vf/w200-h198/7eefc9646a998e244b7753ae417a9314.jpg" width="200" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div>
<p class="MsoNormal">Márcio Nobbre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como a noite é escura sem
estrelas para brilhar, mais escura sem a lua para clarear; uma lamparina com o
foco bem pequenino para não queimar a palha da choupana de quarto e sala, com
duas portas pra entrar e sair, em uma vejo o dia amanhecer, a outra olho o sol
se pôr, e o escuro com certeza vai voltar sem estrelas e o luar.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professor</p><br />Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-64890445049521528782022-08-08T11:47:00.003-07:002022-08-08T11:59:53.727-07:00TRÊS QUARTOS NA MINHA CASA<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3WEMpnbpjOozEak6z6i5bfVZMRp4esPIhPms1MeaGhJrndNdJt5JPw51564NU-uTK_k_mB3vuARjKP1tkPOk0rDQz9p5M9iWPJx0nUKGVc0zrcHm0JxCV5nWKlaPBgPxg1PRvLy-78HlMhUYMHT6zE5FFXxrxCzlolEBs7MKS1TDPwHZHtRj9bh5B/s320/mqdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3WEMpnbpjOozEak6z6i5bfVZMRp4esPIhPms1MeaGhJrndNdJt5JPw51564NU-uTK_k_mB3vuARjKP1tkPOk0rDQz9p5M9iWPJx0nUKGVc0zrcHm0JxCV5nWKlaPBgPxg1PRvLy-78HlMhUYMHT6zE5FFXxrxCzlolEBs7MKS1TDPwHZHtRj9bh5B/w200-h113/mqdefault.jpg" width="200" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Márcio Nobbre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Minha casa tem 3 quartos, em
estilo independentes entre si, 1 é o arrecadador e distribuidor dos haveres, em
que todos dependem deste 1, é quem trabalha, indica quase tudo, planeja,
administra, e executa atos normativos. O 2, em números grandes de habitantes
confirmam projetos do 1, ou em anomalias escusas destroem o de bom
administrado, para simples e bom bloco do nós mesmos. Ah! O 3,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nada projeta, nada arrecada, nada elabora,
nada indica, a não ser os seus, são poucos sem indicação para apresentá-los, e quando
solicitados, não entendem o legal, o norte, muito menos o imparcial, absolutos
em interferir em áreas que não lhes pertence, são contrários à tudo que não
lhes beneficia, quer administrativamente, legislativamente impondo o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>juridicamente inusitado, vejo então minha
casa como carrapeta doida como pião rodando em voltas sobre si, parando em
lados que nada favorece a união de todos da minha casa. Futurologia deverá
mostrar novos rumos na repartição dos cômodos de minha casa, que terá rua,
número, e esquinas corretas no quadrado do limite. TRÊS QUARTOS NA MINA CASA...<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professor</p><br /></div>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-53387257579884440132022-08-08T11:35:00.004-07:002022-08-08T12:01:18.441-07:00POEMAS A ZÉ<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavK2iCCgkQ5dK5Rxw8LpDZNjFJuK9P5LwcS43bLeNPU85GtPg-JhYZFQgEs253bisXkJPYb6P8zCFJHXq9QmJo2fZX5Kskr6O-V8T0_hjuJhXlNJ4ho-nIMZuIl20Dwl8fpw7qOwZ_waozlDFb0UI-sHQjwUq2naHqUnlt6ocfeIQsQHCrTT8OFL1/s1152/IMG-20220806-WA0010.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="864" data-original-width="1152" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgavK2iCCgkQ5dK5Rxw8LpDZNjFJuK9P5LwcS43bLeNPU85GtPg-JhYZFQgEs253bisXkJPYb6P8zCFJHXq9QmJo2fZX5Kskr6O-V8T0_hjuJhXlNJ4ho-nIMZuIl20Dwl8fpw7qOwZ_waozlDFb0UI-sHQjwUq2naHqUnlt6ocfeIQsQHCrTT8OFL1/w200-h150/IMG-20220806-WA0010.jpg" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><br />
<p class="MsoNormal">Quando entrei teu dedo apontou pra mim, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vinha a mim naquela direção<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Rápido e furtivo nossos olhos se cruzaram,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não deu mais, parti pra te falar, meu olhar, pegar nas tuas
mão, beijar! Mas tudo sem falar, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ó amor fugar, quantas músicas vou cantar,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">[11:20, 06/08/2022] Márcio Nobbre<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Minha Zé, destarte, maktub,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>deveras estava desenhada na história que me envolveria, pelos idos de
1985, precisamente em fevereiro dia 24, pelos raios da aurora não boreal, mas
nordestina, com gotas de chuva, já inebriado com tanto esplendor que me trazia
desde o início da tarde quente, que sombra procurava, esquivando-me do sol
causticante; Ah dia de júbilo e contentamento. Até aqui 35 fevereiros passaram
plenos de tanto gostar, nunca entretanto, grudados 24 horas sem um minuto de
ausência, estado de viva satisfação, é de perceber sublime e encantador amor
por minha Zé.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">[11:20, 06/08/2022] Márcio Nobbre<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Meu olhar te viu como diamante, brilho por todos os lados;
na essência por ser significativamente culta; no amor por ser integralmente
maravilhosa; linda por ser infinitamente um diamante. E teu dedo apontou pra
mim, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vinha a mim naquela direção<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Rápido e furtivo nossos olhos se cruzaram,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não deu mais, parti pra te falar, meu olhar, pegar nas tuas
mão, beijar! Mas tudo sem falar, <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ó amor fugar, quantas músicas vou cantar,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[11:20, 06/08/2022]
Márcio Nobbre<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Meu olhar te viu como diamante, brilho por todos os lados;
na essência por ser significativamente culta; no amor por ser integralmente
maravilhosa; linda por ser infinitamente um diamante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">[11:20, 06/08/2022] Márcio Nobbre*<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">*Advogado e Professor</p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-91567391792601260232022-07-24T11:45:00.000-07:002022-07-24T11:45:08.911-07:00O OCASO<ul style="text-align: left;"><li><br /></li></ul><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPi2gNu1WpWnPyGTJJaB97Qi7nHyfQ3gflGFimSCA2XuD59Boq8Q9yxH4b4Sil44Se7zREIC37pTukBILUDjFUcqmyJTc8pcMEyzoOoDhIYZuKDmS4N7PHGrVadNDm7MzceBwglm_jDrkNJm_dz3LCWAuTzyvSfZelJJs8adPNWOcTcsF5AZ9jjGNJ/s450/51011615-par-molesto-por-no-hablar-el-uno-al-otro-despu%C3%A9s-de-la-lucha-contra-la-hermosa-escena-africana.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="450" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPi2gNu1WpWnPyGTJJaB97Qi7nHyfQ3gflGFimSCA2XuD59Boq8Q9yxH4b4Sil44Se7zREIC37pTukBILUDjFUcqmyJTc8pcMEyzoOoDhIYZuKDmS4N7PHGrVadNDm7MzceBwglm_jDrkNJm_dz3LCWAuTzyvSfZelJJs8adPNWOcTcsF5AZ9jjGNJ/w200-h133/51011615-par-molesto-por-no-hablar-el-uno-al-otro-despu%C3%A9s-de-la-lucha-contra-la-hermosa-escena-africana.webp" width="200" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Quando eu acreditava que tudo era você e eu e o sol, </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Que tudo era como quando a lua sai, um lugar ao sol pra gente brincar, </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Que seguíamos a mesma harmonia do sol nascer e do sol se pôr,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Da lua aparecer girando em torno de nós e nós em torno do sol </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Quando eu achava que o paraíso baixava aqui no meio de nós, </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Quando andávamos de mãos dadas pelo perfeito mundo, um breve segundo, </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">E que nunca haveriam segredos, mistérios para se ser feliz </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">E que a felicidade, coisa eterna e forte, seria regra e não sorte. </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Veio o tempo, um ladrão, que abrevia os felizes momentos </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">E prolonga os maus, os tormentos, os dias sem alegria </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">E as frias e longas e escuras noites que nunca amanhecem.</p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Veio o tempo e desfez os sonhos, os nossos sentimentos </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">E espalhou com seus ventos o que lutamos tanto para ajuntar, </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Deixando-nos a dor, a ausência do amor, coisas que enlouquecem.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;">Helder Morais</p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm;"><o:p> </o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-76457776982598489942022-07-24T11:24:00.002-07:002022-07-24T11:25:56.240-07:00VÔO RASANTE<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtSm09CiF8j6DlksNO-vX7ScTyeS7HuzXoRghckYuRXSz4RdMJetkFz0RG3Cr4Kn-RzNkJaoX2R3DHsatFHfeTGF3ds0JVzILYjcl4_5hZj2sg2FuVkav8MgJ5_TPvZNH6qX6F7HcT2js0UMtpCGmV3WPHUQMzyuSoV-WewOiebji0DYJQTJMMsipo/s1008/ave.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="672" data-original-width="1008" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtSm09CiF8j6DlksNO-vX7ScTyeS7HuzXoRghckYuRXSz4RdMJetkFz0RG3Cr4Kn-RzNkJaoX2R3DHsatFHfeTGF3ds0JVzILYjcl4_5hZj2sg2FuVkav8MgJ5_TPvZNH6qX6F7HcT2js0UMtpCGmV3WPHUQMzyuSoV-WewOiebji0DYJQTJMMsipo/w200-h133/ave.webp" width="200" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /></div><div>O meu peito sangra e eu estou</div><div><br /></div><div>Em vôo rasante e é tão só</div><div><br /></div><div>Sair de casa em busca de mais</div><div><br /></div><div>Esvaziar-se para encher-se de dor.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>De repente tristeza me embaça a voz</div><div><br /></div><div>Porque prazer tão sofrido me faz andar</div><div><br /></div><div>Sendo indigente, pedinte, meu próprio algoz</div><div><br /></div><div>Por eu ter tanto na vida e não saber usar.<span><a name='more'></a></span></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Gasto os meus dias, meus melhores momentos</div><div><br /></div><div>Rastejando minh’alma em noturna agonia</div><div><br /></div><div>Tentando flagrar-me em seus pensamentos</div><div><br /></div><div>Um segundo achar-me em sua companhia.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Sinto os meus passos beirarem um abismo</div><div><br /></div><div>E os espectadores ficam de plantão</div><div><br /></div><div>Sinto iminente abandonar-me o juízo</div><div><br /></div><div>Ouço os aplausos e risos que me esperam no chão.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Helder Morais</div>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-27098834272711044652022-07-24T07:43:00.003-07:002022-07-24T07:44:14.439-07:00REFLEXÕES<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzU18aJdijxOzkWl1DdsPbH8zxCs5K-MrkfmKnrkZwLOZLO6G94TcNd-XPUaJWDXtEx6I30F2oXu8R0RAX7m75iUeEKPgZWTMlhyKE_ndYoxB-oaUQc5xgZ9IEbduVtbZZcj8YW5n6v5Ed7FrteXeKjOYEPybU4VxffNOcz8b7AV8DE5_5vICqU9p1/s286/images%20(1).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="176" data-original-width="286" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzU18aJdijxOzkWl1DdsPbH8zxCs5K-MrkfmKnrkZwLOZLO6G94TcNd-XPUaJWDXtEx6I30F2oXu8R0RAX7m75iUeEKPgZWTMlhyKE_ndYoxB-oaUQc5xgZ9IEbduVtbZZcj8YW5n6v5Ed7FrteXeKjOYEPybU4VxffNOcz8b7AV8DE5_5vICqU9p1/w200-h123/images%20(1).jpg" width="200" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal">Márcio Antônio Monteiro Nobre* </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Você ganha presente, presentes, e presente; mas existe presente que é
muito mais, não se explica, ele chega de alguma forma até você, gruda,
incorpora, vive você, o presente maior assim defino como o amor de minha Zé.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Hoje 11 de maio, uma data lembrada sim por todos, ou quase todos; o que
quer dizer, nada, nada, nada, apenas uma data no calendário que todo mundo usa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: A dor, dor doida no pé que anda fazendo rastros de busca, peregrinando
de porta em porta levando, voltando no mesmo rastro da casa saída.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Oi filho, lembro bem o dia que chegou neste nosso mundo; é! Mundo de
todos e particularmente o nosso familiar, lembro bem da felicidade contagiante
a todos que lá na Santa Fé iam, lembro bem, de quando em casa chegou, lembro da
vinharada que tomei contigo nos braços, lembro bem do primeiro quinzenário, o
primeiro bolo, lembro bem de tudo então; vou lembrar bem de tudo ainda, e pra
frente também, feliz nos faz todo dia, e feliz somos todo dia contigo. Feliz
aniversário, um abraço gigante e apertado deste pai chorão a cada palavra que
de digo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Quando o Céu muda de cor, sua vida também muda de tom, não há a cor que
possa decifrar que seja no azul, cinza, ou o turvo do Céu; na vida não se sabe
qual comparar, alegria, melancolia, ou tristeza, há uma simbiose sim entre o
Céu e você, não há que contestar. Aceitar e viver feliz.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: O mundo precisa virar, não pelo avesso, porque ele não tá errado, mas
virar no social que tá errado, quando o errado tá certo, e o certo tá errado;
vamos ser bom, e não mal, vamos ser certo, e não errado; vamos doar, e não só
querer; vamos estender a mão, e não apertar o gatilho.<span></span></p><a name='more'></a><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Se eu fosse me candidatar, iria contar muitas histórias mirabolantes,
mentir pra caramba, falar de corrupção como a coisa mais natural do ser humano,
mostrar que o crime compensa, principalmente os de colarinho branco, que iria
trabalhar para o povo se dar bem, e sempre levando vantagem nos projetos,
prometendo tudo que jamais iria fazer, e dando pra receber mais. E assim seria
eleito em primeiro lugar, e o povo que se lascasse.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Solidão no meio de gente é difícil de entender, há conversas, sorrisos,
entre tantas coisas, mas as vezes a solidão vem bater; o porquê, nem sei dizer,
falta de quê, nem sei dizer; o tempo voa, vai e vem sem nada passar, bem
quisera levar na graça, alegria, mas as vezes a solidão vem bater; na música
tento passar, na poesias em poesias nada vai melhorar, que fazer pra essa
solidão com gente acabar?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Diante das reprimendas que passamos, as vezes se confundem com as
emoções que sentimos e demonstramos, com o receio de demonstrar, que seja pra
um, ou milhares. de certo é outra emoção não poder dizer a sua, que a crítica
não perdoa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Sentado à beira do rio, vi uma água passar, me peguei pensando quando
essa água vai voltar pra eu olhar, um ano, doce, se no mar vai parar e salgar,
em 100 anos ouvi dizer que no mesmo lugar essa água vai passar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:22, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Gosto dos artista; com suas aparições fotográficas belíssimas, pois a
visibilidade é essencial para o trabalho que desenvolvem. As redes são rápidas
nas divulgações, o que é bom! Mas, não só as fotos de ângulos perfeitos, há a
necessidade de exporem suas ideias; mandarem também mensagens para completarem
a tão brilhante cultura que trabalham.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[20:23, 22/07/2022] Márcio Nobbre: Não nos
prometemos nada. Não houve juras de trocas, um lindo encontro do vento com a
mata, que soprando sacudindo já seus cabelos negros e belos, batendo na sua
pele macia aveludada com o toque arrepiou; vento ousado que nem licença pediu,
quando se percebeu as vozes se calaram num frenético beijo do amor, e que no
amor até hoje sinto o vento soprar, e a árvore da mata acaricia a toda junção
da paixão envolvida.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">[20:24, 22/07/2022] Márcio
Nobbre: Essa última refere-se ao meu primeiro encontro com Minha Zé.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professor<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-8156830246151321922022-07-19T12:39:00.000-07:002022-07-19T12:39:14.992-07:00NOVO EMPREENDEDORISMO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnY6mZlAZruXGVgmaJia-ZnNY06UcrgEc0xYH7rYrX4LU1inhaFInTBxtiS6L01mpV6vTb1SKheWjm5d483prNbbZ0u0piGCheZB4a098yPuOexHmddyVKaaqCg0_2CyzaVrg91rb-7xTP4z5iXXsMvM37YQD-g1kwXst9FG_v65kpjbrsWFXy7IV/s137/homem-pelo-olhar-severo-e-irritado_100488-252.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="53" data-original-width="137" height="124" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcnY6mZlAZruXGVgmaJia-ZnNY06UcrgEc0xYH7rYrX4LU1inhaFInTBxtiS6L01mpV6vTb1SKheWjm5d483prNbbZ0u0piGCheZB4a098yPuOexHmddyVKaaqCg0_2CyzaVrg91rb-7xTP4z5iXXsMvM37YQD-g1kwXst9FG_v65kpjbrsWFXy7IV/w320-h124/homem-pelo-olhar-severo-e-irritado_100488-252.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div>
<p class="MsoNormal">Márcio Antônio Monteiro Nobre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As situações por muitas vezes nos
são mostradas, e não observamos de fato o que é visto. Estava<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a esperar minha Zé que havia entrado em uma
livraria e papelaria no centro de Teresina-PI, e de dentro do carro passei a
observar o entorno; vi ali sentada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na
beira da calçada/batente da loja, logo bem na entrada,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>duas crianças entre três e cinco anos de
idade, que brincavam na calçada sempre por perto da Mãe, que pedia ajuda às
pessoas que por ali passavam, pois ouvi várias vezes os pedidos de diversas
formas, para comprar comida, um quilo de arroz, ajudar aos filhos, etc...,
olhando sempre em volta, atento também para minha segurança, percebi que na
porta de um Banco em frente, havia uma criança vendendo tabletes de bombons;
nada errado ali, pensei! Será que tá estudando, passou rápido esse pensamento;
voltei a observar a cena anterior da Mãe pedinte, com aspecto bom, à primeira
vista sem apresentar qualquer tipo de doença visível. Logo mais à frente vi
outra mulher bem mais jovem com uma criança ainda de colo, percebendo que
também pedia, só não conseguia ouvir diante da distância que estava; no momento
não fiz correlação alguma. O tempo passando e vi que a segunda pedinte veio ao
encontro da que estava na frente da loja e alguma coisa disse que não pude ouvir,
seguindo em frente,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a outra levantou-se
pegando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as crianças e saíram dali, no
mesmo instante a criança que vendia bombons na calçada em frente, também se
levantou e foi ao encontro das outras duas mulheres; passei então a fazer
conjecturas, e a unir os pontos observados chegando à conclusão que ali havia
uma empresa bem estruturada, com admirável dose de empreendedorismo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ultra moderno. Um detalhe que mais me chamou
a atenção, foi quando um cliente da loja ao sair –<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ouvi bem isso – a pedinte empreendedora lhe
estendeu a mão pedindo algum valor para comprar arroz, tendo a pessoa dito que
não tinha no momento, surpresa pra mim, e talvez para aquela que estava sendo
interpelado com o pedido, quando a empresária/pedinte disse: se quiser pode
mandar que tenho pix. Ali constatei haver uma empresa, e o milagre do PIX a
toda prova.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professsor<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-13511420004333657252022-07-12T12:29:00.000-07:002022-07-12T12:29:44.231-07:00SAUDADE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgph3Bvxu-CAAmcT3FA5y1KiX6kES0TXUbCLG-1mwIrElyn1DyUv2UPS2Ek6lEzbyImQIWxczmIzT4w9ovPf1SY5BaceVyAcDjz4Rpm5Fgtlo3Cu3OfCDufZxuRPLn8uG0vA6EG3eG2lqr6FE2X-qtqX-gRVANTgXSQvDDrzSXLaXcglI9RMH1SIcDW/s600/depositphotos_27799701-stock-photo-missing-child.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="600" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgph3Bvxu-CAAmcT3FA5y1KiX6kES0TXUbCLG-1mwIrElyn1DyUv2UPS2Ek6lEzbyImQIWxczmIzT4w9ovPf1SY5BaceVyAcDjz4Rpm5Fgtlo3Cu3OfCDufZxuRPLn8uG0vA6EG3eG2lqr6FE2X-qtqX-gRVANTgXSQvDDrzSXLaXcglI9RMH1SIcDW/w200-h156/depositphotos_27799701-stock-photo-missing-child.jpg" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal">Márcio Antônio Monteiro Nobre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há saudade de amor,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade do lugar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade do amigo,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade de beijar<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há saudade dos meus pais,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade dos irmãos<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade dos amigos,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade dos que não tão mais<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade melancolia,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade das alegrias<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade que o tempo levou,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade que não volta mais<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há saudade doída,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade de montão<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade piquititinha,<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade, saudade bom ou não? </p>
<p class="MsoNormal">*Advogado e Professor<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-13500880870477312962022-07-08T06:13:00.003-07:002022-07-08T06:13:48.456-07:00SONHO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguCKLmRA90G5naG9tsmsQGvgIyZHKCbbcLAAgsY-SYQ9aCBjvk8d5eP5wTS7JKpf_C23XkNjuNOPzGkkbKjq1RsCaX8M6IAMqqWI1B8dMgdc1wTYvZuQQ5pZJKnxnUllrD55bWcBs2ZuoxHMZ4Q1MTTRZ33HFmi91837q3qdTQPIjQiFokSHgFovYc/s800/meninos-brasileiros-e-meninas-que-jogam-o-futebol-no-calor-tropical-70305183.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="800" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguCKLmRA90G5naG9tsmsQGvgIyZHKCbbcLAAgsY-SYQ9aCBjvk8d5eP5wTS7JKpf_C23XkNjuNOPzGkkbKjq1RsCaX8M6IAMqqWI1B8dMgdc1wTYvZuQQ5pZJKnxnUllrD55bWcBs2ZuoxHMZ4Q1MTTRZ33HFmi91837q3qdTQPIjQiFokSHgFovYc/w200-h134/meninos-brasileiros-e-meninas-que-jogam-o-futebol-no-calor-tropical-70305183.jpg" width="200" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal">Marcelo D'Alencourt*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Caminho pelas ruas desde cedo com
balinhas pra vender. Não tenho a menor ideia de quando saí de casa hoje. Quatro
ou cinco da manhã? Por aí. Trem lotado. Consigo entrar com o uniforme de um
menino que estuda numa escola pública aqui perto. Deve ser legal, né? Nunca
fui. Morro de curiosidade. Dizem que é importante. Acho que ainda não tenho
idade. Oito anos já é hora? Bem, deixa isso pra lá. Continuo caminhando e
oferecendo os doces. De vez em quando alguém compra e pergunta se estou
estudando. Sempre minto respondendo que sim. Isso aumenta os trocados. Será que
é pecado? Todo dia é a mesma coisa. Salto às 7h na Central e peregrino pelo
Centro, Catete, Flamengo, Copacabana...Teve um dia que virei a madrugada e
andei até a tal da Barra. Altos e maneiros prédios. Só bacana por lá. Deve ser
legal ser assim, né? Roupa nova, bom perfume, carrões e meninas pra namorar.
Procuro não pensar. Dói muito no peito. Sigo em frente e foco nas vendas.
Preciso fazer cinquentinha por dia, senão nem em casa entro. É bom porque às
vezes economizo energia dormindo na rua mesmo. A crise está terrível. Ganhava
mais. Hoje apertou muito. Até que chega Jorjão. Um cara mal encarado que me dá
logo um soco no ouvido. Isso zune horrores. Me acalmo e me restabeleço. Quando
dou conta já estou sem a grana. Ele joga minha caixa de balas no chão, pisa e
ainda diz que é legal porque não as levará. Que ódio. Minha vontade era trazer
o oitão que tenho escondido e detonar esse fdp. Por enquanto, não. Mas no
futuro com certeza! O desânimo misturado ao suor e cansaço me tomam por
completo. Sento na calçada quente. O sol está de matar. 50 graus na sombra.
Pqp! Desculpem o palavrão. Feio. Vamos adelante! Ouvi isso de um argentino uma
vez. Bonito, né?!? Ando treinando. Queria mesmo era falar o tal do "english".
Chego lá! Sigo em frente. Paro num sinal, finjo que manco e defendo uns
trocados. Pouco, mas já é algo. Fico muito triste porque ninguém me vê. Tanto
os que dão quanto os que não molham a minha mão. Tudo igual. Peço uma água no
bar. O garçom a entrega quente e diz pra eu vazar senão o segurança me mata. E
é pra não voltar mais! Deus, onde você está? Dizem que você é tão bom. Me
ajuda! Paro pro almoço. Um pão com manteiga passado que uma alma caridosa me
deu quando saí daquela espelunca. Continuo depois a minha jornada sem saber ao
certo onde estou e pra onde vou. Perdido e sem rumo. Dizem que é bom. Não
importa. Já anoitece. Pergunto a um rapaz que lugar é aquele e ele rosna
"Leblon!". Só e segue adiante. Simpático. A maioria sequer me olha. A
fome aperta. Paro pra ver um treino de futebol na praia. Como gosto e faço bem
aquilo quando dá. Uniforme, bola, técnico, rede e até juiz! Chique! Fico ali
observando e me vem uma enorme felicidade misturada ao cansaço. Meto a mão no
bolso e tiro duas balas que sobraram do ataque. Eu as devoro rapidamente. Meu
jantar! Não devia fazer isso porque com elas faço o dinheiro pra poder voltar
pra casa e dormir um pouco. Isso quando consigo. Odeio ver aquele bêbado
batendo e maltratando minha mãe com aquelas crianças todas berrando ao mesmo
tempo. Arghhhh! Que inferno.<span></span></p><a name='more'></a> Se pudesse tocava fogo naquele barraco. De
repente, a bola bate em mim. Todos me olham e esperam que a entregue de volta.
Levanto calmamente, puxo a pelota com os dois pés, um por cima e outro por
baixo, a domino e começo a fazer embaixadinhas. Trinta, quarenta, ombro, outro
ombro, peito, volto pro joelho, faço uma sequência e, pra finalizar, jogo ela
pra cima e paro na cabeça igual a um tal de Pelé que uma vez vi fazer numa tevê
de loja. Dizem que ele jogava muito mas prefiro o Messi. Não sei quanto tempo
levei pra fazer tudo aquilo. Todos param e me olham. Aplausos. Deve ser pra
outro. O técnico vem e me pergunta se não quero treinar com eles. Por um
momento tive o prazer de sentir alegria, a possibilidade de uma vida e de ser
alguém. De poder ajudar a minha família. Logo volto a mim e, bastante
assustado, corro pra fugir dali. Isso tudo não combina comigo. O técnico vem
atrás. Me assusto e corro mais ainda. Algumas pessoas começam a gritar
"pega ladrão". O técnico para e diz que não. Que sou jogador do time
e fica pra trás paralisado. Eu continuo em disparada. Não paro. Vou assim até
onde minhas pernas aguentam. Na última vez que me prenderam eu apanhei tanto,
mas tanto, que quase fui dessa pra melhor. Dei sorte. Caio na areia da praia e
choro. Fico ali durante algumas horas. As pessoas passeiam calma e
tranquilamente sem me notar. Fica tarde. Tenho medo do escuro. Uma mulher ainda
nova e muito bonita se aproxima e pergunta se está tudo bem comigo. Me assusto e
não respondo. Ela mira meus olhos e diz que vê uma bola de futebol preto e
branca em cada um deles. Diz ainda que me viu fazer o malabarismo e pergunta se
meu sonho era ser jogador de futebol. Levanto devagar pra não assustá-la,
agradeço a gentileza e vou embora sem responder, mesmo porque não sei o que
quer dizer sonho. Gente estranha! Já é tarde quando avisto dois playboys se
aproximarem com uns baseados. Peço um trago e eles correm assustados, largando
tudo pra trás: celulares, carteiras, relógios e o principal, os backs! Pego o
tóxico e o resto fica no chão. Não sou nem nunca fui ladrão. Isso minha
mãezinha querida me ensinou. As lágrimas rolam no meu rosto quando lembro dela
bem, sem as malditas drogas. Vou até o mar e sento na areia. Olho aquela imensidão
negra e me pergunto onde aquilo tudo vai dar. Que loucura! Acendo o baseado e
trago profundamente. O frio intenso vai sumindo. Deito. Imagino a areia como a
barriga da Ritinha. Começo a desfalecer. A tranquilidade me invade. O mar bate
mais forte e, quente, toca as minhas pernas. As ondas aumentam e começam a me
levar. Ainda tenho consciência mas faço questão de ficar quietinho pra
adormecer logo. Sinto em seguida a água entrar e encher meus pulmões. Faço uma
última oração. Dizem que é bom pra proteger. Já não consigo respirar. Não reajo
porque também não sei nadar. Que diferença faz? Meu corpo não toca mais o
fundo. Estou em paz e tranquilo agora. Que bom. Amém!<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Marcelo é Cientista Político<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-11364885357089724172022-07-08T05:50:00.004-07:002022-07-08T06:51:01.510-07:00CURIOSIDADE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq7oJWUogj8kYmGX8sTm_cxmK8z5LAQdl5pz8LJMxLkTRVpUTMt547iJLX9aodKaDcbjgnUMfiOZRYGJjbO45d_-1_YZyWUYJOitJnJoSNqr5xti_CMOhXha3lMXtNzu1W1cHT4lKj3b0LMFIkegcul1ifFlJ6cYsz64H4e8PWwpRcZRy-sTVSqWpu/s800/olho-masculino-no-buraco-da-fechadura-que-olha-fora-abertura-do-muro-de-cimento-conceito-acesso-e-vis-o-155016031.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq7oJWUogj8kYmGX8sTm_cxmK8z5LAQdl5pz8LJMxLkTRVpUTMt547iJLX9aodKaDcbjgnUMfiOZRYGJjbO45d_-1_YZyWUYJOitJnJoSNqr5xti_CMOhXha3lMXtNzu1W1cHT4lKj3b0LMFIkegcul1ifFlJ6cYsz64H4e8PWwpRcZRy-sTVSqWpu/w200-h133/olho-masculino-no-buraco-da-fechadura-que-olha-fora-abertura-do-muro-de-cimento-conceito-acesso-e-vis-o-155016031.jpg" width="200" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Márcio Antônio Monteiro Nobre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A porta do quarto de dormir se
fechou, lá dentro duas criaturas ávidas de puro amor, afetivo e carnal. Só a
imaginação dos daqui de fora, apenas em pensamentos e conjecturas imaginavam as
cenas de volúpias que aconteceriam naquela alcova limpa e perfumada; nada se
ouvia, nem sons de qualquer sintonia demonstrando ali haver rumores de amor,
expectativa aumentava naqueles que fora a curiosidade que fervilhava, e a
impaciência que crescia sem notícia alguma do quadrado de amor ali próximo. Era
dia de casamento, e a lua de mel deveras enlouquecida para ato tão sublime,
consagrando a união do casal do ambiente preparado para recebê-los. Horas
passando, deixando todos àqueles que queriam a todo custo entender o que ali se
desenvolvia, surpresos viram o vento que se avizinhou em abrir a porta que não
estava travada, mostrando cena de surpresa para todos, que deitados com as
roupas ainda do casamento em sono profundo, pois a bebida os deixou nesse
estado de deixar pra depois.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Márcio é Advogado e Professor<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-19126910123917725052022-07-07T12:31:00.000-07:002022-07-07T12:31:06.737-07:00PERSISTÊNCIA<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU_KRNhvT7IMJSdU8eFqxjqnPvtgIxRstOlkyGHTZS9o1XwjC71exQfvVOqCT2_TQqkSSxDdChlplbPebsHtCs6Iy7nJCJIrFok3hQVs6V-itqaNJqA8SpdrnOoFcDj_xilwE_W0Zk10vMh0phiOEUF6ExEhuaF4qpQ6kqGCJ2pjE9LE3hzr21hTcU/s512/6549719.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU_KRNhvT7IMJSdU8eFqxjqnPvtgIxRstOlkyGHTZS9o1XwjC71exQfvVOqCT2_TQqkSSxDdChlplbPebsHtCs6Iy7nJCJIrFok3hQVs6V-itqaNJqA8SpdrnOoFcDj_xilwE_W0Zk10vMh0phiOEUF6ExEhuaF4qpQ6kqGCJ2pjE9LE3hzr21hTcU/w200-h200/6549719.png" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><br />
<p class="MsoNormal">Marcio Antônio Monteiro Nobre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estudar é uma questão de querer,
e ter objetivo para alcançar o que pretende. Existem facilidades para uns que
agarram a chance com muito afinco, se superam e galgam brilhante sucesso;
também há os que encontram muita dificuldade para estudar, mas com força de
vontade encontram maneiras, lugares, ajuda, material emprestado e chegam lá,
com saber, conhecimento e muita alegria por terem conseguido. A dificuldade é
um desafio pra quem quer. Tive aluna com tão grande dificuldade diante dos
recursos que dispunha, mas nunca desistiu, seu curso era EAD, portanto,
completamente necessário equipamento para estudar, apesar de livros físicos, o
computador é essencial para aprimorar e acompanhar aulas, trabalhos, e acessar
biblioteca digital, assim com todas essas dificuldades, chegou ao final com
sucesso no curso, recebendo seu diploma, e hoje desenvolvendo seu trabalho para
o qual muito estudou, tendo até que, por falta de uma boa internet, pois não
podia pagar, e residindo longe da cidade, tinha que subir em um pé de manga no
quintal de sua casa, para conseguir um melhor sinal da internet, pois não podia
pagar um bom sinal , e assim nunca desistiu e conseguiu seu objetivo. Lembro
ainda que ao iniciar os estudos era acanhado talvez por sua situação social,
sem qualquer incentivo para estudar, nos fez relatos com lágrimas nos olhos;
antes porém de encerrar o período, já se destacava como uma das melhores da
turma, em diante já trabalhava, lhe restando ao final do curso o emprego
solidificando, com a responsabilidade no cargo maior que podia obter. Ao
receber o diploma o levantou de punho cerrado, com os olhos como se enxergasse
Deus, bradou seu feito de Vitória.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Advogado e Professor<o:p></o:p></p><br /><p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-10584856206786202332022-07-02T11:35:00.004-07:002022-07-02T11:38:48.407-07:00RIO É...<div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtJ0IgpeMlqpBLOE3cP4yQLy6PaUDGg9M4VRnF3aDRnw4XJj3AbWRf99WYSY7wI-IvzfmkwGBkBlxhNFYNFqJyqER1bNGnfcN0bXWAy7y9KCzhZ-fua9UUhk7nFbKhbV03aRYKKYBIPGOfKvUR6JsGNVtRvFUuQSCUVCAdsnIi3YJpoUsmmdMJXuR9/s1200/-cristo-_0.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1200" height="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtJ0IgpeMlqpBLOE3cP4yQLy6PaUDGg9M4VRnF3aDRnw4XJj3AbWRf99WYSY7wI-IvzfmkwGBkBlxhNFYNFqJyqER1bNGnfcN0bXWAy7y9KCzhZ-fua9UUhk7nFbKhbV03aRYKKYBIPGOfKvUR6JsGNVtRvFUuQSCUVCAdsnIi3YJpoUsmmdMJXuR9/w200-h120/-cristo-_0.webp" width="200" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;">Márcio Antônio Monteiro Nobre</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div>O Rio é;</div><div>Lindo, Belo, deslumbrante</div><div>O Rio é;</div><div>Sem igual, arretado de bom,</div><div>O Rio é;</div><div>Leblon, Leme, Copacabana e arpoador,</div><div>O Rio é</div><div>De festa, praias, calçadão,</div><div>O Rio é;</div><div>Pão de açucar, redentor, Colombo em primeiro lugar, </div><div>O Rio é;</div><div>De poetas, futebol, carnaval,</div><div>O Rio é;</div><div>Da Lagoa, da baixada, Maracanã escultural, </div><div>O Rio é;</div><div>O samba, mulata, cultura, a geografia, amor e paz.</div><div> As vezes nos encantamos por alguma coisa, eu pelo Rio</div><div><p class="MsoNormal">*Márcio é advogado e professor <o:p></o:p></p><br /></div>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-20376012806161259082022-07-01T11:56:00.004-07:002022-07-08T06:55:43.208-07:00A SUCESSÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL7eJyH8x4HJ7nTucxZKHjCxWlQ0rnQI1XZOceN6GQR_KGq1q0O3hqARgiH_7vuL66FUhextPrjyTaPZZHOCoi7gP7S57xEIkFhmUONpDk0_KFBLGQ7VQ9N7Nyibh62BoZO6tpwYRA2sRJkoWqp4zzVdRy_ENP26QmPu9iHgd7RXvAH09sABdYkXua/s612/istockphoto-1271541587-612x612.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="612" data-original-width="612" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL7eJyH8x4HJ7nTucxZKHjCxWlQ0rnQI1XZOceN6GQR_KGq1q0O3hqARgiH_7vuL66FUhextPrjyTaPZZHOCoi7gP7S57xEIkFhmUONpDk0_KFBLGQ7VQ9N7Nyibh62BoZO6tpwYRA2sRJkoWqp4zzVdRy_ENP26QmPu9iHgd7RXvAH09sABdYkXua/w200-h200/istockphoto-1271541587-612x612.jpg" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A. J. de O. Monteiro<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Durante o
período de isolamento causado pela pandemia do COVID-19, a comunicação entre eu
e meu velho de grande amigo Mago Manu tem se dado por via telepática, quero
dizer ele, pois não domino a técnica – recebo, mas não envio. Quando o contato
exige resposta, uso o velho e arcaico – segundo ele, celular. Neste último
final de semana, logo cedo, o “zunido” característico pôs meu cérebro em alerta
e a ordem foi peremptória: “venha a minha casa”! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com a pressa
que meios humanos me permitem fui ter com o grande Guru. Seria o primeiro
encontro presencial em dois anos. Claro que fiquei ansioso e preocupado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sempre que
convocado, ao chegar, já encontrava o Mago a me esperar no “alpendre”, cercado
pelos pássaros livres que ele alimenta fartamente com rações apropriadas para
cada espécie que frequenta diariamente o jardim da casa: rolinhas, bem-te-vis,
canários da terra e, ultimamente, até uma pipira, espécie que rareia no meio
urbano. Desta vez fui conduzido ao seu escritório onde passa a maior parte do
dia e o encontrei entre os seus preciosos livros de filosofia, ciências
políticas, histórias da humanidade e outros de temas diversificados. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No escritório há um armário fechado a chave,
da qual não desgruda e ao qual não permite o acesso a ninguém, nem a mim que
ele diz ser a pessoa em quem mais confia. No móvel, diz, encontram-se os
registros dos dois mil anos de sua estirpe; as fórmulas de cura que usa e os
segredos da Bengala de Bambu Vietnamita, que é, em síntese, a fonte de seus
poderes sobre-humanos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O Mago que
vi, ali, sentado à escrivaninha e com quem estivera antes das restrições
impostas pela pandemia, em nada lembra aquele de então. Achei-o bastante
debilitado, gesticulando lentamente e com voz quase inaudível. Quanta diferença
do ágil – quase serelepe – Mago que desafiava quaisquer dificuldades e
enfrentava outros quaisquer perigos que se lhe apresentassem, com a força de
sua mente e a magia de sua poderosa Bengala. Ao pressentir minha presença, com
o queixo indicou uma cadeira e falou com firmeza: Sente-se! Obedeci e antes que
tivesse totalmente acomodado falou:<span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Tenho muito a falar. Tens tempo para ouvir-me?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Claro Mago, todo o tempo que for preciso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Como vês, estou bastante debilitado... Teu semblante
denuncia que que estás chocado ante esta figura que se te apresenta...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Não meu caro amigo, não te vejo assim...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Antes que
concluísse esbravejou como nos velhos tempos: “Não queiras negar o que teus
olhos afirmam...”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Calei e ele
prosseguiu:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Já te falei sobre a origem da minha estirpe e da lenda –
porque é lenda – da imortalidade do mago, lembras?<span></span></span></p><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Sim, meu caríssimo, foi quando você me comunicou que seria
homenageado, no carnaval de 2015, por uma Escola de Samba com o enredo “Mago
Manu, Dois Mil Anos de Sabedoria”*. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Certo. Ali expliquei tudo e és, até agora, a única pessoa com
quem compartilhei esse segredo...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Baixou os
olhos, pigarreou – também como nos velhos tempos – e continuou solene:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Sinto que chegou a hora de passar o bastão, digo, a Bengala
a um sucessor... A tradição é que o processo ocorra entre os membros varões da
estirpe, tendo o primogênito do atual depositário dos segredos da Bengala, como
primeiro pretendente e, sucessivamente, em linha cronológica, os demais filhos,
netos, bisnetos, etc. Não são pretendentes, os parentes colaterais...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pedi vênia
para uma observação:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Só os descendentes varões Mago, isso não é preconceito de
gênero? Veja o exemplo da Inglaterra onde mulheres assumem o trono e empunham o
cetro... <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ele
respondeu como o velho Mago:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— À favas com a Inglaterra! As regras da nossa sucessão são
essas... Milenares e imutáveis... E, por favor, não me interrompa mais com
observações descabidas... Mas, veja o impasse em que me encontro: Já preparava
a iniciação do primogênito quando este, justo no dia do meu aniversário
afrontou minha dignidade patriarcal...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Timidamente
perguntei: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Como assim Mago?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Naquele dia, justo naquele dia de regozijo e celebração,
ele me aparece com uma enorme caixa embrulhada em vistoso papel colorido. Até me
animei: “Puxa, que presentão”! Com um amplo sorriso anunciou: “aqui está seu
presente” e, em atos contínuos, começou a desfazer o embrulho, abrir a caixa e
montar uma geringonça sob meu atento e curioso olhar. Sem conseguir identificar
a “coisa”, perguntei:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Mas o que é isso, meu filho?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Um andador...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— E para que serve?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Para lhe proporcionar mais segurança ao caminhar... Vou
demonstrar...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Percebi que
a fisionomia do velho amigo transmutava. A ira dos velhos tempos transparecia
por inteiro em seus olhos e com voz alterada prosseguiu:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Com a maior desfaçatez postou-se diante de mim e começou a
demonstração: -“É assim: o Sr. segura nas barras laterais, adianta o aparelho –
para mim geringonça – da dois passinhos e para; adianta novamente, dá dois
passinhos e para. Quer experimentar? Quero, respondi. Postei-me, adiantei a
“coisa”, dei dois passinhos e parei. E assim, adiantando e dando dois passinhos
segui até o terraço onde, reunindo as forças que me restam, desferi golpes de Bengala
na geringonça até reduzi-la a um monte de alumínio retorcido ante o olhar
atordoado de todos os presentes... -“Mas pai – balbuciou ele – esse andador
custou caro e minha intenção foi apenas protegê-lo”...<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Proteger-me de quê?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para
isso tenho minha Bengala e é o que me basta”! Dito isso fui para meu quarto,
tranquei-me e de lá gritei com toda a força pulmonar que resta após mais de
trinta anos de cigarro “racha peito”: FIM DE FESTA!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ofegante,
como se ainda vivesse o momento, continuou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Resolvi então sustar o processo sucessório nos modos
regrados pela tradição e buscar uma alternativa que permita dar prosseguimento
a linhagem, por isso o convoquei.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Gelei, mas
procurei argumentar:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Mas Mago, e os demais membros da linha sucessória?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Nenhum tem o perfil adequado a assumir as tão nobres
missões que são acometidas a um Mago: Uns são ineptos, outros desinteressados e
outros mais são pândegos. Nenhum tem pulso para empunhar a Bengala e com ela
distribuir justiça àqueles que necessitam. Na verdade iriam desconstruir uma
história milenar, escrita por homens de alto valor moral e reputação ilibada.
Ante esse impasse resolvi passar-te a incumbência de levar adiante essa nobre
missão. Aceite! Você tem todas as virtudes necessárias para empunhar a Bengala.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Mas Mago, e as regras milenares e imutáveis?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Às favas com as regras milenares e imutáveis. Assim como
neste País se muda a Constituição, vou mudar as regras pelo bem da humanidade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">— Mago, apesar da lisonja do convite, não posso aceitar, não
tenho todas essas virtudes que você enxerga através da lente da amizade que
mascara os defeitos que possuo.... Não Mago, infelizmente pela primeira vez vou
contrariá-lo. Não tenho a dimensão que me permita assumir tão nobre, mas
excessivamente pesada missão para meus frágeis ombros. Lamento decepcioná-lo...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ele fechou
os olhos, suspirou profundamente e apenas sussurrou: “É o fim da linha. Pode
ir, mas volte quando quiser. Não vou mais te convocar” ... <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">*Deu Escocês No Samba</span></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-27183082874740870872022-06-30T06:41:00.001-07:002022-06-30T06:58:56.868-07:00DESPEDIDA DE BENITO<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwO0psa8chf9IHkYzeHtyJA24n__m4uuRtikmtl6Qu4O7ZZDnMino18tGpmvKDPGPLw_f8rY3WkWZ3bitMLvWvk88yaPZETlLUY2McuaxCOFS3lkt9vGWUSi7GGKVoDU3JHa4wFX5OTwAuwIL8D5VXUvGKVt1iPinkEcIRZLC88sU8Cv2XSjx1_7p_/s251/images.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="251" data-original-width="201" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwO0psa8chf9IHkYzeHtyJA24n__m4uuRtikmtl6Qu4O7ZZDnMino18tGpmvKDPGPLw_f8rY3WkWZ3bitMLvWvk88yaPZETlLUY2McuaxCOFS3lkt9vGWUSi7GGKVoDU3JHa4wFX5OTwAuwIL8D5VXUvGKVt1iPinkEcIRZLC88sU8Cv2XSjx1_7p_/w160-h200/images.jpg" width="160" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Benito de Paula aos 80 anos</td></tr></tbody></table><div style="text-align: center;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal">Márcio Antônio Monteiro Nobre*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">03/05/2019<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na vida tudo inicia, cantei FUI
SAMBANDO FUI CHEGANDO, grandes e belas canções fui cantando, com RETALHOS DE
CETIM, que alegrias e sorrisos via quando entoava, vieram tantas que doces e
suaves de paixão dizia AH, COMO EU AMEI, no País que sorte tive de nascer
retratei o encanto na MULHER BRASILEIRA, e a vida me levou DO JEITO QUE A VIDA
QUER, claro que um dia minha voz VAI FICAR NA SAUDADE, na lembrança dos que
gostavam e cantavam comigo, fiz brilhar A SANFONA BRANCA, no canto de minha
morada, para proteger a natureza, soltei a voz com PROTEÇÃO ÀS BORBOLETAS,
quando penso que aos poucos minha voz vai sumindo, vejo ALÉM DE TUDO; sem
esquecer que tem alguém te esperando, rasguei o peito cantando PARE, OLHE E
VIVA, como tudo na vida tem o perdão, não havia como colocar entre minhas
canções DIGNIDADE DE UM OTÁRIO, brinquei, mas quem nunca tentou, ASSOBIAR OU
CHUPAR CANA, ter a ginga da A TONGA DA MIRONGA DO KABULETÊ, e no mundo não há
coisa mais bela do que o AZUL DA COR DO MAR, não podia encerrar grandes shows,
sem agradecer o HOMEM DA MONTANHA, que num pedacinho diz: "sou filho da
alegria, meu pai é José, mamãe se chama Maria".</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Márcio é Advogado e Professor.</p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-14907862555420580612022-06-19T12:16:00.008-07:002022-06-19T12:31:37.022-07:00ZANGADA BURRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCKZ8PKv5xkuJX_xWkOXiuACpUPQpqa8gE3P7u1jSALfrKmGoAYHZQrhE_3-AZTGnqbpLyW1zkZ9eMuVAopaj_VNp7cx_Q7NkMzXkkizDNNV7dV26so2oBNaONv8eFaVG7jpUJ1okMQOoCq0FcrK95HfrUkHLTaUBIVC8NMXEwtbre79DCWkzQRATI/s920/png-transparent-graphy-shopping-cart-i-shopping-cart-supermarket-grocery-store-vehicle.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="920" height="109" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCKZ8PKv5xkuJX_xWkOXiuACpUPQpqa8gE3P7u1jSALfrKmGoAYHZQrhE_3-AZTGnqbpLyW1zkZ9eMuVAopaj_VNp7cx_Q7NkMzXkkizDNNV7dV26so2oBNaONv8eFaVG7jpUJ1okMQOoCq0FcrK95HfrUkHLTaUBIVC8NMXEwtbre79DCWkzQRATI/w200-h109/png-transparent-graphy-shopping-cart-i-shopping-cart-supermarket-grocery-store-vehicle.png" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202124; font-size: 14pt; letter-spacing: 0.1pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Mácio Antonio Monteiro Nobre</span><span style="background: white; color: #202124; letter-spacing: 0.1pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; color: #202124; letter-spacing: 0.1pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Pois é,</span><span style="color: #202124; letter-spacing: 0.1pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; color: #202124; letter-spacing: 0.1pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> Como
sempre faço, ponho o carro na garagem para retirar do bagageiro as compras
feito no supermercado perto de casa.</span><span style="color: #202124; letter-spacing: 0.1pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <span style="background: white;">Após ouvir tá faltando café, açúcar, macarrão, feijão
e outros produtos, ainda ouço: Se der traz fruta.</span> <span style="background: white;">Lá, percorro intermináveis ruas entre as prateleiras,
numa verdadeira demonstração de habilidade para dirigir aqueles carrinhos de
rodinhas sempre defeituosas, pega uma coisa, bota no carrinho, pega outra coisa
bota no carrinho, e assim vai; fila interminável no caixa, pois parecia que o
mundo todo estava ali comprando, dia de ter recebido os tickets alimentação;
carrinhos lotados as vezes dois da mesma pessoa, e o meu só pela metade, mas a
fila é a mesma. Na minha vez, tira do carrinho, coloca na esteira, ajuda ao
caixa ensacolar os produtos, que o caixa desenvolve duas funções, a de caixa
propriamente dito, e a de embalado, bom para o dono do supermercado, se ajuda
porque custaria muito se sair dali. Âh! Ainda coloca tudo de volta no carrinho
até ao estacionamento para novamente colocar tudo no bagageiro; dia! Chegando
já vi a cara nada amigável, tive que retirar tudo do bagageiro e colocar na
copa todas as sacolas com as mercadorias, que teríamos ainda de sanitizar por
conta da covid. Nada de vir ajudar, e já meio aborrecido, coisa fácil de ficar,
também não guardei no armário, daqueles que todo mundo tem, Itatiaia, fiquei
assistindo jornal, novela, quando a grande pergunta surgiu: vai guardar não?
Não, foi a resposta, e ouvi ainda, pois vai ficar aí, se quiser pode jogar no
Mato.</span> <span style="background: white;">O sangue ferveu, sem pensar, e ela
no quarto de porta fechada, peguei sem pensar direito, todas as sacolas e pus
na porta da rua, fechando o portão.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<span style="background: white; color: #202124; font-family: inherit; font-size: 11pt; letter-spacing: 0.1pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><div style="text-align: justify;"><span face=""Calibri","sans-serif"" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202124; font-size: 11pt; letter-spacing: 0.1pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> o
tempo passou, e eu ali sentado sem nada dizer, quando já no final de um filme,
que nem sei o nome, apareceu e deu aquela olhada não vendo as sacolas, deve ter
achado que guardei no armário, pois nem falou nem foi conferir.</span><span face=""Calibri","sans-serif"" style="background-color: transparent; color: #202124; font-size: 11pt; letter-spacing: 0.1pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Pela manhã já
com o sangue mais frio, ao sair ainda dei uma olhada pra ver se tinha alguma
sacola na calçada, e nada, nenhumazinha. Ela achava que eu tinha colocado
novamente no bagageiro, nada perguntou, e eu com um prejuízo danado pois tive
que comprar tudo novamente. Nunca me perguntou o que tinha </span></span><span style="letter-spacing: 0.1pt;">feito, e eu nunca falei.</span></div></span>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-71282430795981481872022-06-18T13:34:00.001-07:002022-06-18T13:34:34.118-07:00HISTÓRIAS <p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; vertical-align: baseline;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoXjbz99GRkOoPCToEG0UJxjTX06oERzhKq2G5ylBlh3DYpSdr5uVcuv3KRBYt3wK4tOSljlMZMg83UNCh9bZDBiMVaFZHUzG0fKkqiSSDtvIwGdTqsyhiJXBbvRdDiteCKBdv3avlH-1wQo2-_BL8wss-WuqGGrRRT9fexZqlcG9mPVTTejY3N4cD/s2000/pes-do-bebe-nas-maos-da-mae_1112-1535.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1335" data-original-width="2000" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoXjbz99GRkOoPCToEG0UJxjTX06oERzhKq2G5ylBlh3DYpSdr5uVcuv3KRBYt3wK4tOSljlMZMg83UNCh9bZDBiMVaFZHUzG0fKkqiSSDtvIwGdTqsyhiJXBbvRdDiteCKBdv3avlH-1wQo2-_BL8wss-WuqGGrRRT9fexZqlcG9mPVTTejY3N4cD/w200-h134/pes-do-bebe-nas-maos-da-mae_1112-1535.webp" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI", "sans-serif"; font-size: 11.5pt; text-align: justify;"> </span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Marcio Antônio
Monteiro Nobre:</span><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI", "sans-serif"; font-size: 11.5pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Escrever sobre o tempo da
história, que história? A história que o tempo contou. E assim foi em 1953,
claro que no ano antes que a história começou; voltando de um evento perguntei
ainda lá dentro da barriga, por que não saio logo e vou pra esta festa,
encalquei a cabeça de ventre abaixo, e é agora que vou sair. Danado mesmo, saiu
bem direitinho com dois olhinhos verdinhos bonito de dá gosto olhar; assim me
falaram um dia! Caguei tudo, mijo pra todo lado, uma fome danada, os peitos da
mãe quase acabam, mas firme não negou fogo e engordou o pivete esfomeado. Por
conta disso talvez, um pedaço de rapadura veio parar na minha boca quando ainda
nem dente eu tinha, devo ter gostado, pois nem chorei, e babei muito, não
sabia degustar, correram e tiraram o gostoso pedaço antes que engasgasse e
morresse entalado com a rapadura de cana caiada, vindo do sertão quem sabe, da
fábrica caseira de Fazenda donde não sei. E fui indo, crescendo magro vi que
dava pena, tomei um tal de vacamoto, um comprimido grande que parecia um
pão massa grossa de mil, verdadeiro jantar! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>antes porém tomava no almoço uma porção de um
bicho chamado ferroquina, parecia uma dose de cachaça amarela; como
sabia, nem sei pois nunca tinha bebido uma dose. Tinha até o osso da titela
saliente de tão magricela eu era. O gene é terrível, raça gordinha e assim
fiquei, gordo que nem um Leitão de corte. Culpo aquelas gororoba que falei
antes, mas que nada, gosto mesmo é de comer muito bem, muito pra encher o bucho
como se diz; o tempo passando e na escola aprontando, suspensão ocorrendo,
perdendo recreio, decorar versos, puxão de orelhas; Âh! Pe. diretor do
diocesano, valente, bom de briga, de uma inteligência a toda prova, oratória
brilhante, assim eu achava, dei muito trabalho para este Padre; o tempo
passando, e sempre desafiando os diretores por onde ande., , ôw coitado, teve
um que na escola os primeiros dias podia -se ir à paisana, e assim Eu ia, pós
Carnaval<span></span></span></p><a name='more'></a> com a camisa feita pra aquela festa, fui um dia assistir aula, antes
de subir ao primeiro piso, onde ficava a sala de aula, fizemos com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>colegas uma brincadeira de mau gosto, e o
diretor repentinamente apareceu para nos castigar chamando à diretoria.,
corremos subindo a escada que ao final antes do corredor que ficavam as salas,
havia uma porta que fechei rapidamente fazendo força com o ombro para dar tempo
dos colegas entrarem na sala; o diretor empurrava do outro lado querendo
entrar, quando percebi que todos já haviam entrado na sala, corri saindo de
perto da porta que se abriu violentamente e um vulto tropeçando caiu no
corredor, entrei na sala e sentei-me bem ligeiro., aliviado pensando que o
diretor não sabia quem tinha segurado a porta, puro engano, pela frecha
da porta viu minha camisa colorida do carnaval; não deu outra, fui parar na
diretoria, com a missão de só poder entrar no dia seguinte acompanhado do pai
ou mãe; que vergonha danada. É assim fui indo, já em um colégio público
tradicional, perto de casa, mais uma história pra contar entre tantas; no tempo
de São João, as bombas juninas que tinham de todo tamanho, compramos uma de
porta médio, e fizemos uma bomba relógio, com um cigarro, colocamos a bomba
numa ponta e acendemos a outra extremidade, colocamos por traz de um sanitário
no banheiro, dando tempo suficiente para estarmos na sala de aula na hora do
estouro, Meu Deus! O estrondo foi enorme, pensei que tudo vinha abaixo, mesmo
esperando o susto foi enorme, o pobre do professor quase se mija do susto, um
corre corre danado e fomos olhar o que tinha ocorrido, bando de cara de pau,
ninguém descobriu quem foi. Passei dessa fase; comecei a fumar, namorar, joga
uma boa bola, e gostava de andar de bicicleta, me apaixonei por uma que vi na
antiga casa inglesa, uma Bristhow, rocha sua cor, fiquei doido por ela, mas
achava cara e não queria simplesmente pedir aos meus pais, que com certeza
fariam o sacrifício pra comprar, terminei falando da danada, e as férias já iam
iniciar, quando meu pai me perguntou se eu queria ganhar a bicicleta, claro
que aceitei na hora, teria que organizar cinco fichários em ordem alfabética e
cronológica, não pensei duas vezes, no dia seguinte lá estava eu arrumando os
fichários cada um com cinco gavetas, e cada gaveta com três filhas de fichas,
era muito simples, pois a vontade de ganhar a bicicleta era maior que qualquer
dificuldade. Sem férias, durante quase três meses, todo dia ia cumprir a
missão, quando enfim, terminei o último fichário, meu pai disse que iria conferir,
abrindo uma gaveta aleatoriamente de cada fichário, após olhou pra mim dizendo,
achei que não iria dar conta, imediatamente me chamou para comprar a tão
sonhada bicicleta, de sorte que ainda tinha na loja pra vender, já fui pra casa
todo importante pedalando a roxinha. E continuei indo; um tio afim, que
gostava muito comprou uma fazenda e fomos conhecer, cavalos que não montei,
pois o bicho olhou pra mim como se não gostasse, e desconfiado, pensando
que ele iria me jogar no chão, não andei à cavalo, algumas vacas no cercado; arrodeando
o curral deparei -me com uma senhora forte, sentada num pequeno bando de
madeira, pequeno para o tamanho dela, achei isso, observei que mexia uma panela
de tamanho médio, algo escuro como se tivesse batendo um bolo, mas, aquilo estava
diferente de massa de bolo, curioso que nem só, logo me aproximei e perguntei o
que era aquilo, a senhora me olhou, e com a vós suave me disse que estava
fazendo doce de chouriço; <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Âh! Exclamei,
gosto muito disse, aí nova pergunta, de que é feito?, ora, nem imaginava,
tinham abatido um enorme porco, e a senhora me disse que era do sangue do
porco; nunca mais comi o doce chouriço. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim
o tempo andou, antes porém <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desse tempo,
ainda quando iniciei a fumar, evidente sem meus pais saberem, fui passar as
férias como sempre fazia, na casa de meus padrinhos, e que a madrinha
também era minha tia, e ao chegar em Caxias-Ma; meu padrinho foi logo dizendo,
isso depois de uma viagem no ônibus chamado galinha, que durava<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 3 a 4 horas, isso quando não dava o prego,
foi logo dizendo, sabe que nosso filho está fumando? Meio sem jeito confirmei,
ela perguntou; sua mãe tá sabendo? Respondi que não, pensei estou lascado, mas
minha mãe também fumava, nê? No sábado seguinte quando mãe foi deixar minhas
irmãs para também passarem lá as férias, o bom dia de minha madrinha para minha
mãe foi: sabe que nosso menino tá fumando? Mãe olhando pra mim meio sem jeito,
perguntou; verdade? Sim disse, e logo em seguida pedi um dinheiro para comprar
uma carteira de cigarro Capri na época; tem uma passagem por conta de cigarro,
sempre fui destro, mas para que pai, e meus tios que frequentavam nossa casa
não percebessem que eu fumava, o fazia com a mão esquerda, pois quando fosse
tomar a bênção a eles, a mão não teria o cheiro do cigarro, kķķkkk artista.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E por aí vai, na Molecagem de meninos travessos, morava numa casa que
tinha um corredor até bem comprido, e de cerâmica lisa, imagina com talco
jogado para escorregar? Pois gastamos uma lata de talco e passamos a escorregar
de uma ponta a outra, claro deixando tudo branco do talco, nem obedecemos aos
pedidos para parar e limpar tudo; papai chegou e viu aquela arrumação toda,
logo com sua autoridade perguntou quem tinha feito aquela sujeira, os bestas
confessaram, em seguidas e pegaram uns bolos nas mãos com um chinelo de couro
que ele tinha; a esperta da mais velha disse que não tinha participado,
escapando da boa taca, é assim mesmo, os bestas se lascam, ainda tivemos que
limpar tudo. E a vida por aí foi; um belo dia quando se acorda com o espírito
de porco, começamos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma discussão danada
sem fim, até a voz autoritária mandar parar e colocar todos no castigo um em
cada canto, em pé até quando mandasse sair, já perceberam as acusações de um
para o outro, por horas o dia foi assim. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E o tempo foi passando, me pediram para
comprar uma lata de manteiga na mercearia do Pedro Esperantina na quina da
praça do Liceu; fui pois gostava de andar, porém já próximo um pequeno cachorro
peludo me atacou rasgando a perna de minha calça, corri pra casa querendo
buscar algo para bater no animal, mas a Lalai não deixou, ôw pessoa sensata, de
uma noção de bondade, compreensão, e dedicação como nunca vi, me impediu
de fazer tamanha besteira, fiquei dizendo blasfémia, até que quando mamãe
chegou e como Lalai não escondia nada contou o que ocorrera, Âh! Um cinto
brilhou na mão de mãe, que iria me ensinar a não ser assim, claro que corri e
subi num pé de seriguela, e ela com uma vara pra fazer eu descer, tive que ir
para as últimas galhas, e essas são frágeis fáceis de quebrar, e por lá fiquei
até anoitecer, quando mãe mandou eu descer que não ia mais me bater, pois já
tinha tido tempo para meditar que tinha feito errado. E o tempo foi, hoje aqui
só lembrando tantas histórias pra contar, lembro bem nos tempos atuais, contava
para um dos meus netos toda noite, histórias que inventava na hora, sobre um
Lobo Guará, foram tantas, que nem lembro mais, e quando não tinha mais o que
inventar, repetia, o danado do neto/filho lembra e dizia que "esta o
senhor já contou", lá ia sentado no terraço olhando o tempo, construir
mais uma história, que ao final sempre dizia, " o lobo
guaraaaaaaaaá", que tempo lindo que vivi. O tempo voa, e ao lembrar estas
entre tantas, me alegra o coração por contá-las. Até outras!.Uma cartelinha
entre outras<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Marcio Antonio Monteiro Nobre: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Feriado e facultativo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;"><span style="color: #212121; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que Merda, nada sobre nada, canal com nada, TV bosta pura, um não
presta, outro não tem nada, mais outro também sem nada, uns a bosta da TV não
pega, se tentar desconfigura toda, é., <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tomar café com torrada, e se não tiver, café
amargo pra adoçar a boca. Que Merda! Quatro dias sem nada, o trabalho que se
dane, os clientes que se danem também, aí o dindin, que não é de fruta não vem.
A velha e querida expressão puta que pariu vem. Kkķkķkk, até sorri.</span><span style="color: #201f1e; font-family: "Segoe UI","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-37718132589436186842022-06-03T12:11:00.002-07:002022-06-03T12:12:50.328-07:00O ÚLTIMO COBERTOR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJCmy6Dv91tA60_0AywERMWwkEk7P1EtCjkTn7FxqcWr9A3KzR-uc7xXHe1w_QusRP5RTZLJyc-k44YDFtkzb7qhw09fzqj8QRJ-o0CnKpwq7GdpRNx7YJVK_uyWynBf1vQRrhcLubPmFWK1u_IICF3T3UQKhliCMn-gwpu4ln3Tum3aD17KkbO8l/s427/7240228_x240.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="427" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrJCmy6Dv91tA60_0AywERMWwkEk7P1EtCjkTn7FxqcWr9A3KzR-uc7xXHe1w_QusRP5RTZLJyc-k44YDFtkzb7qhw09fzqj8QRJ-o0CnKpwq7GdpRNx7YJVK_uyWynBf1vQRrhcLubPmFWK1u_IICF3T3UQKhliCMn-gwpu4ln3Tum3aD17KkbO8l/w200-h113/7240228_x240.jpg" width="200" /></a></div><br /><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>
<p class="MsoNormal">Marcelo D'Alencourt*<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ando pela rua e vejo jogado no
chão um plástico preto. O que será? Saco de lixo? Acho que não. Plásticos
pretos abandonados na rua sempre me fazem recordar acidentes e mortes. Alguém
atropelado, por exemplo. Simplesmente um enfarte fulminante ou um mal súbito.
Parece macabro mas é como vejo. Lembro de, muito jovem, ter visto uma pessoa
morta envolta num desses. Todos olhavam. Minha mãe pôs as mãos na minha face e
tentou impedir mas, arisco, as driblei pra constatar a miséria que é o fim do
homem. Jamais esqueci a cena. Não me recordo da pessoa, mas do plástico...Rua
pública, chão frio ou quente e gente bisbilhoteira ao redor esperando o
rabecão. E sobram arrogância e vaidade nas pessoas. Pena! Mas e esse aí? O que
aconteceu? Ajoelho diante do plástico jogado e oro resignado pra que ele ou ela
esteja bem, mesmo que a caminho do buraco ou fogueira que o levarão eternamente
pra algum lugar ou não. Levanto, estico as pernas, me recomponho e sigo
adiante. Ninguém se atreve a tocar no mórbido material. Deve trazer mau agouro
ou coisa parecida. Ele se move, levanta e voa livremente entre os carros e
transeuntes num grande balé. Todos se afastam. Me divirto e vou com ele, sem
pressa e sem rumo. Até que aparece um gari que, sem opção, o recolhe
indiferente. Fim de festa. Aquilo me traz um vazio profundo. Procuro por mim e
não encontro. Fiquei pra trás. Tento recuperar o toque da minha mãe no meu
rosto. Quanto amor! Não consigo. Quem sou eu nessa estória? Pouco importa. Sigo
adiante. Não olho pra trás. Melhor assim.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">*Marcelo D’Alencourt é cientista
político<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-5103829945781463012022-04-16T12:56:00.003-07:002022-04-16T12:56:22.119-07:00ASSIM NASCE UMA HISTÓRIA<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl9YiPX39J1bhcWr1rVDj1E92YfGiZZ4VRCvctQDQmLyq5XwSllEPXATB87V9Y2gY00qCg4ZbSqjFvboxsDBs0i7t9Ga58CtDzRujA-uXIFBZ02sKfXYOssxKIBdZdjhPijnKsiVqWC3hE_7fvfhKp_SMjMFM_WnzvpIytpt9iIIlfhc3FQZ-l2LqY/s600/depositphotos_47314217-stock-photo-direction-choices.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="515" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl9YiPX39J1bhcWr1rVDj1E92YfGiZZ4VRCvctQDQmLyq5XwSllEPXATB87V9Y2gY00qCg4ZbSqjFvboxsDBs0i7t9Ga58CtDzRujA-uXIFBZ02sKfXYOssxKIBdZdjhPijnKsiVqWC3hE_7fvfhKp_SMjMFM_WnzvpIytpt9iIIlfhc3FQZ-l2LqY/w172-h200/depositphotos_47314217-stock-photo-direction-choices.jpg" width="172" /></a></div><br />
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Marcio Antônio Monteiro Nobre<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">[12:20,
16/04/2022] Marcio: A pista era larga no início quando criança na sua
motoquinha ganhando confiança, e admirado já então pela coragem que despertava
a cada volta no circuito que parecia interminável, e a cada volta, maior a
segurança se punha a crescer um forte e admirado por todos. Colossal no
instante de categoria superior, quando pra igual com os ídolos do grid,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fez ouvir o som maior de sua máquina na
Vitória perseguido. Em diante percorreu pistas e mais pistas, vitórias tantas,
colecionou troféus magníficos, e a simplicidade nunca abandonou, seus
adversários sempre o queriam por perto, como se fossem naquele que ganhava
sempre, que luz trazia no punho firme que segurava sua companheira de Vitória,
sempre preparada para a próxima corrida. Mas o tempo corria também,
compartilhava de eventos com a família nas iluminadas compensações de fé aos
outros, que crianças pediam Socorro pela vida quando a saúde já abalada, e tão
pouco tinham para sobreviver. Não tínhamos sequer um pensar que algo pudesse vir
a testar aquele menino. Testou sim, mas nem assim, se perdeu da bondade, da
coletividade, da palavra amiga, nunca questionou o que acontecia, e procurou
mostrar que era um propósito que recebia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">[12:21,
16/04/2022] Marcio: Nasceu o dogma J.33, qual razão dessa marca, o J, de seu
nome, e o 33, bem não sei, faz sentido; faz sim! Bondade era seu lema, ajudar
sua vida, trabalhar sua meta, crer sua fé. Criança ainda a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>paixão iniciou nas pistas, que era sua
alegria de viver, subiu categorias disparando em velocidade e pulos bem alto,
tão alto como sua bondade para os outros, tornou-se campeão, sem contudo deixar
um momento só sequer, de acompanhar e fazer o bem a quem precisava, tinha
sempre um abraço, uma palavra, gestos nobres, pois aprendeu bem cedo que o bem
só traz o bem, e quantos foram feitos na calada da noite àqueles que tinham
fome, a fé que trazia sempre nos dias de rezas e celebrações; eram pontos
indecifráveis que não sabe o porquê?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">[12:21,
16/04/2022] Marcio: J.33 - um legado:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há
Dia! Só sei que fui, lá encontrei inerte, sereno, transmitia paz aquele menino
de sorte na vida; carrega ali uma carga infinita de indicações difíceis de
captar, um ato aqui, outro alí, outros acolá, outros, outros, outros... chega
árdua e nervosa, senti um abraço forte que dizia; está ali, veja como ele está
lindo! Expressão que jamais esqueci, e me levou para olhar o filho, parecia
comprimentar a todos que chegavam. Cenário de silêncio e visão deslumbrante ao
seu lado a amiga de todo tempo, estacionada a vigiar todo instante os amigos
que a tocavam, após com olhos em lágrimas, como se também vida pudesse ter, e
aquele toque era um carinho ao piloto que subiu na última corrida pra Deus.
Situações tantas naquele dia, mas, ao sair do seu lado, momentos antes de sua
caminhada, já do lado de fora sua voz roncou como se chorasse no último adeus,
e centenas de outras rasgaram seus sons acompanhando em soluços, o trajeto
final em cortejo se foi.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-16339187336877313392022-04-15T06:38:00.003-07:002022-04-15T06:41:22.623-07:00IN MEMORIA<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXnKjTZ3IRNG3IHT2-me0sDlReHKCYPswnXrFMoE7PsZW15lzwJcz660inke0-X6kKyiehQ5cSFqR09zONAKNL-xUmLGTOLWQO7Z3pT3W8SPmfX83zHJO78767Cyfg737GGvKeiQu7eLrP6qq-lOXKXth05q9WpsWAe9K1ryWJMTdxh_kSiZIyNEWz" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="194" data-original-width="259" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXnKjTZ3IRNG3IHT2-me0sDlReHKCYPswnXrFMoE7PsZW15lzwJcz660inke0-X6kKyiehQ5cSFqR09zONAKNL-xUmLGTOLWQO7Z3pT3W8SPmfX83zHJO78767Cyfg737GGvKeiQu7eLrP6qq-lOXKXth05q9WpsWAe9K1ryWJMTdxh_kSiZIyNEWz=w200-h150" width="200" /></a></div><br /><br /><p></p><br />
<p class="MsoNormal">Márcio Antônio Monteiro Nobre<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ainda tenho na memória muitas
histórias pra contar, que de certa forma me marcaram por situações diversas;
essa lembrança vem ainda dos tempos universitário quando um tema veio à tona,
me reservo o direito de não expor, haja vista que poderia causar desconforto a
alguém. Após o tema dito, passei a rascunhar na mente a situação que poderia
causar com o uso, ou mesmo a aplicação da regra, passei dias traçando na
memória o que poderia escrever, a estratégia a usar, adequando a norma legal
diante do fato que se apresentava. Na semana seguinte dessa aula, fiz uma
exposição a um colega, sábio, preparado, estudioso, pensando em apenas obter um
encorajamento e opinião sobre o tema, se aquele meu raciocínio estava correto,
se poderia colocar no papel para mostrar ao ilustre professor. No passar da
semana ainda procurei elaborar novos itens para anexar ao pensamento e poder
escrever com propriedade. Não fui rápido o suficiente! Na aula seguinte o
colega entrega ao professor um trabalho escrito por ele, para análise, e mesmo
publicação nos anais do curso de direto que fazíamos; surpresa foi a imensa
alegria que o mestre teve ao ler o trabalho, dizendo que iria encaminhar para
publicação,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que não sei se de fato o
foi, parabenizando por bela dissertação que o colega havia feito, passando a
discorrer sobre o tema, que terminou sendo a aula naquele dia; foi naquele
momento que surpreso, de olhar interrogativo em direção ao escritor, que já nem
me olhava,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pude perceber que havia
roubado toda minha ideia, me deixando até mesmo sem poder questionar, tamanho
eram os elogios ao trabalho. Pensei bastante, e conclui que seria melhor nada
falar, deixar o silêncio mostrar a decência, honestidade, e como se manter uma
amizade, pois em diversas vezes o ajudei com o ombro amigo para ouvir seus
anseios e dissabores que a vida lhe dava. Em diante nunca mais tivemos qualquer
tipo de relacionamento durante todo o restante do curso. In memória<o:p></o:p></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-58657824768338411012022-02-22T13:26:00.004-08:002022-02-22T13:26:29.621-08:00PROFISSÃO DE FÉ<div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg56rsmHqc8JbqvZN29PO8nJS1kqqqT8pMscs0r9K5zVh1xlyCIhEXUd2DxoKZCxwFN0A9f5oiCb1ryQc5uqqu8ZupKhH14EPPW2gqCzmFt4CYbDkSqhqExA_dO1dVoTmxdRchpvh43GCBmU7aOryGjfmQMluPmkLA5qPNdNsF674XTaIikEFdWhw1P=s272" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="185" data-original-width="272" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg56rsmHqc8JbqvZN29PO8nJS1kqqqT8pMscs0r9K5zVh1xlyCIhEXUd2DxoKZCxwFN0A9f5oiCb1ryQc5uqqu8ZupKhH14EPPW2gqCzmFt4CYbDkSqhqExA_dO1dVoTmxdRchpvh43GCBmU7aOryGjfmQMluPmkLA5qPNdNsF674XTaIikEFdWhw1P=w200-h136" width="200" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;">Sem Deus</div><div style="text-align: left;">E sem sexo</div><div style="text-align: left;">a vida é triste</div><div style="text-align: left;">E sem nexo</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Isaias Coelho Marques</div>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-69090203255441804042022-02-22T13:17:00.004-08:002022-02-22T13:20:12.155-08:00VOO<div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgBbdWJr33EIrzMy8epocfUHSFEeuF_z4N5qkLAbRRbzOrNosCKzCKvGRyOSIrcKcn2fPVBB9JEq0yF6eCrUIBtjRapNydiNiQusnRPdus-Ox02OiKRYLPVvSrROigDpQQvCPLsrbQeUvSwfMc_S4OASshdpo0S8mV_aZe3RvdScs6IejlFfARTM8R3=s275" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="275" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgBbdWJr33EIrzMy8epocfUHSFEeuF_z4N5qkLAbRRbzOrNosCKzCKvGRyOSIrcKcn2fPVBB9JEq0yF6eCrUIBtjRapNydiNiQusnRPdus-Ox02OiKRYLPVvSrROigDpQQvCPLsrbQeUvSwfMc_S4OASshdpo0S8mV_aZe3RvdScs6IejlFfARTM8R3=w200-h134" width="200" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Através da grade,</div><div style="text-align: left;">A rua,</div><div style="text-align: left;">Espanto da vida.</div><div style="text-align: left;">A imaginação</div><div style="text-align: left;">Retorce</div><div style="text-align: left;">O aço</div><div style="text-align: left;">Do cansaço</div><div style="text-align: left;">Humano</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Isaias Coelho Marques</div><div style="text-align: left;"><br /></div>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-16264388501953684772021-11-06T14:00:00.005-07:002021-11-06T14:08:59.035-07:00CORISCO (Inspirada em Millôr Fernandes)<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4dIl6jSyH0WjbBPXQv1YrR6b0WkR-PXxvHOPMMD7reifJH0BP-pDkyoP05XMQBNn-gnWaoflrNICnC9cSkeOtSoQbqlLtKmXAY9Xkme8mGpb0LCzq6q6-8kV9RrX_0nvaAAqwPoBOgWWlG4V8Nr4DCNkIdImL7AkOAoovtgWWNZl94OFovIy214-kkA=s800" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="800" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4dIl6jSyH0WjbBPXQv1YrR6b0WkR-PXxvHOPMMD7reifJH0BP-pDkyoP05XMQBNn-gnWaoflrNICnC9cSkeOtSoQbqlLtKmXAY9Xkme8mGpb0LCzq6q6-8kV9RrX_0nvaAAqwPoBOgWWlG4V8Nr4DCNkIdImL7AkOAoovtgWWNZl94OFovIy214-kkA=w200-h134" width="200" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Entre um </div><div style="text-align: left;">Pingo</div><div style="text-align: left;">E outro</div><div style="text-align: left;">Eu corro </div><div style="text-align: left;">O risco</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Isaias Coelho Marques</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div>rebecahttp://www.blogger.com/profile/11309606397837066056noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4032239774931659990.post-86742809006950706332021-10-06T12:45:00.006-07:002021-10-06T13:02:56.167-07:00SONHO?<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 28pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-o1hITz8tTdY/YV37KLmS11I/AAAAAAAAEsE/n36WuKhAjEEqpLIRSV7Pt5vOALUmw17HwCLcBGAsYHQ/s1500/various-shutterstock-editorial-5274679a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="133" src="https://1.bp.blogspot.com/-o1hITz8tTdY/YV37KLmS11I/AAAAAAAAEsE/n36WuKhAjEEqpLIRSV7Pt5vOALUmw17HwCLcBGAsYHQ/w200-h133/various-shutterstock-editorial-5274679a.jpg" width="200" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">Márcio
Antônio Monteiro Nobre - 2021<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">APRESENTAÇÃO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não é
pretensão alguma em ser autor, escritor ou mesmo roteirista; entretanto sentado
na heroica cadeira que já me aguenta por toda essa pandemia 20/21, e, diga-se,
firme sem quebrar nada, muito forte a suportar por quase 15 horas diárias meu
peso pesado. Um belo dia algo me chamou a atenção, busquei caneta e meu bloco
de anotações profissionais e outros temas, iniciei, de uma só sentada, a
rabiscar esse sonho, talvez...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;">A HISTÓRIA<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ouvi ainda
na primeira adolescência, uma história em que um senhor de mais ou menos 45
anos, contava para outro de menos idade, que atentamente e vestido com uma
roupa impecável, verde, e, chamando minha atenção, o cinto com uma bela fivela
que lhe apertava a barriga. Perfilado ouvia o relato e a cada instante franzia
o cenho ou subia as sobrancelhas; mas nunca sorria, nem aquele que lhe falava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Momento
tenso – lembro bem. Aquele homem vestido de verde dando um suspiro enorme, falou
para o outro pausadamente dizendo: “me relate tudo novamente”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O narrador não se fez de rogado e reiniciou
a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>narrativa. Já de orelhas em pé,
ouriçadas para ouvir o que conversavam, cheguei até a sentar no batente da
porta, bem próximo dos dois interlocutores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nunca
esqueci quando o moço disse, “vou te falar, mas não esqueça, foram muito duros
estes dias”. Ah! A curiosidade bateu mais alto, me ajustei na calçada querendo
chegar bem perto daqueles homens que se encostaram no carro estacionado, um
automóvel lindo de cor vermelha. Quando reiniciaram a história que eu ouvi bem,
e gravei como uma tatuagem que não sai mais de você.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Naquele dia
– assim iniciou a narrativa o homem mais velho, dizendo ao seu interlocutor
(não pude ouvir a data, pois passou um carro fazendo zuada) –<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estava na porta de minha casa quando um Jeep
parou descendo dois policiais que se dirigiram a mim, mostrando um papel,
dizendo que eu estava preso. Pasmo, sem reação alguma, apenas olhei para a
entrada de minha casa, sendo está a última vez que há vi por muito tempo, e
muito tempo se passara desde então... E quando voltei já não mais existia, nem
noticia dos meus e não se sabia para onde tinham ido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Daquele
instante até o dia que voltei, tudo aconteceu comigo, relata o homem com os olhos
marejados de lágrimas; ouvi bem que foram vinte anos de longa agonia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E continuou: entrei naquele Jeep já algemado,
com os pulsos cortando de tão apertadas estavam desde quando maldosamente
colocaram em mim; cada solavanco que o veículo fazia, mais sentia a dor
aumentar nos meus braços, e aqueles policiais mudos e parecendo surdos, não
respondiam aos meus apelos para que afrouxassem as algemas, pois estavam
cortando meus pulsos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Rodamos por
longos minutos – acho até por horas – entre ruas e estradas, sem que conhecesse
muitos dos lugares por onde passamos até chegarmos em frente a um portão grande
de cor cinza, que logo se abriu ao primeiro toque da buzina do Jeep, como se
estivessem esperando sua chegada. Ainda Vi dois outros policiais abrindo tão pesado
portão; e mais nada pude ver por horas seguidas. Vedaram-me os olhos, mas podia
ouvir vozes dizendo que iria falar o que eles queriam saber. Puxado para fora
do veículo sem qualquer cuidado, a dor já insuportável aumentava a cada puxão;
lembro-me que passamos por uma porta, pois o sol deixou de clarear e esquentar
meu corpo, e fui jogado ao chão que parecia ser de cerâmica, pois era frio.
Daí, horas se passaram sem que percebesse quanto tempo se passou.<span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Enfim a
porta se abriu e levei o primeiro tapa de centenas que iria levar durante toda
a minha estadia naquele lugar, que até hoje não sei identificar. Atentamente o
ouvinte daquela conversa, olhando, sem mencionar uma palavra ou perguntar, a
tudo ouvia fazendo trejeitos com as sobrancelhas. Penso que durante uns dois
dias, não ouvi nenhuma fala, somente água me davam vez por outra, mas sempre
com os olhos vendados. Nada podia ver, quando senti passadas fortes que se
aproximavam de mim, e uma voz grossa e pausada me perguntou: vai começar a
falar? Pensei rápido se perguntava sobre o que ou concordava. Como um raio
pensei que se perguntasse sobre o que? Iria sofrer mais ainda; mesmo assim, num
lampejo de honradez, perguntei sobre o que? Como resposta senti um tapa bem
forte na orelha direita, que até hoje ainda sinto a lapada sofrida; pobre do
meu joelho, que chute levou, causando uma dor terrível; e a mesma voz repetiu:
vai começar a falar? Com a moral redobrada, respondi: não sei sobre o que
falar... Penso que daquele momento, por um dia, nem água me deram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quase não
podia ouvir, tamanha era minha indignação ao presenciar aquele relato. Entre um
suspiro e breve pausa que o homem fazia, dizia eu, bem baixinho, poxa, esse
cara sofreu pra caramba! Cheguei a pensar em ir buscar uma garrafa com água e
oferecer para aquele senhor; não pude, ele reiniciou a sua narrativa e eu
estava ansioso para chegar ao seu final.... Já não tinha acanhamento de mostrar
que estava ouvindo suas conversas. Vez por outra os homens olhavam pra mim, mas
deviam pensar: ele não vai entender, deixa ouvir. Durante umas duas horas,
fiquei ali, sem beber ou comer e com uma vontade danada de mijar, mas nem
pensei em sair dali.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quase
arranquei os cabelos com o que ouvi: Quando por fim resolveram voltar, e
novamente perguntaram: vai falar? Mudei de tática e falei: podem perguntar? A
terrível pergunta veio imediatamente: quem são seus amigos? Iniciava-se assim
uma série de indagações, da escola? Perguntei já com medo de mais um tapa. Não!
Falou a voz. Seus amigos de baderna! De brincadeira? – Ousei a perguntar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não, de baderna contra o governo! Quero
nomes, endereços, e os locais onde estão escondidos – isso<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com a voz<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>zangada. Dizer que não sabia do que estavam falando, fez aumentar a
irritação do inquisidor, de tal forma meu estomago sentiu a pancada tão
violenta que acho que desmaiei, pela pancada e mesmo por estar muito fraco, sem
comer, muito menos beber... Dormir nem pensar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Eu ali,
quase grudado no piso do batente, senti a dor daquele homem que relatava sua
história. Vi em momentos rápidos com os olhos fechados, o coturno batendo no
meu estomago, triste engano que aquela brutalidade fosse a pior, seguiram-se
dias com constantes espancamentos, com várias modalidades de tortura. Não podia
delatar meus amigos, que apenas tinham um ideal comigo, expúnhamos nossos
pensamentos nos palcos e praças quando éramos corridos para não sermos presos,
dizia o homem em sua dramática narrativa, lembro-me bem que daquele dia em
diante, foram usadas muitas modalidades de interrogatórios, até mesmo uma mulher
foi mandada para conseguir que falasse, e com modos psicológicos tentou de
todas as formas me persuadir para ter os nomes dos meus amigos, que entendia
então, que eles não estavam presos, porque insistiam em perguntar, e firme não
dizia e respondia que não tinha noção do que queriam saber.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Foi um
desastre pra mim, que ela não tivesse conseguido, seguiu-se uma terrível seção
de tortura, até que me mudaram de sala, fui levado para uma totalmente escura,
que só via claridade quando era acesa uma enorme lâmpada em um abajur
diretamente no meu rosto, me deixando cego por instantes; doíam tanto meus
olhos que quase cheguei a contar e entregar meus amigos, minhas forças já
estavam minguando, mas, a dignidade do meu ego era maior, não iria conseguir
viver com tamanha traição. Firme sofria horrores, e ia definhando pois não
conseguia mais comer a péssima comida que serviam, e a água que tinha um gosto
ruim; não sei por quantos dias passei naquele lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O homem de
verde, calmo, com fisionomia ruborizada me fazia perceber que com a minha pouca
idade, estava indignado com tamanha crueldade humana. Ouvi o homem de verde
dizer: mesmo com sua dor, continue com sua narrativa. Vi, nos olhos do mais
velho, lágrimas escorrendo, mas mesmo assim continuou. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Após alguns
dias fui levado para um outro compartimento que tinha muitos vergalhões e
argolas nas paredes, que ao chegar não entendi para que serviria; amarrado fui
com os braços estendidos do corpo, como em cruz, suspensos acima da cabeça, que
com o peso do meu corpo, sentia que meus braços iriam arrancar do meu tórax,
não podia ficar todo tempo em pé, já fraco, sem forças para aguentar. Perto de
anoitecer, aquela primeira voz grossa novamente me fez a mesma pergunta, sem
forças, quase não aguentando, mas resistindo ainda, respondi, dando-lhe a mesma
resposta: sobre o que? Tremendo chute no mesmo joelho machucado, que me fez
ajoelhar de tanta dor, ou seja, quase ajoelhar, pois não consegui tocá-los no
chão, pois os braços amarrados nas argolas não deixavam; pensei que não iria
sair com vida daquele lugar, e se saísse, iria praticar o suicídio na frente do
primeiro quartel que passasse, e isso me martelou por muitos dias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Surpreso
quando me levaram para uma sala com cadeira, e nela me sentaram, deram-me água
fresca, uma boa alimentação; pensei, iriam me mandar embora... Só teria que
melhorar a aparência, pois tinham entendido que nada conseguiriam saber dito
por mim. Fiquei por horas relaxando, não demorou muito pra entender que a nova
técnica de tortura estava iniciando, passei a ouvir vozes do outro lado da
parede, entre sussurros e lamentos, eles diziam, vão me matar, não acredito que
ele tenha me delatado, já deve ter até morrido, não iria aguentar tanto
sofrimento. Apurei mais os ouvidos e bem baixinho ouvia quase sem voz um outro
que respondia: não acredito, só queria ser enterrado na minha cidade, passando
a ouvir só gemidos de dor até a noite, quando me<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trouxeram o jantar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na manhã
seguinte um pouco recuperado, vieram e me levaram para outro lugar, viajei por
não sei quantas horas – até um pensamento alegre passou por mim: iriam me
soltar; puro engano, logo chegamos a um lugar que também jamais soube onde
ficava e lá permaneci por alguns meses, sozinho, em um quarto, e sempre alguém
deixava água e comida boa, um banquete em relação as outras; desde então não
conversei com mais ninguém, nem me interrogaram mais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um belo dia
nova surpresa, me pegaram, e fui levado para outro lugar, que também não posso
reconhecer, pois não vi, a não ser uma sala, e um quarto que dele não podia
sair, com janelas trancadas, e grades grossas com cadeados por dentro; cheguei
a ouvir longe latido de cachorro, porém nunca se aproximava, e nada mais ouvia,
um silencio aterrador; me peguei várias vezes falando só, cantava, sempre
procurando ouvir alguma coisa, e não sei por quanto tempo ali fiquei, sei que
não foi pouco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com o passar
dos dias, interrompeu chorando aquele homem contador de sua história,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>passando um pedaço de pano no rosto, como se
enxugasse lágrimas que escorriam, olhei para o homem de verde, e vi que ele
também chorava com tamanha tortura que aquele senhor passara, mas logo, refeito
continuou sua contundente história. Comecei a pensar, a fazer uma retrospectiva
de tudo, e um fato me chamou atenção, naquela sala ouvindo os sussurros do
outro compartimento, e sem tortura física, conclui que tudo foi mais uma cruel
tortura psicológica, a pior de todas, pois me fizeram acreditar que seria eu o
responsável pelas mortes daquelas pessoas que falavam baixinho, como se eu as
tivesse traído. A dor psicológica foi enorme e me persegue até hoje. Não sei se
eram meus amigos, ou se foi uma cruel técnica para amedrontar e falasse o que
queriam saber. Não sei quanto tempo ali fiquei, até que um dia me deixaram numa
estrada, e como não sabia para onde ir, resolvi seguir caminhando no rumo que o
Jeep tomara.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Grande a
caminhada, cheguei à uma cidade, sem dinheiro, com fome e cansado, sem poder
procurar minha família, que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no dia que
me prenderam, eram eu, mãe e uma irmã; sem saber quem, fui ajudado, falei da
minha cidade, ganhando uma passagem e algum dinheiro para me alimentar; me
pareceu que aquela pessoa estava ali esperando para me ajudar a voltar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pra casa. Consegui chegar na rua que morava,
e ao número da casa que residia, e as pessoas que residiam lá, não os conheci,
nem souberam me informar dos antigos moradores; tentei outros vizinhos, que
também não me conheciam, em nada podiam ajudar a achar minha família; procurei
em vão, quando resolvi<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ir embora para o
Rio de Janeiro, procurar trabalho, e tentar localizar para que lugar minha
família tinha ido morar, e que até hoje não os encontrei, apesar de
insistentemente os procurar sem, no entanto, ter qualquer notícia dela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Os amigos
que tanto queriam localizar meus algozes, também não os vi mais; soube de toda
confusão que se instalou no país, enquanto estive preso sem qualquer contato
com o mundo, não vi passar, nem sei o que contar, a não ser a minha história. O
homem baixou a cabeça, como se sua narração pesasse muito em suas lembranças;
mas o homem de verde – não sei a razão de terem se encontrado naquele local
–<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o abraçou dizendo: você esteve sempre
com Deus, haverá de um dia encontrar quem procura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não percebi
quanto tempo foi toda essa narrativa, somente quando uma pessoa de minha família
falou comigo, me levando para dentro de casa. Antes, porém, olhei para fora e
só vi o automóvel parado no lugar em que estavam aqueles homens conversando; já
dentro de casa, perguntei se estava dormindo na porta, minha tia respondeu que
parecia anestesiado quando me chamou e até hoje não sei dizer se foi verdadeiro
o que narrei, ou se foi um sonho ao dormir no batente da porta de casa, quando
admirava o lindo carro vermelho, porém é bem viva essa história na minha
memória.</span><o:p style="font-size: 14pt;"></o:p></span></p>Antonio José de Oliveira Monteirohttp://www.blogger.com/profile/06071741917442015817noreply@blogger.com2