segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A IMBECILIDADE HUMANA




Manoel Emílio Burlamarque de Oliveira


      Quero confessar, aqui, que, em todos os professores que tive, em todos os contistas de fábulas que conheço, em todas as aventuras maravilhosas com que sonhei, em toda a Mitologia Grega que me encantou, em toda a matemática, a história, em toda a geografia que aprendi, do Brasil e do mundo, e no grande amor que tenho por meu Brasil, a presença de Monteiro Lobato sempre é uma constante, como fonte principal de minha formação moral, ética, e de cidadão, desde minha infância/juventude, escritor genial que, sempre, foi meu candidato ao Premio Nobel de Literatura.     
     Agora, sua obra está sendo julgada, no STF, acusado, ele, de racista! E por quê? Por haver tido a ousadia, de incluir, no meio de princesas, piratas, aventureiros, bem como de personagens do nosso folklore, junta a Dona Benta, ao Pedrinho, à Narizinho, à Emília, ao Visconde de Sabugosa, e a outras admiráveis criações suas, uma negra, livre, bondosa, cozinheira de quitutes que me enchiam a boca d’água, digna, cujo amor ao próximo transbordava em seu coração, onde não cabiam maldades, nem maledicências, adorada pelos "sobrinhos" do mundo inteiro - a Tia Nastácia. Ah! quem dera que meus netos queridos, todos eles, tivessem a ventura que tive, de ler as obras de Lobato!       
    Ah!, quem dera, que os detratores de Lobato, imbecis travestidos de defensores da liberdade, e da igualdade, dos que lutam contra o preconceito racial, fossem, todos, pra puta que pariu!


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