domingo, 8 de setembro de 2013

BOTÃO DO PÂNICO


Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
                Há uns dois ou três dias que assisto reportagens sobre mais uma medida de proteção às mulheres, ameaçadas, perseguidas, violentadas, por MARIDOS, COMPANHEIROS, e outros que tais, necessitadas de providências urgentes que evitem, flagrem, impeçam, a violência a que estão submetidas, absurdamente, por machões, que se julgam superiores e donos de pessoas (ou coisas?) que, segundo sua imbecilidade, nasceram para lhes servir, na cama, na cozinha, na mesa, na lavanderia, enquanto estiverem vivos!
                É o tal botão do pânico, que deverá ser usado pelas vítimas, sempre que ameaçadas, e que alertará à Segurança que algo está acontecendo, permitindo a presença da polícia, em poucos instantes, no local informado pelo próprio aparelho protetor. Parabéns ao País por essa medida cautelar, mais que justa, fazendo com que a Lei Maria da Penha se torne melhor executada em nossa Capital e Estado.
                Entretanto, indago-me, e aos que me leem e aos taxistas, que tal estender esse botão salvador às agências bancárias, às casas comerciais, aos postos de gasolina, e outros estabelecimentos, da preferência dos assaltantes e assassinos, que agem, diariamente por essa Teresina afora? E aos taxistas, que não sabem mais o que fazer para viverem em paz? E às empregadas domésticas, que perdem seus celulares, seus vales-transportes (só ao redor de minha residência foram assaltadas umas cinco, inclusive a que trabalha conosco) E a nós caminhantes da madrugada, por necessidade da nossa circulação sanguínea? E, por fim, a cada família, possuidora, ou não, de carro, que reza para não ser a próxima vítima dessa violência que nos invade, a nossa privacidade, a nossa paz e nos torna uma comunidade sobressaltada?
                Vamos pedir implorar, exigir, que o privilégio, dado às infelizes mal-amadas, nos seja, também, concedido, para que, pelo menos, um pouco do sentimento de segurança nos penetre!

Comentários do “faceboock”
Marilia Cunha Triste...
Ana Emília Lago Pires Meu caro afinal todos estamos correndo risco. muita violência. Mas penso q só teremos um pouco de paz qdo diminuir-se a desigualdade... A paz só existe onde há justiça
Manoel Andante verdade Ana, o que escrevi foi uma gozação a esse sistema jurídico, policial e politiqueiro que assola nosso Brasil: discursos, entrevistas, promessas, dirigidos aos inconscientes e inocentes úteis, com má ou boa fé, mas, plenamente, inconsequentes!

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