sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

TRIBUTO A D. JUAN.


Isaias Coelho Marques.

Indizível amor
permeia meu ser,
a posse não pela posse
mas uma vontade divina
de estar presente em tudo.

Meu sangue jorrando
entre pernas e coxas,
meu sêmen desvairado
maravilhado em Deus
- prazer, prazer, prazer...
Não findo na carne,
não abjeto e reto e previsível.

Lá, só lá,
onde tudo arde,
onde o tesão sem amor desvanece,
serei secreto,
serei impraticável,
continuarei deslizando,
escorrendo,
invisível
para dentro dos seres.

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