segunda-feira, 21 de abril de 2014

RÉQUIEM PARA ZAIAZE LEBRE



Zara Truta

Oh impuro entre os impuros.
Oh desgraçado entre os desgraçado.
Oh tu que viveste tão brevemente
 e que, num único suspiro, num átimo,
vomitaste os mais infames versos.
Não nasceste morto posto que tinhas uma missão:
Lançar à terra a semente do mal...
E o fizeste bem.
Cumpriste, naquele átimo, o teu nefasto destino.
Nasceste e morreste.
A tua massa cadavérica, disforme,
condenada a permanecer insepulta,
lançada na sarjeta,
desprezada pelos abutres,
pelos urubus,
pelos vermes mais primitivos,
foi tragada pelo abismo mais profundo da Terra
E lá permanecerá “ad aeternam”.
O odor fétido que exalas não nos incomoda,
eis que Éolo, compadecido da humanidade,
Sopra incessantemente,
lançando-o para as dobras do Universo
onde pena tua alma
- se é que a tens.
Lá viverás o horrores da tua eternidade
urrando em uníssono
com teus pares: Átila, Hitler, Idi Amin e Sadam.
A todos negado o “réquiem aeternam dona eis”.

Um comentário:

Antonio José de Oliveira Monteiro disse...

Uma defesa para Zaiaze Lebre
Um crime abominável foi cometido! Uma ofensa imperdoável foi desferida! Uma patifaria incalculável foi praticada!
O que causaria tamanha execração a esse miserável, da parte do Zara Truta, na forma de um poema tão bem construido?
Acho que, à maneira das carpideiras, esse implacável "Requiem" foi fruto de encomenda de um raivoso, de tal tamanho,
que só a inveja seria capaz de produzir!
Oh, Zara Truta, quantas moedas recebestes em troca de usares os teus dotes para tão vil achincalhamento a quem não
pensou que sua amada seria tão vingativa? e tão miuda?
Paras de revolver-te em teu túmulo, Zaiaze Lebre, que a justiça será feita! E, as tuas companhias, que desejaram para ti, já foram
absolvidas por nosso Supremo Tribunal de Justiça...
Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira