sexta-feira, 23 de maio de 2014

ABERTURA AO (SUB) DESENVOLVIMENTO III


Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
“O outro lado da moeda”
                Se, de um lado, temos aspirações e necessidades para satisfazer, do outro lado, precisamos saber como atendê-las. E, mais ainda, a quem caberá esse formidável ônus, que inclui, naturalmente, a busca dos recursos suficientes para tal atendimento, e, de que forma, como deverão, tais recursos, ser aplicados para que os resultados alcançados sejam, de fato, os exigidos pela crescente demanda de bem estar social.

                Incursionando, rapidamente, na história da humanidade, verificaremos que a necessidade de sobrevivência levou ao surgimento de grupos humanos, que se juntaram e se organizaram para a busca e a produção de alimentos (caça, pesca, coleta de frutos, depois, agricultura e criação de animais domésticos), assim como para a defesa contra as intempéries e as agressões das feras, então existentes, abundantemente. O aumento populacional desses grupos deu origem a uma organização, cada vez mais, racional, com a distribuição de responsabilidades, pelas suas diversas atividades, originando o que, hoje, conhecemos como sociedades organizadas, isto é, os Estados. E o provimento das necessidades e das aspirações daquelas populações exigiu um planejamento, bem como a procura de novos instrumentos que facilitassem esse provimento, obrigando o homem a criar, inventar, descobrir, outros meios, ou alternativas, que o ajudassem em seus afazeres. As mais distantes, e diversas, regiões da terra foram ocupadas, as atividades produtivas adaptaram-se a cada meio-ambiente, a cultura humana iniciou os seus passos para sua universalização, a troca de produtos, o seu comércio, e a distancia entre os produtores, exigiu meios de transporte e de comercialização (moedas, por exemplo), e a cobiça das lideranças, administrações, dos governantes, gestores, ou quaisquer outros nomes que lhes derem, deu início às guerras pelo poder e pela riqueza, onde os vencedores apropriavam-se de tudo, inclusive dos próprios derrotados, que eram escravizados para a execução do trabalho pesado, primordialmente. E, não se pode esquecer, novos mercados iam sendo absorvidos...

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