Manoel Emílio Burlamaqui de
Oliveira
“O outro lado da moeda”
Se,
de um lado, temos aspirações e necessidades para satisfazer, do outro lado,
precisamos saber como atendê-las. E, mais ainda, a quem caberá esse formidável
ônus, que inclui, naturalmente, a busca dos recursos suficientes para tal
atendimento, e, de que forma, como deverão, tais recursos, ser aplicados para
que os resultados alcançados sejam, de fato, os exigidos pela crescente demanda
de bem estar social.
Incursionando,
rapidamente, na história da humanidade, verificaremos que a necessidade de
sobrevivência levou ao surgimento de grupos humanos, que se juntaram e se
organizaram para a busca e a produção de alimentos (caça, pesca, coleta de
frutos, depois, agricultura e criação de animais domésticos), assim como para a
defesa contra as intempéries e as agressões das feras, então existentes,
abundantemente. O aumento populacional desses grupos deu origem a uma
organização, cada vez mais, racional, com a distribuição de responsabilidades,
pelas suas diversas atividades, originando o que, hoje, conhecemos como
sociedades organizadas, isto é, os Estados. E o provimento das necessidades e
das aspirações daquelas populações exigiu um planejamento, bem como a procura
de novos instrumentos que facilitassem esse provimento, obrigando o homem a
criar, inventar, descobrir, outros meios, ou alternativas, que o ajudassem em
seus afazeres. As mais distantes, e diversas, regiões da terra foram ocupadas,
as atividades produtivas adaptaram-se a cada meio-ambiente, a cultura humana
iniciou os seus passos para sua universalização, a troca de produtos, o seu
comércio, e a distancia entre os produtores, exigiu meios de transporte e de
comercialização (moedas, por exemplo), e a cobiça das lideranças,
administrações, dos governantes, gestores, ou quaisquer outros nomes que lhes
derem, deu início às guerras pelo poder e pela riqueza, onde os vencedores
apropriavam-se de tudo, inclusive dos próprios derrotados, que eram
escravizados para a execução do trabalho pesado, primordialmente. E, não se
pode esquecer, novos mercados iam sendo absorvidos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário