Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
O
chamado livre arbítrio, para mim, é a liberdade de escolha do que desejamos
para nós, e, por conseguinte, para a humanidade e para o mundo em que vivemos.
Esta meu entendimento me leva a algumas constatações, que gostaria de
coloca-las à crítica dos que me leem, no sentido de iniciar uma troca de ideias
sobre um assunto sempre presente...
A
primeira constatação é a de que o livre arbítrio pressupõe a existência de um
ser único, que pensa que raciocina que Julga e que tem o poder de escolher
entre o bem e o mal, o bom e o ruim, o construir ou o destruir, e por ai,
vai... E, sem dúvida, esse ser é o homem, pois, nos reinos animal, vegetal e
mineral, somente ele é portador dessas características, descobertas por ele
próprio...
A
segunda constatação é a de que essas escolhas não seriam tão livres como se
pensa, pois estão condicionadas pelo meio que o cerca, por sua cultura, pelo
seu grau de conhecimento ou sua ignorância, pela organização política e social
das comunidades a que pertence etc., etc...
Uma
terceira constatação é a de que se não existe liberdade absoluta, também não há
livre arbítrio absoluto...
A
quarta constatação é que existem enormes e absurdas desigualdades entre os
homens, resultantes de predicados como a avareza e o egoísmo, (vejam o Papa
Francisco em seu livrinho, respondendo a perguntas de crianças do mundo
inteiro) que, levados ao extremo, criam a volúpia das riquezas e do poder...
E,
por fim, a quinta constatação, (por enquanto) é que, desde a Pré-história a
guerra foi considerada pelos donos do poder o caminho de fazer crescer e manter
tal poder, e tais riquezas, pela pilhagem e anexação de territórios ricos em
minérios, pela necessidade de expandir a produção agrícola, e pela utilização
de escravos, como mão de obra. Ainda hoje, sabe-se que a indústria bélica é
considerada uma das maiores do mundo...
(A complexidade do tema obriga-me
a publica-lo em partes. Continuarei)...
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