Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
Amigo
meu, contou-me um diálogo entre um cliente seu (ele é dentista) e um colega de
profissão, após o término das obturações, feitas por seu colega, em alguns
dentes do cliente, que trocou de dentista:
— Pronto, não haverá mais dores!
— E, agora, dr, o que farei?
— Passe a usar fio dental na limpeza dos dentes...
— Dr. Dei uma pisa em minha filha por que usou esse tal de
fio dental!
— Ave Maria! Não faça isso, homem de Deus, hoje todo mundo
usa o fio dental, pra vc. ver, eu, minha mulher e minha sogra, usamos e achamos
bem melhor que enfiar um palito...
— Vôte, vocês enfiavam palito na bunda pra que? E vc. em
quem sempre confiei, quer que eu substitua uma coisa que nunca usei, por outra,
indecente?
—Seu idiota, está passando dos limites, respeite as pessoas
que sempre lhe respeitaram. Não tolero maledicências, ainda que sejam por
ignorância!
— Não sou ignorante, mas, palito não é, mais, pra palitar os
dentes?
— Quer saber de uma coisa? Não estou pra perder tempo, vá à
merda!
— Vixe, o homem zangou-se...
– Me ensine o caminho, que vc. já está nela...
— Seu filho de uma égua, vá pra pqp , antes que me esqueça!
— Credo, não sei com quem casei minha filha, nem parece com
um doutor diplomado! Prucure sua mãezinha e peça perdão, filho disgramado...!
Esse
diálogo, muito pouco ilustrativo, fez-me inticar com meu amigo: “Você não deu o
troco?”
E ele, “não,
deixei pra mais tarde, pra meter num amigo meu...” pois não é que, também,
zangou-se?
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