Márcio Antônio Monteiro Nobre*
A porta do quarto de dormir se
fechou, lá dentro duas criaturas ávidas de puro amor, afetivo e carnal. Só a
imaginação dos daqui de fora, apenas em pensamentos e conjecturas imaginavam as
cenas de volúpias que aconteceriam naquela alcova limpa e perfumada; nada se
ouvia, nem sons de qualquer sintonia demonstrando ali haver rumores de amor,
expectativa aumentava naqueles que fora a curiosidade que fervilhava, e a
impaciência que crescia sem notícia alguma do quadrado de amor ali próximo. Era
dia de casamento, e a lua de mel deveras enlouquecida para ato tão sublime,
consagrando a união do casal do ambiente preparado para recebê-los. Horas
passando, deixando todos àqueles que queriam a todo custo entender o que ali se
desenvolvia, surpresos viram o vento que se avizinhou em abrir a porta que não
estava travada, mostrando cena de surpresa para todos, que deitados com as
roupas ainda do casamento em sono profundo, pois a bebida os deixou nesse
estado de deixar pra depois.
*Márcio é Advogado e Professor
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