terça-feira, 26 de junho de 2012

DROGAS: ASSUNTO DE SEGURANÇA NACIONAL





Marcus V. C. Spinelli
            De São Lourenço(MG)

Nessa brincadeira de escrever, irei falar de coisa séria, muito séria, pois, preocupado com o avanço do tráfico e do consumo de drogas na sociedade brasileira, principalmente entre crianças e jovens, farei algumas ilações e comentários sobre o tema. Nas questões que colocarei adiante, procurarei justificar o título da matéria.
Sei que este é um assunto de grande complexidade e que gera, por via de consequência, grandes polêmicas exige muita cautela no seu trato pois a droga, ou melhor, o seu uso traz enormes prejuízos à sociedade, ao estado, à economia, enfim, espalha malefícios em todos os setores dessa sociedade, principalmente no âmbito das famílias que têm entre seus membros, algum dependente.
Não quero e não cabe aqui enveredar nas razões que levam o Estado brasileiro a agir tão timidamente no combate ao tráfico e ao uso de drogas. Quero apenas enfatizar essa realidade sem, contudo, evocar preceitos constitucionais demonstrando que esse fato, por si só, torna o Estado responsável por todas as consequências dele decorrentes, tais como: lavagem de dinheiro, tráfico de armas, assaltos, arrastões, sequestros relâmpagos, etc. e o mais preocupante que é a degeneração da população ativa tanto quanto daquela que ainda será ativa.
Isso está levando o país a perder toda sorte de profissionais e prejudicando todos os setores da economia, além do enorme gasto com a previdência social.
Só para efeito de raciocínio, farei abaixo, uma pergunta que automaticamente remeterá a outras duas cruciais, hipotéticas, é bem verdade, mas não descartáveis tendo em vista a grande e rápida disseminação do uso de alucinógenos , principalmente os sintéticos. A pergunta é: caso a população brasileira, toda ou em parte, for contaminada pelo uso de drogas, quem nesse caso iria gerir a nação? A quem isso interessaria? Respondendo a primeira: Com certeza a nação brasileira ficaria acéfala ou, na melhor das hipóteses, totalmente ineficaz. A resposta à segunda pergunta é óbvia, com certeza iria interessar aos grandes grupos nacionais e internacionais de narcotraficantes, contrabandistas e, de quebra, atrairia para cá todo tipo de caterva: facínoras de toda a espécie, com intuito de apenas se locupletarem e dilapidarem o imenso patrimônio brasileiro.
Também sei que não é muito raro e como diz um ditado popular: “miséria pouca é tiquim”, eis que surge, para completar a falência da sociedade brasileira, um namoro bizarro e bastante nocivo: a banda podre (só uma banda, não seriam três quartos?) da política nacional com essas forças obscuras acima citadas. Aí aflora, das profundezas do inferno, “cachoeiras” de malefícios para nós, pobres mortais, que não temos como nos defender dessa horda voraz que ainda encontra tênue resistência nas organizações não governamentais e no poder judiciário que padece de falta de recursos e de uma legislação mais eficaz. O poder legislativo não se empenha em aprovar essas leis, por quis razões, não sei.
Por outro lado, a ineficiência do Estado brasileiro no combate ao tráfico de drogas, o faz certamente responsável pela degradação da saúde física e mental do usuário, bem como de sua família que também adoece, junto com o usuário. Nesse caso constato que o Estado é negligente, dispensando pouca ou quase nenhuma prioridade para a resolução desse problema. Falta vontade política!
Essa falta de vontade política nos três poderes da União reflete-se nas três esferas de governo e gera leis frouxas para combater o tráfico e induz a ações tímidas e acanhadas na recuperação dos usuário e de suas famílias .
É chover no molhado dizer que urge ao governo fazer investimento pesados, tanto na prevenção quanto na recuperação dos dependentes. Pelo lado da prevenção basta que o governo dê condições adequadas às policias, tanto salariais quanto materiais como: equipamentos efetivo compatível e treinado para fazer face às nossas extensas fronteiras e às nossas grandes cidade, com suas grandes favelas que com suas topografias peculiares facilitam as ações dos traficantes e afins. Com relação à recuperação, o governo deveria construir centros fechados para a recuperação de usuários em todas as capitais e grandes cidades do interior, com estrutura e “staff” competente para receber e tratar os internos que busquem essas instituições voluntariamente bem como aqueles que tiverem internação compulsória.
Agindo assim o Estado brasileiro resgataria a grande dívida que tem nessa área além de amparar os usuários e suas famílias estabelecendo, inclusive, um programa de acompanhamento pós-clínico, buscando  inseri-los ou reinseri-los no mercado de trabalho e no convívio social.
Eureka!!! Com uma única tacada o Estado estaria se livrando ou, no mínimo, atenuando esse grave problema social e trazendo benefícios para a economia por inserir ou reinserir esses cidadãos como elementos produtivos e úteis à sociedade.
Para dar corpo a todas essas sugestões, sugiro também que o governo crie uma secretaria de nível ministerial, diretamente vinculada à presidência da república, com projeções em todos os Estados da federação e que conte com um conselho formado por entes do próprio governo, tais com Ministério Público, Polícia Federal e Organizações Não Governamentais  - ONGs. 
É preciso extirpar esse câncer que está matando lentamente a sociedade brasileira.

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