De São Lourenço(MG)
Nessa
brincadeira de escrever, irei falar de coisa séria, muito séria, pois,
preocupado com o avanço do tráfico e do consumo de drogas na sociedade
brasileira, principalmente entre crianças e jovens, farei algumas ilações e
comentários sobre o tema. Nas questões que colocarei adiante, procurarei
justificar o título da matéria.
Sei que este é
um assunto de grande complexidade e que gera, por via de consequência, grandes
polêmicas exige muita cautela no seu trato pois a droga, ou melhor, o seu uso
traz enormes prejuízos à sociedade, ao estado, à economia, enfim, espalha
malefícios em todos os setores dessa sociedade, principalmente no âmbito das
famílias que têm entre seus membros, algum dependente.
Não quero e
não cabe aqui enveredar nas razões que levam o Estado brasileiro a agir tão
timidamente no combate ao tráfico e ao uso de drogas. Quero apenas enfatizar
essa realidade sem, contudo, evocar preceitos constitucionais demonstrando que
esse fato, por si só, torna o Estado responsável por todas as consequências
dele decorrentes, tais como: lavagem de dinheiro, tráfico de armas, assaltos,
arrastões, sequestros relâmpagos, etc. e o mais preocupante que é a degeneração
da população ativa tanto quanto daquela que ainda será ativa.
Isso está
levando o país a perder toda sorte de profissionais e prejudicando todos os
setores da economia, além do enorme gasto com a previdência social.
Só para efeito
de raciocínio, farei abaixo, uma pergunta que automaticamente remeterá a outras
duas cruciais, hipotéticas, é bem verdade, mas não descartáveis tendo em vista
a grande e rápida disseminação do uso de alucinógenos , principalmente os
sintéticos. A pergunta é: caso a população brasileira, toda ou em parte, for
contaminada pelo uso de drogas, quem nesse caso iria gerir a nação? A quem isso
interessaria? Respondendo a primeira: Com certeza a nação brasileira ficaria
acéfala ou, na melhor das hipóteses, totalmente ineficaz. A resposta à segunda pergunta
é óbvia, com certeza iria interessar aos grandes grupos nacionais e
internacionais de narcotraficantes, contrabandistas e, de quebra, atrairia para
cá todo tipo de caterva: facínoras de toda a espécie, com intuito de apenas se
locupletarem e dilapidarem o imenso patrimônio brasileiro.
Também sei que
não é muito raro e como diz um ditado popular: “miséria pouca é tiquim”, eis
que surge, para completar a falência da sociedade brasileira, um namoro bizarro
e bastante nocivo: a banda podre (só uma banda, não seriam três quartos?) da
política nacional com essas forças obscuras acima citadas. Aí aflora, das
profundezas do inferno, “cachoeiras” de malefícios para nós, pobres mortais,
que não temos como nos defender dessa horda voraz que ainda encontra tênue
resistência nas organizações não governamentais e no poder judiciário que
padece de falta de recursos e de uma legislação mais eficaz. O poder
legislativo não se empenha em aprovar essas leis, por quis razões, não sei.
Por outro
lado, a ineficiência do Estado brasileiro no combate ao tráfico de drogas, o
faz certamente responsável pela degradação da saúde física e mental do usuário,
bem como de sua família que também adoece, junto com o usuário. Nesse caso
constato que o Estado é negligente, dispensando pouca ou quase nenhuma
prioridade para a resolução desse problema. Falta vontade política!
Essa falta de
vontade política nos três poderes da União reflete-se nas três esferas de
governo e gera leis frouxas para combater o tráfico e induz a ações tímidas e
acanhadas na recuperação dos usuário e de suas famílias .
É chover no
molhado dizer que urge ao governo fazer investimento pesados, tanto na
prevenção quanto na recuperação dos dependentes. Pelo lado da prevenção basta
que o governo dê condições adequadas às policias, tanto salariais quanto
materiais como: equipamentos efetivo compatível e treinado para fazer face às
nossas extensas fronteiras e às nossas grandes cidade, com suas grandes favelas
que com suas topografias peculiares facilitam as ações dos traficantes e afins.
Com relação à recuperação, o governo deveria construir centros fechados para a
recuperação de usuários em todas as capitais e grandes cidades do interior, com
estrutura e “staff” competente para receber e tratar os internos que busquem
essas instituições voluntariamente bem como aqueles que tiverem internação
compulsória.
Agindo assim o
Estado brasileiro resgataria a grande dívida que tem nessa área além de amparar
os usuários e suas famílias estabelecendo, inclusive, um programa de
acompanhamento pós-clínico, buscando
inseri-los ou reinseri-los no mercado de trabalho e no convívio social.
Eureka!!! Com
uma única tacada o Estado estaria se livrando ou, no mínimo, atenuando esse
grave problema social e trazendo benefícios para a economia por inserir ou
reinserir esses cidadãos como elementos produtivos e úteis à sociedade.
Para dar corpo
a todas essas sugestões, sugiro também que o governo crie uma secretaria de
nível ministerial, diretamente vinculada à presidência da república, com
projeções em todos os Estados da federação e que conte com um conselho formado
por entes do próprio governo, tais com Ministério Público, Polícia Federal e
Organizações Não Governamentais -
ONGs.
É preciso extirpar esse câncer que está matando
lentamente a sociedade brasileira.
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