A.
J. de O. Monteiro
Quase todos os dias nos deparamos com
manchetes publicadas na “grande” imprensa nacional denunciando um novo
escândalo geralmente protagonizado por políticos, agentes públicos e
empreiteiros e, ocasionalmente, um contraventor, tamanha a permissividade que
se instalou na administração pública. E isso não é novidade. A novidade é que
já não se distingue mais ideologias e convicções entre partidos políticos e
políticos. É uma mixórdia. Um lamaçal multicor.
Denunciam-se
escândalos em todas as Unidades da Federação: do A de Acre ao S de Sergipe.
Estranhamente escapa dessa “onda”, o Piauí. O porquê, não se sabe, ou melhor,
só a tal grande imprensa não sabe.
Nós
Piauienses sabemos. Sabemos que aqui existem escândalos de toda ordem e
grandeza: corrupção, malversação de dinheiro público, nepotismo e etc.
O
caso SERVAZ, envolvendo a Estatal AGESPISA, que deixou vazar de suas tubulações
milhões e milhões de Reais que não foram desaguar no velho monge. Foram cair
nas cisternas de políticos e empresários inescrupulosos. E foram muitos que
disseram: dessa água eu bebi.
A
construção de pontes, estradas, açudes, hospitais e adutoras que se arrastam
por décadas feito obra de catedral ensejando a políticos amarrarem incontáveis
reeleições explorando a expectativa do povo e, principalmente sugar do erário
os recursos oriundos dos bolsos desse mesmo povo – o contribuinte. Durante todo
o tempo em que essas obras se arrastam, centenas de ajustes e revisões são
feitos triplicando as vezes o valor do projeto inicial. E ai todos se beneficiam:
políticos, agentes públicos e empreiteiros, menos a população destinatária de
tais obras e que apenas espera e sofre calada.
E tudo isso ocorre ante os olhos vendados da justiça, da boca costurada
(não se sabe por quais fios) da imprensa local e dos ouvidos moucos
dos órgãos fiscalizadores.
O
patrimonialismo é a regra e o compromisso com a coisa pública é a exceção, se é
que existe exceção. O nepotismo – instituição milenar – é praticado
despudoradamente nas fuças da população ora indiferente, ora impotente, que
assiste a distribuição de cargos públicos entre parentes, amigos e apaniguados
dos detentores do poder. De todos os poderes e nos diversos níveis da
administração Pública. Nem mesmo os órgãos colegiados, a exemplo do TCE, escapam do rateio. Ignoram desfaçadamente os
requisitos essenciais ao exercício de tais funções que são: Alto saber jurídico
e reputação ilibada (que bicho é esse?). Às favas com tudo isso! Eles querem
mesmo é se locupletar!
Alô
Brasil, o Piauí existe e seu povo sofre!
Um comentário:
Pura v erdade!
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