A. J. de O.
Monteiro
Lá estava eu
perambulando pelo mundo exterior, na cotidiana luta pela sobrevivência, catando
migalhas, restos de comida caídos no chão, quando aquela densa nuvem me
envolveu completamente. O odor era inconfundível: Inseticida! Desesperado e
quase sem forças corri para o ralo, que era nossa comunicação com o mundo
exterior. Joguei-me ralo abaixo semi-inconsciente. Movia-me o puro instinto.
Senti todo meu exoesqueleto estalar ao chocar-se em decúbito dorsal com o
cimento úmido do esgoto. Tudo escureceu.
Acordei
sentindo dores por todo o corpo e minha cabeça doía a ponto de explodir e uma
sede como nunca sentira antes me atormentava. Parecia que todo o líquido da
minha composição química evaporara. Pensei (pensei?): - Os humanos
desenvolveram uma nova e poderosa arma na sua eterna luta por exterminar-nos...
Tentei virar-me e caminhar em busca de água e aplacar aquela terrível sede.
Balancei as pernas com toda a força que me restou e aí veio o primeiro susto:
faltavam-me as pernas mesotoráxicas, mas, paciência, conheço muitas baratas que
se saem muito bem sem elas, devem ter-se desprendido na queda. Liberei o que
ainda retinha de feronômios na tentativa de atrair os demais membros da
colônia, mas eles não se aproximaram, ficaram distante agitando freneticamente
suas antenas e olhavam pra mim com expressão de pavor. Invoquei Barateus
enquanto continuava agitando as patas restantes e, como num milagre, consegui
virar-me. Agradeci e arrastei-me penosamente em direção a uma poça d’água para
aliviar aquela sede lancinante.
Chegando à
poça abaixei a cabeça para beber e o terror apoderou-se de mim. Um humano me
espreitava. Orei à Barateus e esperei o golpe fatal. Alguns segundos e nada.
Olhei pros lados, pra trás e vi apenas minhas semelhantes à mesma distância e
com o mesmo olhar aparvalhado. Olhei pra cima e nada, apenas o teto gotejando
sua eterna água. Olhei novamente pra baixo e lá estava o horrível ser. Foi
então que se abateu sobre mim uma angustiante dúvida: teria eu me transmutado?
Fora aquela nova arma dos humanos a causadora dessa metamorfose pela qual
semelhante algum jamais passara?
Ainda
chocado e tentando entender o que se passava, querendo crer que vivia apenas um
pesadelo, pus-me de pé e pude ver, por inteiro, aquele horrendo ser no qual me
transformara. A repugnante aparência justificava, enfim, o comportamento
arredio e amedrontado de meus semelhantes mas, mesmo assim deliberei ir
aconselhar-me com os sábios da colônia. Com a minha aproximação todos fugiram
em desabalada carreira para se refugiarem na segurança de suas escuras locas.
Desesperado e me sentido abandonado, sentei e chorei (chorei?). Por Barateus,
agora até sentimentos humanos estão se manifestando em mim?...
Rejeitado
pelos meus semelhantes, resolvi seguir para o mundo exterior, o mundo dos
humanos, em busca de explicações para a tragédia que se abateu sobre minha
vida... Caminhei um pouco e logo deparei com uma passagem para aquele estranho
mundo. Reparei que estava sem a proteção que os humanos colocam para nos
segregarem, o que me permitiria a passagem. Hesitei um pouco temendo o que ali
encontraria, mas, convicto de que somente entre eles obteria respostas para meu
infortúnio, fui!
Subi com
alguma dificuldade, pois ainda não tinha total domínio sobre aquele estranha
morfologia e, ainda por cima, incomodado pela intensa luminosidade que
penetrava pela passagem e feria meus olhos acostumados à penumbra do esgoto.
Com muito custo atingi a superfície. O choque foi enorme e quase me fez
desistir. Tanto barulho... Humanos gritando e movendo-se para todos os lados
com se não tivessem nenhum objetivo. Máquinas de metal que pareciam besouros
passavam em alta velocidade próximas à minha cabeça, soltando uma fumaça de
odor agradável – com certeza não é inseticida – e soltando ganidos
ensurdecedores que me fizeram ficar zonzo e desorientado. Pensei novamente em
voltar para a tranquilidade do esgoto, mas prossegui... Pus-me todo pra fora do
esgoto e um grito ecoou: “UM HOMEM NU”! A barulheira aumentou; mais correria,
empurrões, pessoas caindo e sendo pisoteadas e eu sem nada entender olhava para
todos os lados sem saber o que fazer até que dois enormes humanos, usando o
mesmo tipo de carapaça agarraram-me, me jogaram no chão e imobilizaram minhas
patas anteriores com dois anéis de metal, reergueram-me e me empurram para
dentro de um daqueles besouros de metal que saiu em alta velocidade, fazendo-me
chacoalhar lá dentro há ponto de machucar-me. O seu ganido era continuo e tão
alto que pensei (pensei?) fosse meu cérebro explodir.
Não sei
quanto tempo durou aquela agonia. A minha noção de tempo e espaço ortóptera
estava totalmente confusa naquela dimensão. Não conseguia orientar-me sem
minhas antenas... Mas o besouro parou e rapidamente me tiraram de suas
entranhas e me arrastaram prá dentro de uma enorme loca com muitos humanos em
seu interior, usando o mesmo tipo de carapaça, exceto um, que postado em posição
acima dos demais, me pareceu o líder. Para diante dele me levaram. Comunicaram
algo a ele que, levantando a cabeça, disse: “Cubram o elemento com qualquer
coisa... isso é uma indecência... atentado violento ao pudor...” Assustei-me
(assustei-me?) ao entender perfeitamente o que ele dizia. Seria eu, realmente,
um humano?
Meteram-me
dentro de uma carapaça impregnada do nauseabundo cheiro de humanos e me levaram
novamente ao líder que, dirigindo-se a mim, perguntou: “Seu nome?” Ante meu
silêncio e meu olhar atônito, vociferou: “Diga seu nome ou vai pro pau...”
Apavorado (apavorado?), respondi: Não tenho nome líder, baratas não têm nome...
Gargalhada geral e um soco na mesa. “Você é louco ou está zombando de minha
autoridade?” Respondi timidamente: Não líder, não estou zombando de sua
autoridade, sou realmente uma barata – um ortóptero – que assumiu esta forma
humana inexplicavelmente após ser atingido por uma forte dose de inseticida
quando, na noite passada, procurava alimentos... Ouvi alguém dizer: “É droga,
ele está é cheio de droga.” O líder, que parecia também ser um sábio, olhou nos
meus olhos e disse:” Não, não me parece drogado, parece-me estar passando por
uma crise de identidade provocada por algum choque violento. Recolham-no a uma
colônia para tratamento imediato e depois verei que providências tomar...” Ao
ouvir a palavra colônia sorri (sorri?) aliviado e pensei: Ele entendeu que sou
realmente uma barata e está me mandando de volta ao meu mundo. Dou graças à
Barateus! Ele também e sorriu e ordenou: “Levem-no, tenho mais o que fazer...”
De novo
dentro do besouro metálico chacoalhando e suportando aquele ganido contínuo e
ensurdecedor. De novo não consegui precisar o tempo e o espaço percorridos até
o besouro parar e eu ser, de novo, retirado do seu interior e ser levado para
uma loca muito maior que a do líder e..., frustração (frustração?). Era uma
colônia de humanos... Ante um novo líder que chamou outro membro da colônia e
determinou: “Levem-no para junto dos demais...” Levaram-me.
Vi-me então
num enorme pátio junto com muitos humanos bem estranhos, bem mais estranhos que
aqueles que até então conhecera. Andavam a esmo uns, outros se mantinham
encaracolados em cantos de paredes. Alguns choravam desesperadamente, alguns
outros riam em descontrole. Uns estavam completamente nus, outros vestiam
carapaças bem mais estranhas que as dos humanos normais (normais?). Observei
que não se comunicavam, não se olhavam. Entrecruzam-se completamente alheios a
presença uns dos outros. Estranha colônia, esta, bem diferente da minha, onde
todos se conhecem, cumprimentam-se cortesmente com toques de antenas e outros
códigos próprios.
Naquela
colônia se é castigado por tudo: por chorar ou por sorri; por comer muito ou
por se recusar a comer; por dormir demais ou por não dormir... Os soldados da
colônia são brutais e sádicos, batem em nós com varas finas e compridas que
provocam muita dor e marcas que custam desaparecer. Quando algum membro da colônia
reage é dominado e submetido a toda sorte de sevícia moral e física, quando não
o atiram em minúsculas locas onde o infeliz fica privado da luz do sol - tão
necessária a eles - sem poder mover-se e sem receber alimentação!
Não sei há
quanto tempo já estava ali, submetido à mais degradante condição que um ser
humano (ser humano?) pode suportar quando, certo dia, apareceu diante de mim, o
líder, o líder que ordenou meu recolhimento àquele inferno, mas, estranhamente,
fiquei feliz em vê-lo. Aproximou-se, sorriu e tocou meu ombro. Esquivei-me do
contato por medo e asco (medo e asco?), mas logo cedi. Algo naquele humano é
diferente, há alguma coisa que nos aproxima. Teria sido ele uma barata
submetida a essa mesma metamorfose atípica pela qual passei? Não sei, mas, para
Barateus tudo é possível, seus mistérios são insondáveis a nós, meros
ortópteros mortais. Ficamos um bom tempo nos observando sem nada falar até que
ele quebrou o silêncio e perguntou: “Então Sr. Barata, como estão as coisas?
Como tem sido seus dias aqui? Tem sido bem tratado?” Confiante (confiante?)
contei-lhe tudo. Todos os maus tratos aos quais somos submetidos, eu e os
demais membros da colônia. Ele ouviu e falou parecendo indignado: “Isso não é
possível, vou tomar providências. Esses sádicos hão de pagar por essas
vilanias... Esses pobres coitados... vocês, não podem ser tratados de forma tão
cruel... Quanto a você, amigo barata, vou levá-lo para minha casa e, juntamente
com minha esposa e filhos, ressocializá-lo, torná-lo útil à sociedade e por ela
ser aceito. Sinto que em alguma época já foi assim. Vamos, você já sofreu
demais.”
Desta vez
entrei no besouro metálico e sentei-me ao lado do líder e saímos. Algum tempo
depois ele parou e disse: “Vou comprar roupas decentes para você.” Roupas? O
que seria isso? Logo voltou carregado de pacotes e disse, parecendo ter lido
meus pensamentos: “São coisas que vamos precisar para iniciar o processo de
ressocialização, para que você possa ficar entre nós, sem causar e nem sofrer
constrangimentos.”
No trajeto
até sua loca (que ele chamou de casa), foi me ensinando como agir diante dos
humanos. Ensinou-me métodos de higiene pessoal, como comportar-me à mesa,
enfim, como agir civilizadamente.
Ante tanta
boa vontade e preocupação do líder, vi-me na obrigação de ser sincero
(sincero?) com ele. Disse-lhe que sentia certa aversão ao contato com os
humanos, que a alimentação que me era imposta provocava-me náuseas. Contei-lhe
que na colônia me obrigavam comer sob ameaça de varadas, mas que na ausência
dos guardas regurgitava tudo o que engolia em locais afastados de suas vistas e
comia novamente após alguns dias quando o alimento se tornava aceitável ao meu
paladar de ortóptero. Ele olhou prá mim, sorriu novamente e disse: “Entendo,
mas você vai ter que se esforçar. Comer e reter o alimento, caso contrário tudo
vai por água abaixo e terá que retornar para a colônia.” Essa possibilidade me
fez tremer e disse-lhe então: vou me esforçar, prometo.
Antes ainda
de chegar à sua loca, passou pela colônia onde é líder, entregou-me algumas
carapaças de humanos e ordenou: “Vá lavar-se.” Lavar-me, o que é isso? Sorriu
compreensivamente e determinou que um operário da colônia me acompanhasse e
ensinasse lavar-me e vestir-me. Quando voltei ele olhou prá mim e com um largo
sorriso nos lábios disse: “Agora sim, temos aqui um verdadeiro homem, vestido
como tal.” Não disse nada, mas não me sentia como tal. Entramos no besouro e
seguimos então para sua loca, digo, casa.
Na casa
esperavam por nós, sua fêmea e dois filhotes, o que estranhei. Apenas dois?
Trataram-me com cuidado e curiosidade. A fêmea, logo se retirou dizendo: “Vou
preparar o almoço, fique a vontade.” Os filhotes, que não consegui distinguir
se eram macho ou fêmea, mantiveram-se à distância comunicando-se baixinho, mostravam
suas línguas asquerosas e faziam trejeitos estranhos. Não me agradaram, mas
procurei entender. São filhotes e filhotes são assim mesmo, irreverentes, sejam
de que espécimes forem... Logo a fêmea voltou dizendo: “Vamos almoçar, a mesa
está posta.” É agora, pensei, o grande teste, não posso decepcionar o líder.
Ele olhou prá mim, abaixou a membrana
ocular e falou baixinho: “Vamos, você vai conseguir, fique me observando e
repetindo tudo o que faço.” Assim fiz, ingeri todo o alimento que o líder fez
questão de me oferecer, contendo o nojo e esforçando-me para não regurgitar, consegui.
O líder repetiu o gesto anterior, dizendo: “Para a sala, assistir televisão
(???) e conversar”. Os filhotes sumiram e ficamos só nos três, o líder, a fêmea
e eu de frente para um caixote brilhante onde numa velocidade incrível
apareciam humanos cantando, dançando e falando coisas que não entendia. Minha
cabeça começou a rodar e de repente senti vontade de expelir meus dejetos
orgânicos e o fiz naturalmente, como qualquer ortóptero, ali mesmo. Foi um
pandemônio, a fêmea pareceu entrar em transe, começou a gesticular e gritar e
correr feito barata tonta: “O que é isso, que imundície é essa? Tire esse
animal daqui! Que horror, defecar em plena sala... Leve-o já daqui... que
nojo!” O líder olhou prá mim, com um olhar estranho e disse: “Você não deveria
ter feito isso. Vamos embora.” Levantou a parte traseira do seu besouro, me
mandou entrar, fechou e senti o besouro sair em alta velocidade.
Voltamos a
sua colônia, onde ele chamou o mesmo operário que me atendeu anteriormente,
ordenando: “Leve-o para o banho e dê-lhe outras roupas, ficarei esperando aqui.”
O líder estava zangado. Fiquei triste novamente. Quando voltei ele parecia mais
calmo e falou sem aspereza: “Você vai ter que voltar para a colônia... Ainda
não está preparado para o convívio social, mas não se preocupe, não será
maltratado novamente... Denunciei às autoridades competentes o que ocorria ali.
Demitiram toda a diretoria e vários funcionários. Além disso, irei visitá-lo todos
os fins de semana. Vamos, já providenciei tudo”.
O que vi e
senti ao chegar à colônia, em nada me agradou. Não é mais um ambiente
apropriado às baratas, tudo muito limpo e com cheiro de locas humanas, mas,
enfim, como prometi ao líder, vou tentar acostumar-me já que é meu destino...
assim Barateus designou, devo conformar-me.
Como afirmou
em nossa despedida, todos os fins de semana o líder vem visita-me, inspeciona tudo,
faz-me perguntas sobre o tratamento que recebo bem como os demais membros da
colônia e me leva prá passear em seu besouro. Levou-me a uma enorme loca que
ele chama de “estádio”, onde uma multidão de humanos fica um bom tempo sentada,
olhando uns humanos, lá embaixo correndo feito baratas tontas atrás de uma
esfera branca. Os de cima gritam, pulam, abraçam-se... Depois de um bom tempo
os lá de baixo voltam para as suas locas e os de cima saem. O líder, muito
alegre, olhou prá mim e disse: “ganhamos.” Ganhamos o que? pensei.
E assim
transcorriam os finais de semana..., passeios no besouro, caminhadas em matas e
assim por diante. Um dia levou-me a um lugar muito bonito, com uma enorme poça
d’água que parecia viva e com muita areia em volta. Ali os humanos pareciam
mais felizes. Corriam, pulavam na poça... a maioria ficava deitada na areia
dormindo... usavam carapaças bem pequenas, o que achei bastante contraditório
em relação ao estardalhaço que fizeram quando cheguei ao mundo deles, lembram?
Na última
visita, o líder chegou muito estranho, vestindo uma carapaça bastante colorida
e trazendo enrolado no pescoço uns anéis de flores... Sorria e balançava o
corpo sem parar. Jogou em mim uma carapaça igual a sua e disse: “Viste isso e
vamos prá folia, hoje é carnaval.” Nada entendi, mas vesti e me senti ridículo –
uma barata colorida, onde já se viu? Espero que nenhum semelhante me veja
assim, vai ser um escândalo na colônia. Fomos então para a tal folia. Melhor
seria dizer baderna. Uma multidão de humanos no meio da rua pulando que nem
loucos. Machos e fêmeas sacudindo corpos e patas como se estivessem nos estertores
da morte. Gritos, uivos e ganidos ininteligíveis... Eu, sem nada entender, era
jogado de um lado pra o outro, abraçado, beijado (que nojo), procurava
manter-me ao lado do líder para não me perder, pois não saberia voltar sozinho
para a colônia. De repente o líder surgiu com um cilindro metálico, amarelo
ouro, que ao ser apertado lança uma nuvem branca (seria inseticida?) que ele apara
em um pedaço de pano com o qual comprime o nariz. O líder está cada vez mais
agitado e voltando-se prá mim diz: “Cheira, é bom!” – o que é isso líder...
quer que eu morra? – “Que nada, rapaz, cheira que dá o maior barato, vai...”
Soltou uma gargalhada como se tivesse sido muito engraçado. Cheirei, da mesma
maneira que ele e o que senti foi horrível, fiquei zonzo, senti náusea e ânsia
de vômito, meu corpo começou a tremer por inteiro e enrugar-se e uma pressão
interna me dava a impressão de que iria explodir... Em estado de semi
consciência, apenas ouvi um grito: “Uma barata!” e outros gritos: “Mata! Pisa nela!
Nesse sufoco, consegui ainda ver o líder agachar-se sobre mim, pegar-me em sua
mão e correr. Correu até encontrar um buraco de esgoto, no qual me jogou,
dizendo: “Vai, some, baratinha, volta aos teus... Um baque, uma dor lancinante
e, novamente, a escuridão.
Abri os
olhos lentamente, sentindo uma brutal dor de cabeça e uma sede insuportável...
Estava em decúbito dorsal, balançando todas as minhas seis patas tentando
virar-me, ajudado pelos demais membros da colônia. Quando consegui, com a ajuda
deles, arrastei-me até uma poça d’água e bebi freneticamente, observando minha
bela cara refletida e respirando aliviadamente. Foi um pesadelo ou um delírio
provocado pela inalação excessiva de veneno. Não contarei nada a ninguém, nem
aos sábios, pois certamente me tomarão por louco e me mandarão para um asilo de
baratas tontas...
*metamorfose. (espero que Kafka me perdoe por essa brincadeira despretenciosa).
Um comentário:
Credo, essa foi genial! Kafka vai se queixar a Barateus que tem gente dele sacaneando com com os sonhadores... De agora em diante irei prestar mais atenção às baratas, vôte!
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