Poncion
Rodrigues
A
velha Espanha, que deu ao mundo os geniais Cervantes e Picasso, entre
incontáveis outros ícones da boa qualidade na produção humana, também tem horrorizado
a dignidade ao longo da sua sinuosa história. Vejamos: Que país foi palco da
mais selvagem ação, durante a chamada Santa (aliás, santíssima) Inquisição?
Emblemática foi a figura do padre Torquemada, príncipe das torturas e das
fogueiras que, com patológica dedicação, perpetrou as perversidades determinadas
pelos tribunais do Santo Ofício. Que país promoveu o genocídio contra as
civilizações pré-colombianas, apagando com crueldade e ignorância histórica a
pujança de MAIAS, INCAS E ASTECAS? Já na contemporaneidade, qual nação,
dita civilizada, patrocinaria, através dos seus líderes, o genocídio de parte do seu próprio, como fez a
Espanha “revolucionária” do generalíssimo Francisco Franco? Seu estilo
materializou-se no bombardeio de Guernica, imortalizado na obra do bom espanhol
Pablo Picasso, que envergonhado diante do banho de sangue entregou-se ao autoexílio.
Naquela época, Franco já flertava com a Alemanha nazista e recebeu de Hitler
apoio político e também bélico, pouco antes de a loucura alemã incendiar a
Europa.
Sob Franco, a Espanha consolidou
sua vocação de estado policial que ainda hoje é presente, disfarçado de país
moderno e democrático. Seu rei, se bem observado, apresenta olhar soturno e
ibérica feiura, produto dos cruzamentos consanguíneos na nobreza europeia.
Sibilino, o país das touradas
repleto de chifres e de castanholas protagoniza uma robusta presença financeira
em nosso país. Seu grupo SANTANDER já
engole um naco importante do Brasil e avança célere em todos os ramos. Da
telefonia à indústria hoteleira, lá estão eles. Os espanhóis que nos visitam
curtem com avidez a nossa abundante oferta de turismo sexual. Em contrapartida,
os “bravos” descendentes de EL-CID nos tratam como criminosos em seu país.
Humilham nas dependências do seu aeroporto-prisão de Madrid, turistas,
estudantes e profissionais em viagens científicas, inclusive aqueles que
estiverem apenas em escalas de voos, destinados a outros países.
Sofrendo sede e fome, confinados, incomunicáveis
e insultados, nossos compatriotas são lá chamados de “porcos” e “cachorros”
pelos seus algozes. Esquecem os vermes que porcos e cachorros são animais
infinitamente mais nobres do que aquele povo de negra história.
O que dizer de uma gente que
compraz, emitindo urros trogloditas diante do sádico massacre de um pobre
touro? Naquele momento eles babam de prazer. É a herança coletiva da pátria de
Torquemada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário