segunda-feira, 14 de julho de 2014

REVISTA




Isaias Coelho Marques

infinitamente sou levado a viajar
no que ficou além de mim.
Meu ranger de ossos,
meu trincar de dentes,
tudo isso foi
quando ainda era eu,
o que podia,
o que queria,
quase como um príncipe,
melhor que Teseu.

Abaixo da linha
onde não divisava
melhores dias
nem mulheres lindas,
fiquei acorrentado.

Sou todo infinito
e morto em mim.
Sorriso amarelado
de quem entendeu
e deixou p’ra depois...

Sou todo vida
e findo em meu próprio fim.

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