Poncion Rodrigues*
Parece existir algo de
patológico no ódio gratuito e inconsequente que nossa gerenta nutre pela classe médica brasileira.
Além da ideologia
bolivariana que impõe a presença de “médicos” cubanos com frágil formação
acadêmica, por isso mesmo dispensados de submeter-se ao constrangimento da
revalidação, e trabalhando nos casebres apelidados de “Postos de Saúde”,
constata-se uma espécie de mágoa secreta contra o profissional médico
brasileiro.
É comprovado que todo
indivíduo adulto terá sido resultado de experiências vividas, das feridas da
alma e das frustrações de sonhos, além, é claro,de vitórias e conquistas que
tenham vivenciado.E que lhe moldaram o caráter e o espírito.
Imaginemos uma menina
pré-adolescente que sonhava com a carreira médica, na idealização do futuro, em
sua cabecinha infanto-juvenil. Alguns anos depois, enquanto jovens
universitários corriam em busca de suas sonhadas profissões, nossa heroína
empunhava armas de fogo assaltando bancos para financiar a luta preconizada
pela ideologia da ditadura de esquerda, que
então lhe seduzira a mente
receptiva, encantada com a ilha mágica de Fidel Castro e Che Guevara.
Dezenas de anos após, no
país sacolejado por seguidas crises de identidade, encontramos nossa quase
futura médica, cujo único predicado era ser cúmplice, digo, amiga, do rei;
ligação que terminou lhe catapultando aos píncaros do poder real.
Agora ela estava no comando,
e as feridas geradoras do caráter prepotente dariam o tom de sua patética
passagem pelo poder. Foi então que a gigantescas frustrações, hospedadas nas
abissais profundezas de sua alma em ebulição explodiram contra cada médico
brasileiro que ela não conseguira ser.
Entenda-se portanto, e se
possível, perdoe-se, as hostilidades perpetradas por sua excelência contra a
classe médica, não como mais uma, dentre suas incontáveis peraltices (
petrolíferas ou não) e sim uma enfermidade corrosiva que vem acometendo sua
alma medíocre e inquieta.
*Poncion Rodrigues é Médico.
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