Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira.
É
cheia de areia. Rodeada de calçadas por todos os lados. E as calçadas cheias de
bancos.
Bancos
usados para sentar. Bancos usados para descansar. Bancos usados para dormir.
Que saudade!
Andantes
cansados, andantes sem moradas, andantes sem pousadas, andantes abandonados.
Andantes dependentes dos corações alheios!
Bancos
mudos, mas ouvintes. Ouvintes de choros, ouvintes de cantos, ouvintes de
queixas e de agradecimentos, de quem deles se utilizou!
Bancos
mal pintados por uma Gata Borralheira, com cinzas da cabeça aos pés, que por
ali passou!
E
que depois foi pintada pela Velha Cachimbeira, que a tudo assistia. E que, em
nome dos bancos, da Borralheira, se vingou!
Tudo
feito com risadas e alegria, vingança de mentirinha, ao contrário, o que não
faltava era amor!
Essa
praça não é só minha, é de todos os que têm coração para abrigar a quem, por
ela, procurar.
E
estiverem dispostos a se entregarem a Deus, segundo a Sua vontade e jamais,
regatear!
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