Márcio Antônio Monteiro Nobre
Ainda tenho na memória muitas
histórias pra contar, que de certa forma me marcaram por situações diversas;
essa lembrança vem ainda dos tempos universitário quando um tema veio à tona,
me reservo o direito de não expor, haja vista que poderia causar desconforto a
alguém. Após o tema dito, passei a rascunhar na mente a situação que poderia
causar com o uso, ou mesmo a aplicação da regra, passei dias traçando na
memória o que poderia escrever, a estratégia a usar, adequando a norma legal
diante do fato que se apresentava. Na semana seguinte dessa aula, fiz uma
exposição a um colega, sábio, preparado, estudioso, pensando em apenas obter um
encorajamento e opinião sobre o tema, se aquele meu raciocínio estava correto,
se poderia colocar no papel para mostrar ao ilustre professor. No passar da
semana ainda procurei elaborar novos itens para anexar ao pensamento e poder
escrever com propriedade. Não fui rápido o suficiente! Na aula seguinte o
colega entrega ao professor um trabalho escrito por ele, para análise, e mesmo
publicação nos anais do curso de direto que fazíamos; surpresa foi a imensa
alegria que o mestre teve ao ler o trabalho, dizendo que iria encaminhar para
publicação, que não sei se de fato o
foi, parabenizando por bela dissertação que o colega havia feito, passando a
discorrer sobre o tema, que terminou sendo a aula naquele dia; foi naquele
momento que surpreso, de olhar interrogativo em direção ao escritor, que já nem
me olhava, pude perceber que havia
roubado toda minha ideia, me deixando até mesmo sem poder questionar, tamanho
eram os elogios ao trabalho. Pensei bastante, e conclui que seria melhor nada
falar, deixar o silêncio mostrar a decência, honestidade, e como se manter uma
amizade, pois em diversas vezes o ajudei com o ombro amigo para ouvir seus
anseios e dissabores que a vida lhe dava. Em diante nunca mais tivemos qualquer
tipo de relacionamento durante todo o restante do curso. In memória
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