Mácio Antonio Monteiro Nobre
Pois é,
Como
sempre faço, ponho o carro na garagem para retirar do bagageiro as compras
feito no supermercado perto de casa. Após ouvir tá faltando café, açúcar, macarrão, feijão
e outros produtos, ainda ouço: Se der traz fruta. Lá, percorro intermináveis ruas entre as prateleiras,
numa verdadeira demonstração de habilidade para dirigir aqueles carrinhos de
rodinhas sempre defeituosas, pega uma coisa, bota no carrinho, pega outra coisa
bota no carrinho, e assim vai; fila interminável no caixa, pois parecia que o
mundo todo estava ali comprando, dia de ter recebido os tickets alimentação;
carrinhos lotados as vezes dois da mesma pessoa, e o meu só pela metade, mas a
fila é a mesma. Na minha vez, tira do carrinho, coloca na esteira, ajuda ao
caixa ensacolar os produtos, que o caixa desenvolve duas funções, a de caixa
propriamente dito, e a de embalado, bom para o dono do supermercado, se ajuda
porque custaria muito se sair dali. Âh! Ainda coloca tudo de volta no carrinho
até ao estacionamento para novamente colocar tudo no bagageiro; dia! Chegando
já vi a cara nada amigável, tive que retirar tudo do bagageiro e colocar na
copa todas as sacolas com as mercadorias, que teríamos ainda de sanitizar por
conta da covid. Nada de vir ajudar, e já meio aborrecido, coisa fácil de ficar,
também não guardei no armário, daqueles que todo mundo tem, Itatiaia, fiquei
assistindo jornal, novela, quando a grande pergunta surgiu: vai guardar não?
Não, foi a resposta, e ouvi ainda, pois vai ficar aí, se quiser pode jogar no
Mato. O sangue ferveu, sem pensar, e ela
no quarto de porta fechada, peguei sem pensar direito, todas as sacolas e pus
na porta da rua, fechando o portão.
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