Diretor do Colégio Diferencial - Sistema Anglo de Ensino
Professor de Física do CEFET
É bastante
questionável dentro do meio pedagógico, e até mesmo na sociedade
de um modo geral, o uso de agressões físicas (no bom piauies,
surra, pisa ou taca) como instrumento de aprendizado no processo de
ensinar algo a um indivíduo em formação.Na década de 70, em meio
ao regime militar, nossos pais eram adeptos, e até mesmo “fãns”,do
uso da palmatória na escola como punição para quem não estudava,
ou quem era “mau comportado”. Na década de 80 e 90, com o
advento do Código do Menor e do Adolescente, esta prática caiu por
terra, surgindo assim, principalmente na sociedade civil, diversas
discussões acerca da violência em casa e na escola, e o que era um
simples “corretivo” passa a ser um dos temas mais discutidos e
uma das práticas mais ojerizadas da sociedade.
Eu, particularmente,
sou totalmente contra qualquer forma de violência para com um menor,
visando sua formação intelectual, ou moral. Mas...
Em 1930, um rapazote
do sertão de Pernambuco, então com 17 anos de idade, peitou numa
feira com um coronel que era pai de uma moça que o dito cujo rapaz
estava cortejando. O coronel falou com a mãe do garoto, que era
feirante, a retirar o rapaz da feira porque o negócio ia “feder”.
Pois bem, o moleque quando chegou em casa tomou uma bela surra
dupla, começou com a mãe e depois foi o pai que emendou. Não
deu outra, envergonhado com a taca, o garoto foge de casa.
Mentiu sobre sua
idade para sentar praça no Exército, onde passou nove anos. Já no
Rio de Janeiro, de posse de uma bela sanfona, vai tocar na zona de
baixo meretrício (cabaré aqui no Piauí). Tocou em diversos
programas de calouros até gravar seu primeiro disco em 1941 (disco
instrumental), em 1943 grava com sua própria voz o disco Dança
Mariquinha. A partir daí, sucesso total, foram mais de 100
discos gravados e mais de 1000 músicas compostas.
O garoto que fugiu
devido à surra, volta homem feito e já famoso, 16 anos depois. De quem estamos falando, LUIZ GONZAGA, O
REI DO BAIÃO.
Eu continuo
afirmando, sou totalmente contra a surra, mais esta no Luiz valeu, e
como valeu.
Um comentário:
Também, durante o regime militar, esse versículo foi muito utilizado...
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