Um dos males históricos que
afligem o homem é, sem dúvida alguma, a impotência sexual. Naquela hora em que
o cabra tem que mostrar que é macho e aí o dito cujo entra de férias, a
situação se torna, no mínimo, constrangedora, desagradável, vergonhosa, chata; em
fim, sentimentos que sempre estão associados com a famosa frase: isto nunca
aconteceu comigo.
Quando a idade chega, aí é que
o problema potencializa. Mas o nosso velho mestre Lua nos dá uma receita para o
problema. A música OVO DE CODORNA, de 1971, é um bom exemplo da atualidade das
letras das músicas cantadas por Gonzagão.
Ovo de codorna
Eu quero ovo de codorna pra
comer
O meu problema ele tem que
resolver
Eu to madurão passei da
flor da idade
Mas ainda tenho alguma
mocidade
Vou cuidar de mim pra não
acontecer
Vou comprar ovo de codorna
pra comer
Eu quero ovo de codorna pra
comer...
Eu estava triste quase
apavorado
Estavam me fazendo de pobre
coitado
Minha companheira ta feliz por
que
Eu quero um ovo de codorna
pra comer
O meu problema ele tem que
resolver.
A dita disfunção erétil já era
abordada, há mais de 30 anos, pelo Mestre Lua, mostrando a coragem do músico em
abordar temas polêmicos: homossexualismo, violência, poluição, grilagem e meio
ambiente são alguns exemplos de matéria tratada no contexto musical do artista.
Estes temas ainda hoje são polêmicos, imagine para aquela época. Realmente era
um artista vanguardista, com mentalidade bem à frente da sua época.
Com o advento de drogas novas,
no final da década de 1990, uma nova revolução sexual ocorreu no mundo inteiro.
A autoestima, não só de homens com tal disfunção, mas também de suas mulheres,
ficou renovada. Porém, sempre tem um porém em tudo, em pesquisa realizada,
principalmente nos Estados Unidos, o número de separações entre casais
aparentemente estáveis, com mais de 20 anos de casamento, aumentou numa
proporção assustadora Tão trocando as “veinhas” pelas novinhas. Nesta história
de mulher nova, Luiz Gonzaga, contradizendo a música anterior, andou dando,
também, seu pitaco.
Capim novo
Nem ovo de codorna catuaba
ou tiborna
Não tem jeito não, não tem
jeito não
Amigo veio pra você tem
jeito não
Tem jeito não, não, não
Esse negócio de dizer que
droga nova
Muita gente diz que aprova
Mas a prática desmentiu
O doutor disse que o
problema é psicológico
Não é nada fisiológico ele
até me garantiu
Não se iluda amigo veio vai
nessa não
Essa tal de droga nova
nunca passa de ilusão
Certo mesmo é o ditado do
povo
Pra cavalo veio o remédio é
CAPIM NOVO
Capim Novo, música de Gonzaga
e José Clementino, foi gravada em 1976, mostrando, de maneira bem irreverente,
mais uma vez, o problema da impotência. Desta feita, dando outra receita para
quem tem o problema. É, mas Luiz Gonzaga não conhecia o famoso viagra. Droga
com eficácia já comprovada cientificamente, nem outras mais novas, como a
Uprima e os novíssimos Cialis e Levitra, todas, na prática, testadas e
aprovadas por quem usou.
Agora, senhores madurões,
coroas, sexagenários ou como queiram ser chamados, Estão aí os caminhos para a
felicidade sexual: as drogas em que o Gonzagão não acreditava, mas que hoje
funcionam, ou, a segunda opção, o tal do capim novo; esta, sim, é uma droga
proibida (para os casados), mas, ao mesmo tempo é muito mais natural, gostosa
de ser usada e sem efeitos colaterais, mas se a comadre descobre meu velho, vai
dar na cabeça (pensante) de muito cabra macho. A sugestão é do Gonzagão, a
escolha é sua, meu amigo.
Wilson Seraine é professor
Nenhum comentário:
Postar um comentário