quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SÓ SEI QUE NÃO SEI DE NADA





Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira


    Meu querido amigo, o jornalista Cláudio Barros, em sua "Frente Ampla". no jornal Meionorte, deste domingo, fez-me ver o quanto preciso aprender para engolir minhas ignorâncias... Pois não é que encontrei uma observação onde a nossa inflação (sei que ela está pedindo passagem às nossas autoridades monetárias, feito escolas de samba no nosso carnaval) se prenuncia pela "facilidade com que estão circulando notas de R$100"? Será que, com tanto carro zero rodando na cidade, com tantos apartamentos sendo construídos e vendidos em Teresina, e no Brasil, com tanto aumento salarial, não vale a pena creditar à distribuição de notas de 100 pelos Bancos a, também, uma crescente queda do desemprego, um crescente poder aquisitivo da população, a um crescimento de nossa indústria e de nosso comércio, bem como de nossa produção agrícola? Gostaria de pensar que o dragão estivesse, apenas, nos sobrevoando, e que será abatido, antes que permaneça por "uma longa temporada"...

     Em outro local, vejo que a demanda de serviços e de produtos básicos, como alimentos, vestuário, moradia, e outras "besteirinhas" mais, crescente com a distribuição de renda, não tem maior influência na nossa produção, no crescimento de nossa indústria, de nossa agricultura e de nosso comércio, pois, pareceu-me que foi dito que a renda dos brasileiros aumenta, misteriosamente, como decorrência da benevolência do empregador, mesmo sem o crescimento da produção e do lucro que esse crescimento propicia... A distribuição dos lucros da empresa já existe em nosso país (?), a um nível de poder substituir programas de transferência de renda? Esse BIRD...
     Finalmente, eu, que não consigo entender criatura sem criador, nem evolução do nada, vejo que me tornei um fundamentalista, incomodando, terrivelmente ao Criador, sem dúvida por achar, Ele, que seria o Grande e Único Fundamentalista! Peço desculpa ao Claudio, por querer uma vida melhor no outro mundo, ao procurar ser justo, honesto, coerente com o que penso, sem ter medo do maldito buraco negro. Agora, explica-me, amigo velho, essa tua intolerância com a "ignorância" dos que têm fé, essa tua convicção de que o "instinto biológico da preservação da espécie é o responsável pelo fundamentalismo de qualquer raiz”, também não se incluiria como um tipo de fundamentalismo, a ponto de desejares que morramos todos, que apelidas de fundamentalistas, ou tu acreditas que a sobrevivência da espécie não é um mero dogma? Olha que já não sobrevive uma porção de espécies...
     Fica certo, escriba, que não morrerei para te fazer um favor. Quando o dia chegar, partirei sem medo, com fé, esperança e amor, como aprendi com minha religião, sem nem saber que isso poderia ser chamado de fundamentalismo... Credo!


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