domingo, 30 de junho de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013


Pérolas da Tia Corina



       "Pelé adotou um tom crítico ao falar sobre Copa do Mundo e também sobre a série de protestos que tem acontecido no país. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o Rei do Futebol declarou apoio aos manifestantes, criticou a construção de estádios e até revelou que boicotou o Mundial da Alemanha Ocidental, em 1974, como forma de protesto contra a ditadura." (UOL Copa)
         Comentário do "brogue": O ser humano não muda de cor mas é camaleônico por excelência. Não muda sua estrutura físico-química, mas é um tremendo cara de pau. CALA A BOCA PELÉ! 

terça-feira, 25 de junho de 2013


Pérolas da Tia Corina





       Associações de militares da reserva divulgaram nota de apoio aos protestos de rua. "Obriga-se dar um basta à impostura e à impunidade", diz o texto assinado por três clubes militares. Ao fim, há um verso de "Pra não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, canção que foi hino do combate à ditadura. (da Coluna Painel/Folha de São Paulo)

domingo, 16 de junho de 2013

BOTANDO OS PINGOS NOS III





Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
                Estou com 80 anos. Desde criança, tenho vivido fatos que, de alguma maneira, influenciaram a mim, e às gerações contemporâneas, o nosso comportamento dentro de uma sociedade que sofre mudanças impostas por quem detém o poder político-econômico, isto é, por aqueles que conservam para si próprios o domínio do conhecimento tecnológico.
                Tais mudanças, pela velocidade com que ocorrem, trazem impactos na vida das pessoas, obrigando-as a um enfrentamento, somente possível, mediante organizações, que as possam analisar, e absorvê-las. Mas, não só isso. Sobretudo, para que sobrevivam e se imponham aos grupos dominantes, forçando uma participação, principalmente, na política social, sempre maior, nas decisões que afetam, em última análise, o bolso da população, ou, em outras palavras, o bem-estar social. Evidentemente, mudanças na política social implicam em mudanças na política econômica. Como a economia estar, mais que nunca, internacionalizada, tudo que lhe diz respeito depende de um confronto de forças, visível, hoje, entre dominantes e dominados, o que força, os últimos, a se unirem, conforme a velha máxima “a união faz a força”.
                A conquista da soberania, pelos estados, que marcou o século XX, ficou para trás, pois isto não existe na sociedade globalizada. É a conquista da cidadania que importa, onde a fala não é a libertação, mas a participação, vez que os caminhos e a caminhada, são comuns, não individuais.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

NÃO POSSO



Isaias Coelho Marques

Não posso ser triste,
não quero ser romântico.
sou antes o que não pretendia
- um buraco negro
ao leste do amargo riso,
um usufruir eterno
sem compromissos,
sem deixa disso.

Não posso,
não quero,
nunca serei

quarta-feira, 12 de junho de 2013



Pérolas da Tia Corina
            
         



Como diz a letra de um tango, "não é o tempo que passa; nós é que passamos e não enxergamos o presente". (Retirado da coluna do Tostão na Folha de São Paulo – “Dilema shakeesperiano”)
É hoje! Dia dos Namorados! E já vou logo sugerindo um motel em Porto Alegre: "Motel Ceres! Entrada pelos Fundos!". (José Simão/Folha de São Paulo)


terça-feira, 11 de junho de 2013

O FI-Ó-FÓ DO BOI

Prof. Wilson Seraine, no traço de Moisés Rêgo.

A. J. de O. Monteiro
                Domingo, 10 horas da manhã, um belo céu azul de junho e eu sozinho em casa. Todos saíram, uns para a Igreja, outros pro clube. O silêncio começa incomodar e resolvo sair; decido ir saborear uma cervejinha num dos locais mais agradáveis de Teresina: o restaurante flutuante que fica no parque ambiental Encontro dos Rios, na confluência dos rios Parnaíba e Poti. No pátio do parque, um grupo folclórico apresenta o bailado do “bumba-meu-boi” em meio a uma roda de espectadores. Parei para me deleitar um pouco com o folguedo.
                Absorto, a mente viajando enquanto os personagens evoluíam em seu bailado encenação – o boi, o vaqueiro ataiando o boi, o nego chico, a catirina e os músicos com seus instrumentos. De repente lá se vai o boi pelos ares; se estatela no chão e do seu interior sai o miolo soltando fogo pelas ventas. Com uma enorme peixeira na mão arremete rumo à multidão que corre desordenada e em grande alarido. Fiquei parado, sem ação e o miolo, transtornado parou em minha frente e gritou:
                - O Senhor viu quem foi?
                - Quem foi o quê, moço?
                - O fidumaégua qui passou a mão no fi-ó-fó do boi?
                - Não, não vi, mas se tivesse visto ajudaria o senhor dá uns panos de faca no safado. Isso é uma falta de respeito com umas das mais representativas manifestações folclóricas do Nordeste, francamente... Onde já se viu, uma coisa dessas?
                Ele chorou um pouco, um choro contido mas dolente. Os demais personagens do grupo se aproximam, conversam um pouco com ele que mais calmo veste novamente a fantasia. A música recomeça, os volteios retomam o ritmo com a catirina segurando o chifre do boi que se soltou no tombo.
                Um ditado popular diz que o diabo quando não vem manda o secretário. Um espírito de porco, justo ao meu lado, grita: “Enfia esse chifre no fi-ó-fó do boi!” Novamente boi pelos ares. O miolo arranca o chifre da mão da catirina e corre, dessa vez, direto no meu rumo e pergunta:

sexta-feira, 7 de junho de 2013

PÃO MASSA O QUÊ...?



A. J. de O. Monteiro
               
              Entrei na padaria, aproximei-me do balcão e a atendente, solícita, perguntou: “e o Senhor, moço, vai querer o quê?” – X pães massa grossa, respondi. “Massa o quê?” Perguntou a balconista. Apontei para a caixa de pães e disse: X pães daqueles ali. – “Ah, são pães de sal”, disse ela. E com um leve e debochado sorriso, atendeu meu pedido. Dirigi-me ao caixa, paguei os pães e tomei o rumo de casa.
                Essa situação se passou em 1973, no dia seguinte a minha chegada à Brasília, mais precisamente numa padaria do Guará, cidade satélite da capital brasileira, fincada em pleno sertão goiano, impregnada, portanto, dos modos e costumes do gentio da região. A partir de então passei a pedir pão de sal ou pão doce e não mais massa grossa ou massa fina... Afinal, em Roma, como os romanos.

                Vinte e dois anos depois, de volta à Teresina, definitivamente, fui a uma padaria comprar o pão nosso de cada dia e lembrei-me do ocorrido... Confiante dirigi-me à balconista e pedi: Por favor, moça, me dê X pães massa grossa... Ela me olhou com certo ar de desdém e perguntou: Pão massa o quê, senhor...?”Uma cliente que estava ao lado, olhou-me por sobre os ombros e sussurrou, fazendo biquinho: “É pão francês, homi, pão francês! O senhor é de onde?”Contendo o palavrão, respondi: sou daqui, nasci aqui e vivi aqui até os meus 22 dois anos, quando fui prá Brasília, comprei, quase que diariamente, pães massa grossa na padaria de “seu” Roldão, ali na Praça do Liceu. Voltei a morar em Teresina agora e vou comprar e comer todos os dias, pães massa grossa ou massa fina. Pão francês quem come é carioca, pão carioquinha é coisa de paulista, pão de sal é para goianos e candangos. Para mim, que sou piauiense, isso ai é pão massa grossa! A madame afastou-se, com um muxoxo e a balconista, de mau gosto entregou-me os pães. Dirigi-me ao caixa, paguei e voltei para casa onde tomei meu café com leite, acompanhado de pão massa grossa bem amanteigado, cuscuz de milho e bolo frito...

segunda-feira, 3 de junho de 2013


Pérolas da Tia Corina





            O pensador francês Edgar Morin já observou que “a economia é, ao mesmo tempo, a ciência humana mais avançada matematicamente e a mais atrasada humanamente”.