terça-feira, 2 de julho de 2013

ANJO 44





Isaias Coelho Marques

Perdi meu norte
e – perdido –
arranco o zero
deixado à esquerda
do calibre 44.

Planto a repulsa
da bala certeira.

Desespero-me como
a menininha do Vietnã.

Calo e – calado –
sofro de morte.

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