Poncion Rodrigues
Eles
estão voltando. Têm sido vistos tanto um ou outro exemplar solitário,
dissimulado como um senador, ou em bandos, tal qual bases aliadas; são cínicos
e discretos como lobistas brasilienses e a sua nocividade é exercida durante
noites e madrugadas enquanto suas vítimas dormem indefesas.
Frequentam
as alcovas femininas maior cara-de-pau, passeando pelos jovens corpos bem
torneados, embora também curtam balzaquianas e até provectas senhoras. Acontece
que esses seres nojentos também apreciam corpos masculinos de todas as idades.
Atacam enfim, indivíduos de qualquer sexo. Com a tranquilidade de quem sabe que
na maioria das vezes escapará ileso, sumindo na semi escuridão da noite
moribunda.
Suas vítimas acordarão com as
marcas de sua bestialidade, lesões ardidas que testemunham o inominável.
Durante o dia ninguém pensa em denunciar, apenas comentam em família o
acontecido.
Desde
tempos muito antigos, esses verdadeiros animais têm escolhido o Piauí para seus
pousos, ataques e decolagens, sempre nesta época do ano. Dizem os estudiosos
que eles são presentes e numerosos em certas regiões do velho Egito. Teriam em
tempos muito antigos passeado pela pele branca e macia da Rainha Cleópatra? Ou
quem sabe frequentado a linha Inter glútea do Faraó Hamsés? Até agora não se
tem conhecimento de hieróglifos que tenham registrado tais episódios. Talvez
por constrangimento das vítimas.
De
qualquer forma, é bom lembrar que o citado Faraó perseguiu o povo Hebreu de pé
em sua biga-de-guerra (carruagem egípcia para duas pessoas). Por algum motivo
misterioso o homem-deus como se autodenominava, não conseguia sentar-se.
Voltando
ao nosso tempo, é bom alertar que aqueles meliantes de falamos, mesmo durante o
exercício de mister noturno, nunca são vistos totalmente despidos, usando
sempre suas indefectíveis camisetas do flamengo. Devem ser apaixonados por
futebol.
Agora
basta! O Piauí precisa iniciar uma guerra sem trégua contra suas excelências,
os potós!
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