Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira
Ultimamente,
de uns tempos para cá, leio e escuto, muita gente, empregando termos como
democracia, estado democrático de direito, governabilidade, cidadania,
participação, poder, crescimento econômico, políticas sociais, estatização,
privatização, empresas públicas, empresas privadas, luta de classes, serviço público,
e outros mais, no afã de defender suas ideologias e convicções, elogiando/condenando
governos socialistas, comunistas, capitalistas, liberais e neoliberais, e, até,
ditatoriais. A grande maioria dos que se utilizam desses termos e os introduzem
em seus discursos, confundem-se e se contradizem, pois, parece, desconhecem
seus significados. Alguns os utilizam de má-fé (vejam os políticos), outros,
entretanto, o fazem conscientemente, na defesa de seus interesses, de sua
classe (corporativismo), ou mesmo, de suas politico-ideológicas.
Eu
mesmo, muita vez, excedo-me em minhas colocações, ao condenar aqueles com cujas
ideias, ou posturas, não concordo, desrespeitando o dever de não julgá-los.
Confundo-os com suas falas, quando deveria, tão somente, exercer o direito de criticar
e de não compactuar com suas ideias ou posturas. Porém, quando encontro alguém
que despreza, ou não possui princípios éticos, não consigo me segurar e xingo
pra valer... O que, aliás, além de ser um desabafo, é muito gostoso!
Ao
escrever os textos que se seguirão, não estou querendo ser um pretencioso, mas,
simplesmente, usar do meu direito de expressão para tornar mais clara a minha
postura diante da atual realidade brasileira e dos caminhos que surgem no nosso
horizonte.
Até
amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário