domingo, 14 de maio de 2017

OBRIGADO, MENINA.


Manoel Emílio Burlamaqui de Oliveira


Estou enganando a mim mesmo...

  Costumo dizer que, nas minhas rodas, um de nossos assuntos é falar da vida alheia e que, nisso, eu sou o cara!
  Um amigo, que se diz tio-avô de uma menina chamada Ananda, apelidou-me, uma vez, de Mago Manu e eu, a partir de então, fico botando força para adivinhar o futuro, como se isso fosse cousa do outro mundo...
  Monteirinho, mais conhecido como Antônio José de Oliveira Monteiro, criou, neste Face, um tal de Brogue da Tia Corina, onde seus amigos, inclusive este escrevinhador, escrevem o que lhes vem na cachola, em forma de poesias, crônicas, contos, anedotas, para esvaziar, um pouco, suas lembranças e garantir vagas para as que vêm fugindo das suas saudades...
  Parece um mercado Troca-troca especial, pois ao tempo em que é individual, passa a ser do mundo todo!
  Mas, voltemos ao assunto que me trouxe a cumprir minha sina de tagarela... Já conhecia Ananda do ano passado, como colaboradora do Brogue. Mas, agora, que já li, vorazmente, 70 páginas, das 140 que compõem "O VESTIDO”, decepciono-me por reconhecer que a casa dos 30 parece ser mais generosa que a dos 80...
  Não vou, de agora em diante, me gabar de falar da vida alheia, a menina falou da vida de todo o mundo, e melhor, sem citar um nome, pois, todo o mundo, é a humanidade! Se procurarmos, nos acharemos lá, surpresos e embevecidos!
  Não me reconheço como um mago, cheio de mágica e de truques, pois uma feiticeira, muito mais poderosa que eu, e meu amigo Merlim, acaba de se apresentar, encantando os que a tiveram visto tirar de si própria, reunindo em páginas, o seu amor à vida, aos viventes e aos que já se foram, numa magia que dá de volta, a cada um de nós, o nosso passado e o todo da nossa própria vida!
  Teria muito, ainda, a falar, especialmente, com ela. Mas, o seu livrinho, o seu livro, o seu livrão, me chamam...
  Obrigado, menina Ananda, por esse presente, com a certeza de que outros virão!

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