Manoel Emílio Burlamaqui
de Oliveira
Estou enganando a mim
mesmo...
Costumo dizer que, nas minhas rodas, um de
nossos assuntos é falar da vida alheia e que, nisso, eu sou o cara!
Um amigo, que se diz tio-avô de uma menina
chamada Ananda, apelidou-me, uma vez, de Mago Manu e eu, a partir de então,
fico botando força para adivinhar o futuro, como se isso fosse cousa do outro
mundo...
Monteirinho, mais conhecido como Antônio José de
Oliveira Monteiro, criou, neste Face, um tal de Brogue da Tia Corina, onde seus
amigos, inclusive este escrevinhador, escrevem o que lhes vem na cachola, em
forma de poesias, crônicas, contos, anedotas, para esvaziar, um pouco, suas
lembranças e garantir vagas para as que vêm fugindo das suas saudades...
Parece um mercado Troca-troca especial, pois ao
tempo em que é individual, passa a ser do mundo todo!
Mas, voltemos ao assunto que me trouxe a cumprir
minha sina de tagarela... Já conhecia Ananda do ano passado, como
colaboradora do Brogue. Mas, agora, que já li, vorazmente, 70 páginas, das 140
que compõem "O VESTIDO”, decepciono-me por reconhecer que a casa dos 30
parece ser mais generosa que a dos 80...
Não vou, de agora em diante, me gabar de falar
da vida alheia, a menina falou da vida de todo o mundo, e melhor, sem citar um
nome, pois, todo o mundo, é a humanidade! Se procurarmos, nos acharemos lá,
surpresos e embevecidos!
Não me reconheço como um mago, cheio de mágica e
de truques, pois uma feiticeira, muito mais poderosa que eu, e meu amigo
Merlim, acaba de se apresentar, encantando os que a tiveram visto tirar de si
própria, reunindo em páginas, o seu amor à vida, aos viventes e aos que já se
foram, numa magia que dá de volta, a cada um de nós, o nosso passado e o todo
da nossa própria vida!
Teria muito, ainda, a falar, especialmente, com
ela. Mas, o seu livrinho, o seu livro, o seu livrão, me chamam...
Obrigado, menina Ananda, por esse presente, com
a certeza de que outros virão!
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