Poncion Rodrigues*
Nos
tempos de antigamente elas brincavam até de roda, pasmem! Naqueles tempos as
crianças chegavam ao disparate de ter infância. Brincavam e rodavam nas
calçadas que eram delas. Suas avós contavam estórias de fadas, princesas e
cavaleiros heroicos, diante de uma plateia infantil atenta e pura. No nosso
tempo as calçadas são muito perigosas. As crianças nem sequer sabem o que é o
“jogo da amarelinha”, pois os antigos encantos da infância são proibidos. As
cantigas de roda foram sendo abolidas ao longo da instalação dos modernos
tempos. O mundo raivoso que nos cerca, já não permite que se pense em
brincadeiras. A amargura existencial precoce ocupa tempo vazio de meninos e
meninas, nos intervalos entre jogos no celular. A mediocridade da vida já
começa a robustecer as terríveis estatísticas, não publicadas, de suicídios na
adolescência, dos filhos perdidos de ninguém. Que Deus nos equipe com
inteligência e ternura, para o combate que resgataria nossa humanidade em
decomposição. QUE VIVAM NO AMOR AS CRIANÇAS DE HOJE E DE SEMPRE!
*ex-criança e eterno menino
peralta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário