sexta-feira, 13 de outubro de 2017

CRIANÇAS


Poncion Rodrigues*
                Nos tempos de antigamente elas brincavam até de roda, pasmem! Naqueles tempos as crianças chegavam ao disparate de ter infância. Brincavam e rodavam nas calçadas que eram delas. Suas avós contavam estórias de fadas, princesas e cavaleiros heroicos, diante de uma plateia infantil atenta e pura. No nosso tempo as calçadas são muito perigosas. As crianças nem sequer sabem o que é o “jogo da amarelinha”, pois os antigos encantos da infância são proibidos. As cantigas de roda foram sendo abolidas ao longo da instalação dos modernos tempos. O mundo raivoso que nos cerca, já não permite que se pense em brincadeiras. A amargura existencial precoce ocupa tempo vazio de meninos e meninas, nos intervalos entre jogos no celular. A mediocridade da vida já começa a robustecer as terríveis estatísticas, não publicadas, de suicídios na adolescência, dos filhos perdidos de ninguém. Que Deus nos equipe com inteligência e ternura, para o combate que resgataria nossa humanidade em decomposição. QUE VIVAM NO AMOR AS CRIANÇAS DE HOJE E DE SEMPRE!

*ex-criança e eterno menino peralta.

Nenhum comentário: